CARR, Nicolas, Os
Superficiais. O que a internet está a fazer aos nossos cérebros. Lisboa:
Gradiva, 2012 (ca. 316 pp. e 19.50 euros)
“A google não é Deus, nem
Satanás (…) o que é perturbador sobre os fundadores da empresa não é o seu
desejo infantil de criar uma máquina fantástica que seja capaz de suplantar os
seus criadores, mas a concepção oprimida da mente humana que dá origem a esse
desejo.” (p. 220)
“Há provas de que (…) à medida que construímos o nosso armazém de memórias, as nossas mentes se tornam perspicazes” (p. 238)
“O cérebro demora algum
tempo, descobriram os investigadores, a «transcender o imediato envolvimento do
corpo» e a começar a compreender e sentir «a dimensão moral e psicológica da
situação» (36) (p. 270)
“Seria surpreendente tirar a
conclusão precipitada de que a internet está a destruir o nosso sentido moral.
Não será imprudente sugerir que, como a internet reorganiza os nossos circuitos
vitais e diminui a nossa aptidão para a contemplação, está a alterar a
profundidade das nossas emoções assim como dos nossos pensamentos” (p. 271)
(36) Mary
Helen Immorduri-Yang, Andrea McColl, Hanna Damásio, e António Damásio «Natural
Correlets of Admiration and Compassion» Proceedings of the National Academy of
Sciences, 106, nº 19, 12 de Maio de 2009, pp. 8021-8026