4/08/2009

HISTÓRIA 7


VIGARELLO, Georges, História da Beleza, Teorema, 2005 (ca. 353 pp. e 23 euros)

Capítulos do livro: A beleza revelada (séc. XVI); a beleza expressiva (séc. XVII); a beleza experimentada (sec. XVII); a beleza desejada (séc. XIX), a beleza democratizada (1914/2000).

“A certeza duma fixidez estética distancia-se ainda mais com o lugar crescente concedido ao indivíduo no limiar do nosso mundo contemporâneo: a procura de belezas singulares, tanto mais marcantes quanto seriam exclusivas. 

(...) O artifício ganhou, mais do que nunca, uma importância fulcral, agudizando as singularidades,  variando as possíveis , transpondo em beleza “para todos” o que, até agora, não parecia relevar senão da natureza ou da excepção. 

Esse artifício torna-se mais completo ainda, (…) no ponto em que o bem-estar individual parece considerado como finalidade dominante, busca interminável instalada no coração das nossas sociedades, ideal dado de acréscimo por acessível e obrigatório. O que torna inevitável (…) o confronto entre normas individuais e normas colectivas 

(...) O mal-estar pode surgir por consequência onde o bem-estar se impõe como critério derradeiro" (p. 290)

 

4/07/2009

FÍSICA 5


MOTL, Lubos, Equação Bogdanov, O Segredo da Origem do Universo, Lisboa, ed. Esfera do Caos, 2008 (Ca. 224 pp. e 22.70 euros)

 “De que é feita a realidade, afinal de contas (…) Se for impossível distinguir os objectos fundamentais dos elementos que eles constituem, a grande escala, então talvez os objectos do Universo sejam feitos uns dos outros sem que nenhum deles seja mais fundamental do que o outro. (…) A ideia é geralmente descrita pelo termo bootstraping

(…) Deveremos tentar entender porque é que determinados objectos parecem ser elementares em certas situações específicas, mas teremos igualmente que admitir que não existem objectos elementares num caso mais geral. (…) os campos e os objectos passariam na realidade a ser compreendidos como elementos de outros campos e outros objectos. (201,3)

4/06/2009

HISTÓRIA 6



NAPHY, William, Born to be gay, História da homosexualidade, Lisboa, Ed. 70, 2006. (Ca. 300 pp. e 20 euros)

 

“O aspecto mais relevante do mundo anterior ao advento da lei mosaica (as leis que Deus outorgou aos Israelitas através de Moisés, começando pelos Dez Mandamentos) é o facto de poucas culturas demonstrarem qualquer preocupação «moral» significativa com as relações entre pessoas do mesmo sexo” (p.19)


Aproveita os abraços das mulheres, aproveita-os, Victor

E deixa a pila aprender uma função que desconhece.

Estão a tecer o véu para a tua noiva,

E preparam já a donzela, em breve a noiva cortará o cabelo dos teus rapazes.

Ela deixará que o marido ansioso a sodomize uma vez,

Enquanto temer as primeiras feridas dessa estranha “arma”

Mas a ama e a mãe impedirão que isso aconteça mais vezes

E dirão: «esta rapariga é a tua esposa, não o teu rapaz»

Ai de ti, quantas perplexidades,

Quantos trabalhos sofrerás

Se a cona for coisa estranha para ti.

(Marcial, poeta romano séc. I DC, cit. p. 66)

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