“Existem, grosso modo, dois tipos de tais teorias multiverso. O primeiro limita-se a postular que o mundo consiste num numero elevado de Universos sendo as leis da natureza ou, pelo menos, os parâmetros de tais leis tomados ao acaso em cada um. Tal é casualmente designado por princípio antrópico. O segundo tipo de teoria postula a existência de um processo através do qual novos Universos nascem como resultado da formação de buracos negros. Esta teoria, designada selecção natural cosmológica, funciona de modo semelhante à biologia evolutiva, pois os tipos de Universos mais comuns são aqueles que produzem mais cópias de si mesmos.” (Pág. 30).
Martin Rees, “Desafios cosmológicos: estaremos sós e onde?” (pp. 31-40)
Mesmo se a vida em formas primitivas for comum no Universo, o aparecimento de formas avançadas de vida pode não o ser. Neste momento parece-me que a única posição racional sobre o assunto é o agnoticismo. Não sabemos o suficiente sobre as origens da vida – e ainda menos sobre se a evolução natural é “convergente” ou se produzirá resultados diferentes, se fosse reiniciada na Terra – para podermos aferir da possibilidade de alienígenas inteligentes.” (p. 32)
Brian Goddwin, “Nas sombras da Cultura” (pp. 51-60)
"Enquanto cientista, prefiro ter um bocadinho de sensação ou sentimento posto na matéria, de alguma forma, e permitir que seja ampliada em sistemas organizados de certo modo particulares - uma perspectiva que tem sido extensamente explorada nos escritos de filósofos como Alfred N. Whitehead (...) Charles Hartshorne (...) e David R. Griffinn.
(...) a nossa actual ciência das quantidades forneceu-nos a capacidade de produzir bens suficientes para satisfazer as necessidades de todos os habitantes do planeta mas legou-nos uma qualidade de vida em rápido declíneo a nível mundial. É possível perspectivar, à sombra da ciência actual, as componentes de uma ciência das qualidades que poderá restaurar as percepções qualitativas no lugar que ocupam no nosso quotidiano, onde as decisões dependem da qualidades, tal como de quantidade. Esta restauração, em conjunto com o reconhecimento de que os sentimentos não são nossa pertença exclusiva, mas pertencem também ao resto da natureza, seja em que forma for, oferece-nos um conjunto drasticamente transformado de possibilidades para o conhecimento científico, a tecnologia e a acção colectiva e política. Uma mudança desta importância na perspectiva científica não acontecerá da noite para o dia, se é que virá a acontecer. Requer novas formas de educação ao nível mais básico, em que as ciências e as artes sejam unidas para manter a integridade das pessoas, em que as tomadas de decisão científicas e tecnológicas exijam a participação de todos os membros da sociedade civil, e em que o conhecimento científico se alie novamente à acção responsável. Então a era em que vivemos será vista, de facto, como uma Idade das Trevas, mas uma era em que as sementes da transformação estavam já presentes e repousando dentro da sombra da Terra, onde Gaia, por assim dizer, as alimentava. (pp. 58/9).
Paul Bloom, “Em direcção a uma teoria do desenvolvimento moral” (pp.83-92)
“Enquanto escrevo este ensaio acaba de ser publicado um estudo que dá conta de uma investigação de larga escala sobre os efeitos da TV em 570 adolescentes. (…) Este relatório está cheio de implicações estratégicas que correspondem decorosamente ao senso comum: os programas educacionais são bons, os programas violentos são maus, e devíamos ter mais daqueles e menos destes. (…) Não precisamos de mais e mais estudos, o que necessitamos é de um teoria do desenvolvimento moral, esclarecida por trabalho interdisciplinar, incluindo a psicologia cognitiva e a teoria da evolução. Precisamos de uma teoria de desenvolvimento moral, ao nível da riqueza intelectual das nossas teorias de desenvolvimento da linguagem e do desenvolvimento da percepção. Apenas então podemos abordar com alguma sensatez estas questões da causalidade e da prevenção” (p. 89).
