2/22/2012

Cardoso, Fernando Henrique, Cartas a um jovem político. Lisboa: ed. Quixote. 2011 (ca. 154 pp. e 18 euros)

" Se a classe trabalhadora mudou muito no Brasil, a classe média nem se fala. A classe média no passado era a classe média tradicional, ou seja, os membros caídos das classes dominantes. Os filhos eram colocados no Exército, na Igreja ou na universidade para se poder manter mais ou menos um padrão razoável de vida. Agora há uma nova classe média que vem de baixo, não tem ligação com o Estado e é composta por uma imensa quantidade de gente. (...) O velho princípio de «solidariedade de classe» é outro também, porque a competição entre as pessoas aumentou muito" (p. 75)


"Uma ou algumas pessoas que possam realmente contar e ouvir a verdade (...) Pode ser um velho amigo, ou amiga, um auxiliar próximo, um ministro, não importa. (...) Ou a pessoa no poder consegue construir uma linha permanente de contato com a verdade - e com o mundo real - ou fica perdida"    (p. 102)


"qualquer pessoa que queira exercer uma função política a sério tem que saber responder à seguinte pergunta: para quê? Com qual propósito, exatamente, estou entrando na política? O que eu quero mesmo fazer? A quem desejo representar?
(...) 
E o alicerce das alianças sadias é a convicção de que elas se destinam a cumprir um programa para alcançar objetivos. " (p. 125)

Matar os pais...


Voltaremos a matar os pais?


Outrora, por razões económicas, abandonavam-se os pais quando eles já não produziam para a comunidade familiar e  apenas  representavam bocas a alimentarem.  


Devemos voltar a esse tempo e fazer tudo em nome da economia?
Ou devemos pensar a economia como um conjunto de factores, sem o contributo dos quais  ela fica vazia de sentido, senão absurda?


Que significa optar pela construção de um silo para automóveis em vez de um jardim só porque o silo é mais barato? (http://peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N19416)


De que serve pagar rapidamente a minha dívida (sobretudo se o meu dinheiro nem faz uma falta urgente ao credor) se, para pagá-la com brevidade, arrrisco a nem sobreviver? 


De que seve um ensino barato, mas falho na aprendizagem da cidadania ou das artes? Para a criação de bárbaros instruídos? 
Goebbels, o ministro da cultura de Hitler, não era um homem instruído?

A economia não pode ser um fim em si mesma, pois o humano é  por demasiado complexo para que tudo o que faça não  deva ser analizado nas suas múltiplas consequências.


A economia não pode ser um fim em si mesma, sob pena de voltarmos ao tempo em que matavamos os pais.  


Ou é isso o que queremos?

2/19/2012

um milhão de sins por uma europa solidária!

http://www.1millionsignatures.eu/?a=form

inquérito a moribundos...

revela que, em fim de vida, a maioria diz que gostaria de:
- ter tido a coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo e não a vida que os outros esperavam de mim.
- não ter trabalhado tanto.
- ter tido a coragem de expressar os meus sentimentos.
- ter mantido contactos com os meus amigos.
- queria ter-me permitido ser feliz.

(in jornal "Metro" de 9.02.2012. p. 2) 

Portugal: quem deve a quem?

http://auditoriacidada.info/

mudam-se os tempos, mudam-se os "velhos"...

http://www.ted.com/talks/lang/pt-br/jane_fonda_life_s_third_act.html

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