YOUSAFZAI,
Malala, Eu, Malala. Lisboa: Presença, 2013 Ca. 350 pp. e 16.99 euros
“No
Paquistão, as madraças são uma espécie de sistema de segurança social, já que
dão alimentação e alojamento gratuitos. (…) Os rapazes aprendem o Alcorão de cor,
balançando-se para a frente e para trás à medida que o vão recitando. Aprendem
que não existe ciência nem literatura, que os dinossauros nunca existiram e que
o Homem nunca foi à Lua.” (p. 121)
“Uma
das raparigas da minha turma não voltou à escola nesse ano. Casaram-na assim
que chegou à puberdade. Era grande para a sua idade mas não deixava de ter
apenas treze anos. Pouco tempo depois ouvimos dizer que tinha dois filhos. Na
aula, enquanto recitávamos formulas de hidrocabornetos durante as nossas aulas
de química, interrogava-me como seria abandonar a escola e, em vez disso,
começar a tratar de um marido.” (p. 221)
Vide:
malafound.org