Geoffrey Miller,“A Ciência da Subtileza” (pp. 93-99)
“Eles não tinham medo de especular sobre a natureza das emoções, da estética, do amor, da visa familiar e até dos estados alterados.
Este tipo de psicologia desapareceu no séc. XX com a democratização associada à cultura de massa e com a ascensão do reducionismo e do positivismo na ciência. A psicologia alargou o seu leque – admitindo dentro das suas fronteiras as mulheres, as crianças, os proletários, os povos não ocidentais e os primatas – mas estreitou-se em substancia. Ao mesmo tempo, a indústria cultural alargou a sua clientela, com meios de comunicação como os filmes, a rádio e a televisão, substituindo a intimidade elitista do romance e do teatro. As descrições culturais da natureza humana mais estereotipadas e menos variadas. Paralelamente ocorreu uma simplificação grosseira do conteúdo da psicologia. (…) Positivismo, empirismo e reducionismo colocavam o onus da prova sobre aqueles que desejavam tomar em conta a consciencia humana: qualquer estado mental que não pudesse ser validado no laboratório era tido como irreal.
Em resumo, quer a cultura ocidental, quer a psicologia ocidental se americanizaram no séc. XX. Tornaram-se mais abrangentes, mas menos sofisticadas, mais objectivas nos métodos mas menos precisas nos resultados, mais progressistas politicamente mas menos humanas.
(…) Penso que será demonstrado nos próximos cinquenta anos que esta premissa é falsa. As novas tecnologias têm o potencial de validar uma gama muito maior de experiência subjectiva humana.
(…)Assim que a tecnologia melhorar e que sejamos capazes de seguir a expressão dos genes em tempo real abrir-se-à um mundo novo de complexidade psicológica.
(…) A minha esperança é que, quando os caloiros frequentarem a primeira cadeira de Psicologia em 2050, a sua reacção seja “Ah! É por isso que sentimos x quando acontece y” em vez da habitual resposta: “O que é que isto tem a ver com a vida real?” (p. 95/9)
Mihaly Czikszenmihalyi, “O Futuro da Felicidade” (pp.101-110)
“A forma como devemos utilizar a capacidade de controlo da composição genética da espécie humana é um assunto que assumirá uma importância central nos próximos cinquenta anos.” (p.101)
“Que tipos de seres humanos iremos criar? Cópias de carne e osso das nossas máquinas e dos nossos computadores? Ou seres com uma consciência aberta ao cosmos, organismos que evoluam alegremente em direcções sem precedentes?
A psicologia dá sinais de se estar a mover nesta última direcção. Em vários centros (…) tópicos como a sabedoria, os objectivos da vida, a motivação intrínseca, a espiritualidade – que estariam todos fora dos seus limites há algumas décadas atrás – estão a ser investigados por académicos sérios” (p.109)
Rodney Brooks, “A Unificação da Carne e das Máquinas” (pp.179-187)
“Há cinquenta anos, logo a seguir à Segunda Grande Guerra, houve uma transformação da engenharia. Até ai, a engenharia tinha sido uma actividade centrada nas máquinas mas, por volta de 1950, transformou-se numa disciplina baseada na física. Estamos actualmente a assistir a uma nova transformação da engenharia, desta vez numa disciplina essencialmente baseada na biologia. (…) No laboratório de inteligência artificial do MIT, de que sou director, assisto todos os dias aos sinais dessa transformação. (…) O nosso objectivo, num prazo de trinta anos, é conseguir uma manipulação da genética dos sistemas vivos de tal forma refinada que, em vez de fazer crescer uma árvore, cortá-la e construir uma mesa, a partir dai sejamos capazes de fazer crescer directamente a mesa. (…) Fazemos cultivo de células musculares e utilizamo-las como controladoras do movimento em aparelhos simples, precursores das próteses que serão instaladas sem costura em corpos humanos deficientes.” (p. 182)
“Alguns tetraplégicos com lesões em pontos muito elevados da coluna (…) de tal forma a impedir que falem ou controlem a sua respiração, precisando de um ventilador, serão agora capazes, através de implantes neurais nos seus cérebros, de comandar um rato de computador apenas pelo pensamento” (p. 184)
“No futuro faremos criação de muito daquilo que hoje fabricamos, através da utilização de organismos geneticamente modificados que efectuarão manipulações moleculares sob o nosso comando digital. Os nossos corpos e a matéria-prima das nossas fábricas serão a mesma coisa. Talvez consigamos mantê-los separados nas nossas mentes, tal como hoje distinguimos o nosso contexto do contexto das galinhas que criamos em aviários. Mas, da mesma forma que a sombra deste pensamento nos faz reflectir sobre a nossa própria existência confinada, haverá alterações na nossa perspectiva sobre nós próprios, enquanto espécie: começaremos a ver-nos, simplesmente, como parte da infra-estrutura da indústria.
