9/19/2012



BURDEN, Chas Newrey, Adele, Alguém Como Nós – Como uma rapariga comum se tornou a maior cantora do mundo. Lisboa: ed. Oficina do livro, 2010 (Ca. 228 pp. e 13.90 Euros)


“a atmosfera de prestígio e a missão não oficial da BRIT School, que a destacam entre outras escolas de artes, combinam muito com a personalidade e a atitude de Adele. Segundo um professor, a BRIT School foi criada para “os diferentes”. A escola molda-se à personaliade deles, em vez de exigir que eles formem a sua personalidade de acordo com a escola.” (p. 48)


“A escola BRIT Performing Arts and Technology  [A escola, fundada em 1991, é do governo mas opera de modo independente. N. de Kriu.] já foi comparada à New York High School for the Performing Arts, escola norte-americana que foi a inspiração para “Fame.”
[Na BRIT ] «pude ouvir música todos os dias durante quatro anos. (…)  Eles ensinavam-nos a ter a mente aberta e éramos incentivados a escrever a nossa própria música” (p. 50)


« o essencial nos grandes cantores é acreditar em cada palavra cantada» comenta Dickins [empresário de Adele, N. de Kriu] «E acho que todos acreditam em todas as palavras que saem da boca de Adele» (p. 77)


“Preferiria pesar cinco toneladas e fazer um disco incrível a parecer a Nicole Riche e fazer um disco ridículo” (p. 89)


“Já conheci  pessoas que (…)  foram totalmente afetadas pelo “sucesso” (…)  Há tanta gente que se julga superior e  trata as pessoas como lixo e, se um dia eu ficar assim, pararei o que estou a fazer por um tempo para me encontrar de novo” (p.228)

9/18/2012


La mort n'est rien


La mort n'est rien,
je suis seulement passé, dans la pièce à côté.

Je suis moi. Vous êtes vous.
Ce que j'étais pour vous, je le suis toujours.

Donnez-moi le nom que vous m'avez toujours donné,
parlez-moi comme vous l'avez toujours fait.
N'employez pas un ton différent,
ne prenez pas un air solennel ou triste.
Continuez à rire de ce qui nous faisait rire ensemble.

Priez, souriez,
pensez à moi,
priez pour moi.

Que mon nom soit prononcé à la maison
comme il l'a toujours été,
sans emphase d'aucune sorte,
sans une trace d'ombre.

La vie signifie tout ce qu'elle a toujours été.
Le fil n'est pas coupé.
Pourquoi serais-je hors de vos pensées,
simplement parce que je suis hors de votre vue ?
Je ne suis pas loin, juste de l'autre côté du chemin.



 Selon Jean Bastaire, ce texte est extrait d’un sermon sur la mort intitulé « The King of Terrors », prononcé le 15 mai 1910 à la Cathédrale St Paul de Londres, peu après le décès du Roi Edouard VII. La version originale du texte est la suivante : 




« Death is nothing at all, I have only slipped away into the next room.

I am I, and you are you.

Whatever we were to each other, that we still are.

Call me by my old familiar name, speak to me in the easy way which you always used, put no difference in your tone, wear no forced air of solemnity or sorrow.

Laugh as we always laughed at the little jokes we shared together.

Let my name ever be the household word that it always was.

Let it be spoken without effect, without the trace of a shadow on it.

Life means all that it ever meant.

It is the same as it ever was.

There is unbroken continuity.

Why should I be out of mind because I am out of sight?

I am waiting for you, for an interval, somewhere very near, just around the corner.
All is well. » 

PIMENTEL, Irene Flunser.  A Cada Um o Seu Lugar. Lisboa: Círculo de Leitores, 2011 (ca.455 pp. 20 Euros)


”Desejoso de destruir a influência “ jacobina” do professorado republicano, o Estado Novo foi degradando o estatuto socioprofissional dos docentes. Prosseguiu aliás, a política já seguida pela Ditadura Militar que,  em 1931, criara nomeadamente a figura dos regentes escolares que, na sua grande maioria mulheres, que eram quase analfabetas e recrutadas segundo o quase exclusivo critério de « idoneidade moral»  (P.128)


“Mas á tão apregoada exaltação da mãe continuava a não corresponder medidas estatais de assistência materno-infantil (...) o desemprego continuava também sempre latente com o seu rol de consequências, entre as quais se contavam a miséria e as migrações internas. (...)
Em 12 de novembro de 1964 uma mãe de Marteleira ( Mafra) mostrava –se «aborrecida» pela falta de dinheiro para « comprar um centilho de azeite para temperar as couves» e lamentava que os filhos fossem em jejum para a escola. (P.324)

 A menina dorme com o irmão de dois anos numa enxerga feita de dois sacos de serapilheira, no chão, um com dez anos dorme num divã e eu, minha mulher e mais dois filhos de três e cinco anos numa cama. Só tenho uma manta a mais que tiro da minha para pôr nas crianças.
Carta de um pai em 17 de novembro de 1961 á “ Obra das Mães pela Educação Nacional.

 “A principal atividade da OMEN era o controlo político, social, e moral das familias numerosas, através de prémios que permitiam às dirigentes da OMEN (...) uma intromissão no seio do espaço privado familiar”.  (P.322)

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