5/14/2011

HESSEL, Stephane, Indignai-vos. Lisboa: ed. Objectiva, 2011 (ca. 51 pp. E 5.13)







"A crise, apesar dos desastres que tem causado, paralisando o funcionamento da União, pode ter a vantagem de acordar a Europa para a necessidade absoluta de mudar de paradigma, fazendo avançar a Europa para uma estratégia conjunta que defenda o euro, com dimensão política, económica e cultural. Ou avança nesse sentido ou entra em decadência, perdendo o lugar que ainda tem na cena internacional”

Mário Soares (in prefácio)



“Ousam dizer-nos que o Estado já não consegue suportar os custos destas medidas sociais. Mas como é possível que actualmente não tenha verbas para manter e prolongar estas conquistas quando a produção de riqueza aumentou (...) Apenas porque o poder do capital, tão combatido pela Resistência, nunca foi tão grande, egoísta, com servidores próprios até nas mais altas esferas do Estado” (p. 21)



“Sarte ensinou-me a pensar: «Somos responsáveis enquanto individuos». Era uma mensagem libertária (...) temos de militar em nome das responsabilidade individual enquanto seres humanos “ (p.24)



“A pior das atitudes é a indiferença, dizer «como não posso fazer nada, desenvencilho-me como posso». Este tipo de atitude conduz à perda de um dos componenetes essenciais do ser humano (...) a capacidade da indignação e a consequente militância.” (p. 27)



“Hoje em dia a minha principal indignação é relativa à Palestina, à faixa de Gaza e Cisjordânia. (...) É essencial ler o relatório Richard Goldstone sobre Gaza”(p. 31)



“Estou convencido de que o futuro pertence à não-violência, à concliliação de culturas diferentes” (p 34)



“Em Março de 1980, três semanas antes da sua morte, Sartre declarou: «É preciso tentar explicar porque é que o mundo actual, que é horrível, é apenas um momento no longo desenvolvimento histórico, que a esperança foi sempre uma das forças determinantes das revoluções e insurreições, e como eu ainda sinto a esperança como a minha concepção de futuro.” (p. 36)

 
“Está mais do que na altura de a preocupação com a ética, a justiça e o equilíbrio duradouro se tornar preponderante” (p. 37)

 
“Criar é resistir"

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