5/29/2010

SOCIOLOGIA 5


RAMO, Joshua Cooper, A Era do Imprevisível. Lisboa: Oficina do Livro, 2010 (Ca. 270 pp. e 16 euros)

“acreditar que o triunfo da democracia e do capitalismo é inevitável deveria afastar de imediato de um cargo sério em politica externa.
(…) numa era em que muitas das forças mais dinâmicas da sociedade vêem de fora dos círculos das elites, de tipos estranhos que outrora teriam sido considerados «falhados», uma tal abordagem é um erro de proporções catastróficas” (p. 44)

“nós podemos agir. Não nos limitemos a ser passivos. Podemos escolher o que fazer e não fazer. Não temos de aceitar o que nos estão a dizer, sem o pormos em questão. Não deixamos, nem podemos deixar, que as mesmas pessoas que nos colocaram neste desastroso desalinhamento em relação ao nosso mundo, nos arrastem ainda mais para o perigo. Mas mudar as coisas exige que, de facto, ajamos. A linha entre as nossas vidas e o mundo é mais permeável do que nunca. (…) Neste momento estamos na história” (p. 253)

5/28/2010

CAPITALISMO 23

BECERRA, Santiago Niño, O Crash de 2010. Lisboa: ed. Planeta, 2009 (Ca. 205 pp. e 17.50 euros)

“Os sessenta e oito anos do período 1748-1815 devem ter sido atraentes, fascinantes, mas por sua vez também terríveis, violentos e instáveis. Esses anos englobam uma crise de final de sistema e embora na crise de 2010 o sistema capitalista não vá terminar, irão verificar-se mudanças profundas como consequência dela. De resto, os tempos que estamos a viver assemelham-se, no que respeita a significação sistémica, aos anos do sec. XVIII em que se definiu a estrutura que se desenvolveu no novo sistema, no capitalismo” (p. 168)

“ (…) prevalecerá a ideia da reutilização, o conceito de barato, de outlet, de feiras, de útil, em conclusão, tanto  porque as quantidades de recursos vão ser escassos quanto porque os rendimentos individuais médios vão sofrer um importante retrocesso, ao mesmo tempo que a capacidade de endividamento pessoal praticamente desaparecerá.
(…) A criação de novos elementos vai ser cada vez mais difícil e por isso será preciso tirar partido de tudo o que existe; essa será a ideia fundamental desse período, a ideia que pode ser resumida numa frase «o necessário é o importante».”  (pp. 120,1)

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