Enquanto prossegue o trabalho científico e técnico, seremos confrontados permanentemente com o mesmo conjunto de questões inquietantes: o que é estar vivo? O que faz com que algo se torne “humano”? O que faz com que algo se torne “sub-humano”? O que é um super-humano? Que alterações da humanidade são aceitáveis? É eticamente legítimo manipular a vida humana para introduzir certas “correcções”? Que tipo de correcções? Que versão de “vida” e de “humano”? Que responsabilidade deve ter o cientista individual pelas formas de vida que manipula – ou que cria?
E estas questões não são colocadas apenas dentro dos limites bem-intencionados da ciência; são abordadas pela sociedade, em geral, e acompanhadas de todo o tipo de manifestações, desde o vandalismo até ao terrorismo e à guerra total.”, (pp. 186,7)
Peter Atkins, “O Futuro da Matéria”, pp. 189-207.
“Um problema teórico que atrai, actualmente, muita atenção é o seguinte: dada a sequência de aminoácidos que constituem uma cadeia polipeptídica (isto é, a coluna de uma proteína) que forma adopta a cadeia no seu ambiente natural? Esta é uma questão crucial em biologia molecular, uma vez que a forma de uma proteína determina efectivamente a sua função. Mesmo deixando de parte o extraordinariamente interessante conhecimento puro relacionado com a explicação da função pela composição, o estabelecimento da função pode ser encarado como uma componente essencial do Projecto do Genoma Humano, em que se pretende estabelecer a ligação entre a informação do ADN e as proteínas lá codificadas, assim como, posteriormente, com as funções que exercem em virtude da sua composição e da sua forma” (p.197)
“Obteremos então filmes, fotograma a fotograma do desenrolar de reacções e observaremos os átomos e as moléculas nos seus momentos mais íntimos, ganhando uma percepção verdadeira e profunda das formas da matéria que manipulamos com as nossas técnicas mágicas” (p. 198).
Roger C. Schank, “Vamos Ficar Mais Inteligentes?” (pp.199-207)
“À medida que as máquinas se tornarem omnipresentes e capazes de responder a questões sobre aquilo que nos preocupa, diminuirá o valor que damos ao facto de cada indivíduo ser um repositório de conhecimentos factuais. (…) O conhecimento deixará de ser visto como um produto a ser adquirido. Tudo aquilo que pode ser obtido facilmente tende a ser desvalorizado pela sociedade e assim acontecerá com o conhecimento. Aquilo que tenderá a ser valorizado serão as boas questões. “Olha que só com os computadores não vais longe”, ouviremos aconselhar. (…) A instrução significará - mesmo para crianças de 2 anos – explorar esferas de interesse com guias inteligentes disponíveis para responder às questões e para colocar questões novas” (…) As agências de certificação procupar-se-ão mais em conhecer aquilo que sabemos fazer – que indicadores virtuais de mérito foram alcançados – do que com as aulas que frequentámos” (p. 203).
