Philippe Askenazy, Thomas Coutrot, André Orléan, Henri Sterdyniak, João Rodrigues, Nuno Serra. Manifesto dos Economistas Aterrados, Crise e Dívida na Europa 22 Medidas Para Sair do Impasse. Lisboa: Actual Editora, 2011 (ca. 88 pp e 5 euros)
“A explosão recente da dívida pública na Europa e no mundo deve-se (…) aos planos de salvamento do sector financeiro e, sobretudo, à recessão provocada pela crise bancária e financeira que começou em 2008 (…) Perante a ausência de uma harmonização fiscal, os Estados europeus dedicaram-se livremente à concorrência fiscal, baixando os impostos sobre as empresas, os salários mais elevados e o património” (pp. 42,3)
“Sim, a economia é política e deve estar, por esse motivo, sujeita ao debate” (Prefácio, de João Rodrigues e Nuno Serra (http://ladroesdebicicletas.blogspot.com)
“Uma auditoria à dívida pública do país seria um primeiro passo para saber quem detém os títulos nacionais e em que condições. Só assim se poderá saber quem está a ganhar com o processo de transferência de rendimentos das classes populares para o sistema financeiro. Portugal e os restantes países periféricos devem, pois, colocar a possibilidade de uma reestruturação da dívida por si organizada para forçar alterações europeias que superem as políticas de austeridade. A rebelião das periferias exige uma rebelião intelectual prévia. E este manifesto pode, justamente, contribuir de modo significativo para o desencadear” (in prefácio, pp. 15,6)