AGHION, Philippe e ROULET,
Alexandra. Repensar o Estado. Para uma
Social-Democracia de Inovação. Maia: ed. Círculo de Leitores, 2012
“Como podemos
desinteressar-nos da história fiscal destes países [escandinavos, nota de Kriu] quando nos
propomos reformar o sistema fiscal? Não obstante as reformas introduzidas, uma
característica comum aos regimes fiscais escandinavos atuais é a de continuarem
a apresentar um sistema de imposições obrigatórioas globalmente elevadas e
fortemente progressivas. Esta acentuada progressividade, bem como a ausência de
nichos fiscais, explicam por que é que a distribuição dos rendimentos após
impostos é mais equitativa nestes paises do que nos outros” (p. 98)
“Este livro propõe uma
estratégia diferente para responder às mesmas preocupações: o investimento em capital humano e a concretização de inovação para
estimular o crescimento e o emprego, para permitir aumentar continuados de
salários, sem reduzir a competitividade; a implementação de uma flexisegurança
para proteção dos indivíduos contra os efeitos negativos do desemnprego; uma
nova politica industrial para impulsionar o nosso setor fabril na cena internacional; uma representação ou assistência sindicais em
todas as empresas para aumentar os direitos dos trabalhadores e melhorar as
relações laborais; um sistema fiscal mais progressivo sem nichos que permita
reduzir sensivelmente as desigualdades
de rendimentos sem no entanto desencorajar o investimento inovador; finalmente
um Estado apoiado numa base sólida, não só porque a democracia é boa em si mas
também porque a novação precisa de verdade e porque a democracia impede (…) o
nepotismo e as políticas clientelistas” (p.p. 148,9)