”Começaremos a perceber, nos próximos 50 anos, que a experiência e a capacidade individual para entender o seu alcance constituem a medida última de inteligência e a expressão última de liberdade.
(…) Seremos capazes de ir onde desejarmos num dado dia e tudo o que as pessoas quererão saber será aonde é que estivemos e que experiências tivemos (…). Perceberemos que os factores para qualquer medida verdadeira de inteligência residem nas questões que permanecerem por responder e naqueles que são capazes de pensar correctamente sobre elas.” (p. 205)
“É aquilo que sabemos fazer, e não aquilo que conhecemos, que passará a interessar num sistema de ensino baseado em ambientes de funcionamentos realistas. (…) As nossas mentes serão educadas de forma diferente e o nosso mundo intelectual não será dominado, nem pelos humanistas, nem pelos cientistas mas pelos experimentalistas, aqueles que foram e fizeram e que, em resultado, se tornaram curiosos”.” (p.206)
Jaron Lanier, “O tecto da Complexidade” (pp.209-220)
“A realidade virtual é essencialmente o estudo científico dos limites do ilusionismo e não da redução da realidade física” (p. 210)
“Talvez no futuro haja um sistema operativo cujos componentes se reconheçam, interpretem e até se prevejam uns aos outros. Um tal sistema seria menos susceptível de falhas catastróficas. (p. 215).
“Uma ciência de computação e de informação nova teria de incorporar uma teoria da herança. Os espaços de configuração dos sistemas causais complexos são tão vastos que não podem ser entendidos como bibliotecas infinitas, uma vez que jamais haveria tempo ou energia suficientes para uma pesquisa útil. Stuart Kaufman gosta de sublinhar, por exemplo, que o nosso Universo não é suficientemente velho para ter tido sido capaz de explorar todas as proteínas possíveis com um tamanho razoável. Os sistemas complexos acumulam, pois, heranças que restrigem o tamanho das explorações de espaços de configurações subsequentes. Devemos aprender a abandonar a ilusão que somos capazes de levar a melhor sobre as heranças. Esta é a ilusão que está em jogo, quando especialistas em tecnologia, propõem acrescentos radicais ao metabolismo humano ou à estrutura do cérebro.” (p. 217)
“Uma herança cria um contexto imutável num sistema de informação. As heranças são complexas. Ao reduzirem o espaço de configuração de um sistema, actuam como lentes que ampliam o potencial causal de bits.
Dizer sim numa cerimónia de casamento tem mais consequências do que dizer o mesmo a um estranho que o aborda na rua e pergunta se tem fósforos. (…) De forma semelhante, o ADN apenas ganha significado no contexto de um embrião; um filamento isolado de ADN quase seguramente não conteria informação suficiente para que (…) alienígenas inteligentes (…) experimentassem recriar uma criatura” (p. 218)
“Uma nova ciência de computação poderá fazer uma incorporação útil de uma forma grosseira de compreensão dos sistemas naturais como sistemas de informação (…) Devemos aprender a analisar os sistemas naturais de acordo com o potencial causal. Num instante qualquer, e apenas uma pequena parte de matéria ou de energia de um sistema afectará significativamente o futuro desse sistema – particularmente se se trata de um ser vivo. E mesmo ai há diferenças de grau: uma pequena mudança numa sinapse pode significar muito mais do que uma mudança semelhante na superfície de uma célula da pele.
Stuart Kaufman propôs que a vida poderia ser definida como um processo que se auto-reproduz e executa um ciclo de trabalho de Carnot (o modelo clássico para transformar energia em trabalho)” (p. 218)
“Daqui a cinquenta anos, se tivermos sorte, poderemos (…) aprender a ver o mundo, até certo nível, a partir do ponto de vista da evolução, em vez de a partir do ponto de vista da molécula ou do organismo.
