1/03/2009

CONFERÊNCIA 1 ILYA PRIGOGINE



PRIGOGINE, Ilya, O Futuro Está Determinado? O Caos e a Complexidade em Debate, Lx, Esfera do Caos, Ed. 2008 (Ca. 140 pp. e 15 euros)

“O futuro não está determinado. Em particular nesta era de globalização e de revolção das redes de comunicação, o comportamento ao nível individual é o factor chave para moldar a evolução da espécie humana no seu todo.

(…)o papel dos indivíduos é mais importante do que nunca” (p.40)

“Somos, ao fim e ao cabo, o resultado da evolução da natureza. Portanto, se aceitarmos o principio antrópico, passamos a estar fora da natureza. Por mim é muito difícil aceitar isso” (p.96)

“Do meu ponto de vista, o Universo está em evolução e a criação de estruturas pode ser entendida, pelo menos nos casos simples, como resultado de um equilibrio. Não há qualquer elemento místico a acrecentar.(p.102)


 

1/02/2009

UTILIDADES 1 Indice de Massa Corporal


Ou IMC:
Divide-se o peso do corpo em kilos pelo quadrado da altura ( em metros) 
IMC = Peso/(altura)2 

Ex: peso 80 K  e  altura 1.80 m
Então o IMC  é igual a  80 K a dividir por  (1.80 x 1.80).  
Ou seja:  80 a dividir por 3.24 = 24.69 K por metro quadrado

Se o valor obtido for inferior  a 25 kg/metro quadrado, o peso ou massa corporal encontra-se dentro de valores considerados normais. 

...e parabéns!

GUIA INTERNET 1 - Dietas


http://paleodiet.com/

12/31/2008

POEMA 12, de Carlos Drumond de Andrade (enviado por: Teresa Palma Fernandes)

RECEITA DE ANO NOVO

Para você ganhar belíssimo Ano Novo 
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, 
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido 
(mal vivido talvez ou sem sentido) 
para você ganhar um ano 
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, 
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; 
novo 
até no coração das coisas menos percebidas 
(a começar pelo seu interior) 
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, 
mas com ele se come, se passeia, 
se ama, se compreende, se trabalha, 
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, 
não precisa expedir nem receber mensagens 
(planta recebe mensagens? 
passa telegramas?) 

Não precisa 
fazer lista de boas intenções 
para arquivá-las na gaveta. 
Não precisa chorar arrependido 
pelas besteiras consumadas 
nem parvamente acreditar 
que por decreto de esperança 
a partir de janeiro as coisas mudem 
e seja tudo claridade, recompensa, 
justiça entre os homens e as nações, 
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, 
direitos respeitados, começando 
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo 
que mereça este nome, 
você, meu caro, tem de merecê-lo, 
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, 
mas tente, experimente, consciente. 

É dentro de você que o Ano Novo 
cochila e espera desde sempre.


12/30/2008

Natal... ou a ti que desapareces... (por: Gonçalo Barra)

... também as ondas se diluem no mar, e continuamos a chamá-las ondas, e também as marés se levantam e se esgueiram, e continuamos a chamá-las marés, e assim como água que somos, também nós nos espraiamos e encristamos, como, também,  o Sol nascente e poente, esse o nosso "vero pater", se espalha pelas nuvens e pelo leito do Tejo, como um espelho, para se reconcentrar no Zénite, impiedoso e altivo, porém, sempre cativo da incerteza até ao solstício, até ao Natal, ao renascimento confirmador do "Sol Invictus", e aí procuramos nós assumir a sua luz, descobrir as nossas feridas e fraquezas, e colmatá-las de alimento corpóreo e emocional, buscando a essência, o espírito do tempo que nos permita surpreender o futuro, esse negrume que sempre nos está engolindo, assim, como pó de estrela que comunica com o original, vamos nós confirmando a vitória do Sol, a imensa Luz Divina que a todos, sem diferença, quer cobrir, é a esperança do "Sol Omnibus Lucet" que nos perpassa, e na esperança vamos encontrando a nossa própria e funda fronteira, e na sua ausência as prisões cujos muros nós próprios alimentamos, o Natal sabe a isto, a esperança, a sangue novo, lustrado em cada copo de vinho velho, de velhos saberes e sabores, e sabe muito a felicidade, pois neste brilho eis que nos encontramos, e nos vamos reconhecendo, e essa humana certeza é o verdadeiro prémio de acreditar em tudo o que não se vê, como um lugar a que podemos chegar, e aí nós nos temos encontrado, neste nosso espaço de partilha e fuga, neste lugar de itinerância migratória que definimos como amizade, aí me encontro agora e ao que sabe? A vinho, a vinho velho e a vida, a vida nova.
 
Salue!

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