7/22/2008

ZEN 1

SHOSHANNA, Brenda, Zen e a Arte de Amar, ed. Presença, 2007"Fazer o que é necessário que se faça a seguir""O amor começa onde a ciência acaba" (p. 152)
"A única solidão real advém de nos abandonarmos a nós mesmos, de não sermos quem realmente somos. Então voltamo-nos para outra pessoa para nos preenchermos. Quando agimos desta maneira (...) sentimo-nos abandonados e sozinhos." (p. 96)
"Aprofundai uma verdade antes de falar dela. Quando se recebe uma verdade, deve-se começar por vivê-la antes de querer propagá-la à sua volta. (...) Ao passo que se começardes a falar a torto e direito de uma verdade que acabais de aprender é certo e sabido que ela vos deixará sós, pois expuseste-la na praça pública, ela já não vos pertence e em seguida ficais de novo infelizes".

“Nas relações sadomasoquistas, um dos parceiros é dominado e vítima de abuso, e o outro é quem domina. (Os papéis podem inverter-se de tempos a tempos). Aquele que aceita o mal aceita-o porque se fixou na ideia de que é uma vítima, que é inadequado e que não merece ser amado. A culpa que sente atrai o castigo, o qual alivia temporariamente a culpa. (…) É óbvio que não há nada de amoroso neste comportamento, nem para a própria pessoa nem para o outro.
Aquele que, por fraqueza e medo da sua própria vulnerabilidade, desempenha o papel dominador sente-se muitas vezes vulnerável e descontrolado. (…) Infligir dor aos outros torna-se uma protecção relativamente à dor que está a sentir. Isto constitui não só uma degradação do relacionamento, como também é o oposto completo de um coração amoroso.
Todas estas permutas de dor e lutas de poder nos relacionamentos são o resultado de não se saber como lidar com os golpes que a vida nos dá. A permanência em relacionamentos prejudiciais ou dolorosos deve-se ao facto de não desejarmos realmente sentir, compreender e finalmente soltar a dor. O Zen ensina-nos a nunca concedermos a outrema autonomia ou a autoridade sobre a nossa vida. Cada um de nós tem a sabedoria, a força e a beleza para cuidar de tudo.
Podemos decidir, em qualquer momento (…) que já chega de dor. Quando sentimos inteiramente a nossa dor, é mais fácil desistirmos dela e escolhermos o bem-estar. A escolha é sempre nossa. Quando originamos ou permanecemos em relações que são fundamentalmente prejudiciais e negamos os princípios fundamentais do amor, é inevitável que suceda o sofrimento, tal como a noite sucede ao dia. (pp.121,2)

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