(…) Ser capaz de explicar aquilo que hoje são aspectos misteriosos da biologia não os colocará automaticamente sobre o nosso controlo. Em vez disso é possível que venhamos a descobrir quais os aspectos da biologia que são irredutivelmente complexos (…) Numa ampla gamas de explorações, desde a economia à agricultura, estaremos limitados pelo tectos de complexidade – barreiras que não são necessariamente destruídas pela construção de computadores maiores e mais rápidos. Começaremos a perceber os tectos de complexidade como as verdadeiras limitações às nossas possibilidades.” (pp. 219,20)
David Gelernt, “Ligando os feixes” (pp.221-232)
“O estado da tecnologia daqui a cinquenta anos dependerá do software que inventarmos.” (p.222)
“O ambiente de trabalho, o sistema de ficheiros, a interface gráfica (…) são idênticos aos que existiam há década e meia. A única alteração substancial da nossa qualidade de vida computacional foi a web, mas a web é software, não é hardware.
(…) a sociedade substitui algo quando encontra algo melhor e não quando encontra algo mais recente. Não espero que seja tudo diferente daqui a cinquenta anos. Aquilo que é fundamental permanece.” (p.223)
“Os ganhos tangíveis levam sempre a melhor aos intangíveis (…) É por isso mesmo que 95% das universidades do mundo não existirão daqui a cinquenta anos. As escolas de topo subsistirão porque vendem algo tangível – o prestígio, que se traduz em emprego e em dinheiro. (p.231)
Joseph Ledoux, “Mente, Cérebro e Personalidade” (pp.233-242)
“A memória é um processo de ajustamento de ligações entre neurónios (…): os neurónios que estão envolvidos activamente na experiência sofrem certas alterações químicas que activam certos genes e desencadeiam, assim, a síntese das proteínas no interior destas células activas. As proteínas são depois enviadas para as sinapses activas das células activas, onde alteram a capacidade que estas sinapses, e apenas estas, têm de receber mensagens dos neurónios com os quais se encontram ligadas. A memória está encarnada nestas alterações. (p.236)
“Antes da festa tomamos uma pastilha com glutamato ou outras moléculas (…) e tudo quanto aconteça ficará gravado nos nossos circuitos com o mais nítido detalhe” (p. 238)
“À medida que aprendemos mais sobre a forma como o cérebro funciona (…) as defesas [jurídicas] sustentadas na neurologia tornar-se-ão mais comuns.
Samuel Barondes, “Medicamentos, ADN e o sofá do psicanalista” (pp. 253-261)
“Daqui a cinquenta anos as razões para uma consulta psiquiátrica não se terão alterado.(…) Mas daqui a cinquenta anos qualquer um que visite um psiquiatra trará consigo uma nova fonte de informação – uma palavra passe que fornecerá acesso ao seu ficheiro do ADN individual no computador do Serviço Nacional de Saúde.” (p.259)
Nancy Etcoff, “Escrutínio do cérebro, adereços e escontros breves” (pp. 263-273)
“No seu artigo “Onde é que sobreviverá a psicanálise” o psiquiatra Alan Stone conclui: “A psicanálise, quer como teoria, quer como prática, é uma arte que pertence às humanidades e não às ciências. Está mais próxima da literatura do que da ciência.” À medida que Freud se muda para as artes e para as humanidades, Darwin mudar-se-à para as ciências do comportamento e para a medicina. Daqui a cinquenta anos, a medicina darwiniana fornecerá o enquadramento deste campo. O cérebro, como qualquer outro órgão, foi moldado pela selecção natural e desenvolveu módulos mentais que aumentam a boa forma reprodutiva e ajudam a garantir a sobrevivência. A prática da psicoterapia será reorientada do foco nas doenças para o foco das vulnerabilidades, dos sintomas para as defesas adaptáveis, e de uma centralização exclusiva na história individual para um exame dos aspectos não individuais da experiência humana” (p.268) .