12/03/2012


CARR, Nicolas, Os Superficiais. O que a internet está a fazer aos nossos cérebros. Lisboa: Gradiva, 2012 (ca. 316 pp. e 19.50 euros)

“A google não é Deus, nem Satanás (…) o que é perturbador sobre os fundadores da empresa não é o seu desejo infantil de criar uma máquina fantástica que seja capaz de suplantar os seus criadores, mas a concepção oprimida da mente humana que dá origem a esse desejo.”   (p. 220)


“Há provas de que (…) à medida que construímos o nosso armazém de memórias, as nossas mentes se tornam perspicazes” (p. 238)


“O cérebro demora algum tempo, descobriram os investigadores, a «transcender o imediato envolvimento do corpo» e a começar a compreender e sentir «a dimensão moral e psicológica da situação» (36) (p. 270)


“Seria surpreendente tirar a conclusão precipitada de que a internet está a destruir o nosso sentido moral. Não será imprudente sugerir que, como a internet reorganiza os nossos circuitos vitais e diminui a nossa aptidão para a contemplação, está a alterar a profundidade das nossas emoções assim como dos nossos pensamentos” (p. 271)


(36) Mary Helen Immorduri-Yang, Andrea McColl, Hanna Damásio, e António Damásio «Natural Correlets of Admiration and Compassion» Proceedings of the National Academy of Sciences, 106, nº 19, 12 de Maio de 2009, pp. 8021-8026

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