7/05/2013

MOHANDAS K. GANDHI, A Minha Vida e as minhas experiências com a Verdade, Bizancio: Lisboa, 2012 (Ca. 462 pp. e 22 euros)

 “Raramente conheci alguém tão leal à Constituição britânica como eu. Hoje, sei que o meu amor pela verdade estava na raiz  desse sentimento. Jamais pude simular a lealdade ou qualquer outra virtude” (p. 165)
“Se eu não tivesse conseguido desenvolver o autodomínio (…) teria descido a um nível demasiado baixo, e teria encontrado a minha ruína há muito tempo.”
(…)
A pessoa não deveria comer para agradar ao paladar, mas apenas para manter o corpo. Quando cada órgão dos sentidos presta serviço ao corpo e por meio dele à alma, o seu prazer especial desaparece, e só então ele começa a funcionar de forma natural” (pp. 292,3)



“A minha ideia nunca foi confiar as crianças a professores comuns. As suas qualificações literárias não eram tão essenciais quanto a sua fibra moral”  (pp. 377,8)




“Mas o caminho para a autopurificação é árduo e íngreme. Para a  atingir o indivíduo tem de se tornar absolutamente livre de paixões em pensamento, palavras e acções. Tem de elevar-se acima das paixões opostas de apego e ódio, atração e repulsa. (…) Sei que ainda não tenho dentro de mim esta tríplice pureza, apesar da minha constante e incessante luta por ela. É por isso que os elogios do mundo não me comovem, na verdade com muita frequência me doem.  (…) Mas sei que ainda tenho um caminho difícil a transpor. Devo reduzir-me a zero. Enquanto o homem não se colocar por livre e espontânea vontade como a última das criaturas não há salvação para ele.” (p. 449)

Arquivo do blogue