5/09/2007

MEDIA 2

El País, de 9 de Maio de 2007
Henri Guaino, economista de 50 anos, criou o discurso e a imagem que deram a vitória ao novo presidente de França.

PORTUGAL 1


Miranda, Jorge, "Coerência e aprofundamento de democracia" in AAVV, Cidadania, Uma visão para Portugal, revisto por Luis Milheiro, Instituto Humanismo e Desenvolvimento/Gradiva Publicações, Lisboa, ed. Gradiva, 2007
Teorização fundamentada dos conceitos povo, cidadania e democracia, seguidos de uma análise da situação portuguesa. Nesta última parte propostas concretas respeitantes à orgânica das eleições, (representação proporcional personalizada, segundo o modelo alemão na Ass. da República) ocupação de cargos públicos, (abolição de pensões de reforma, sem prejuízo de direitos adquiridos) parlamento, poder local e administração pública. CM

5/07/2007

PORTUGAL 2


Cadilhe, Miguel, "A Reforma Conceitual e Administrativa do Estado", in AAVV, Cidadania, Uma visão para Portugal, revisão de Luis Milheiro, Instituto Humanismo e Desenvolvimento/Gradiva Publicações, Lisboa, ed. Gradiva, 2007.
"Do que se precisa é de romper, não é de ilusões e desenganos de remediador" (P. 184)
"A opção reformar, não reformar o Estado (...) provavelmente equivale à grave opção progresso, retrocesso de todo nacional"
Algumas propostas:
- emissões extraordinárias de dívida pública
- fundos estruturais europeus
- privatizações e alienações com venda de algum ouro
tudo baseado num Fundo Extraordinário de Investimento separado da esfera do Orçamento de Estado e isento de contribuição para a establidade do défice público.
"Quando não há tibieza política opera o dilema do reformador das grandes reformas. (...) Se avisar os eleitores das suas ideias, o reformador perderá as eleições. Se não os avisar, poderá ganhar mas, sem legitimidade, não realizará as reformas.
O dilema estará sofismado se admitirmos (...) que o reformador pode beneficiar de uma legitimidade pré-eleitoral ou pós-eleitoral, corporizada por ex. em explícito e público acordo congregador dos principais partidos"
Estudo que vai além do historial pedagógico das questões, apresentando argumentos fundamentados, num nível aceitável de legibilidade para um leitor leigo em economia política.
CM

5/06/2007

FASCISMO 3

SALAS, Antonio, Diário de um Skinhead, Lisboa, ed. Dom Quixote, 2007
Relato de um jornalista de investigação que se meteu na pele de um skin.
Se um rebento seu andar "esquesito
" poderá ser uma boa leitura. E de qualquer modo DS é sempre pedagógico.

PORTUGAL 3


DISSERTAÇÃO
LOUÇÃ, Francisco, A crise das élites contra a modernização democrática, in AAVV, Cidadania, Uma visão para Portugal, Instituto Humanismo e Desenvolvimento/Gradiva Publicações, Lisboa, ed. Gradiva, 2007
"Quanto à burguesia portuguesa, considerando ainda que os seus sectores mais dinâmicos estão envolvidos na distribuição ou no sector financeiro - ou ainda na construção mas aí dependendo fundamentalmente de importações de imigrantes - não tem tido nenhum interesse estratégico em alterar o padrão de especialização produtiva e, portanto, em sair do ciclo vicioso dessa subalternidade" [mão de obra com escassa formação].
"O investimento em educação e no sistema público de saúde é fundamental, porque se trata de qualificar a capacidade produtiva do país e de redistribuir a sua riqueza de forma justa, o que é a única alavanca possível para infra-estruturar uma política de convergência. Esse deve ser o centro de uma estratégia alternativa realista e útil. Mas exige a coragem e uma ruptura democrática com as élites dominantes"
Dados (de 2001) insertos na dissertação:
Tomando a produtividade dos EUA = 100, temos:
Portugal - 49%
Espanha - 73%
Média UE - 78%
Na população portuguesa entre 15 e 65 anos o quase analfabetismo ronda os 10.3%.
Só 7.9% da população tem capacidade de processamento e interpretação de informação multipla em textos complexos. (Pág. 104)
Segundo ainda o autor, a assinatura do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) terá sido um erro pela importância que veio atribuir ao défice.

EXPOSIÇÃO 1

BODIES - The Exhibition, da empresa Premier Exhibitions, palácio dos Condes do Restelo, Rua da Escola Politécnica, até Outubro.
Permite uma aprendizagem do corpo humano que possívelmente só a visão in loco de uma autópsia poderá suplantar. E é tudo tão dissecado - excepto na sala dos fetos - que quase nem lembramos que os "especimes", como são referidos os corpos, foram gente como nós.
Quando a visitei (primeira manhã da exposição) dois cartazes ingleses ainda não estavam traduzidos, segundo parece por problemas de última hora com a respectiva impressão.
Os vasos sanguíneos são uma lindeza!
Gostaria que o título da exposição tivesse sido traduzido no grande cartaz que a anuncia. "Corpos" não é bonito?
Ah, encontrei a Vânia, minha ex-aluna no secundário - a melhor aluna da turna - que não via há muito e se tornou jornalista numa rádio de Samora Correia. Não lembro o nome da dita rádio! Sabem?
CM

POLÍTICA 3


CHOMSKY, Noam, Governement in the future, New York, Seven Stories Press, 1970
De leitura acessível, contém esclarecimentos bem fundamentados bibliograficamente sobre o liberalismo, socialismo libertário, socialismo de Estado e capitalismo, dedicando-se a classificar estas quatro doutrinas políticas.
Chomky assume-se partidário do socialismo libertário.

ARTE 7


SILVA, Sandra, org. Mãe... (textos de Marcel Proust) Lisboa, ed. 101 Noites, 2007.
"Creio que é apenas às memórias involuntárias que o artista deveria ir buscar a matéria-prima da sua obra. Em primeiro lugar precisamente porque são involuntárias, formam-se a si próprias, induzidas pela semelhança de um momento idêntico, possuem em si uma marca de autenticidade. Depois porque nos trazem as coisas na dosagem exacta de memória e esquecimento. E por fim, ao levaram-nos a experimentar a mesma sensação numa ou noutra circunstância, libertam-nos de qualquer contingência, dão-nos a sua essência extra-temporal, que justamente revela o estilo, essa verdade abrangente e necessária que só a beleza de estilo pode traduzir. O estilo não é de forma alguma um embelezamento como acreditam algumas pessoas, nem sequer uma questão de técnica, é - como a cor nos pintores - uma qualidade da visão, a revelação de um universo particular que cada um de nós vê, e que os outros não vêem. O prazer que nos dá um artista é o de revelar-nos um outro universo"

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