MINTZBERG, Henry, Gestores não, MBAs, Lisboa, D. Quixote, 2005
“Chamamos-lhe “mesas em apóstrofo “ porque os participantes se sentam à volta de mesas circulares espalhadas por uma sala plana e, em alguns locais, colocamos mesas extras, mais pequenas (os apóstrofos) para aqueles que têm de se virar para verem uma apresentação colectiva. Também não queremos perturbar a classe ao dividi-la em grupos de discussão mais pequenos. As pessoas sentem-se de maneira muito diferente do que uma colecção de indivíduos na sala de aula tradicional. Porque os participantes se encontram uns com os outros, face a face para partilhar experiências e, ao mesmo tempo, virarem-se para um ponto comum a ouvir uma apresentação, são tanto donos do espaço quanto o são os formadores. Num certo sentido a sala de aula não tem uma parte que seja obviamente a “frente da sala” para além de uma parede onde são projectadas as apresentações. (…) Mais importante ainda, este arranjo permite que a classe entre e saia do modo “grupos de discussão” por vezes por períodos de poucos minutos de cada vez. Podemos por exemplo perguntar se há algumas “questões de mesa” – questões consideradas pelos grupos à volta das mesas, em vez de virem apenas da primeira pessoa que levanta a mão.”
(…) “ De acordo com um livro de sociologia Michael Useen (1989) os estudantes de artes e ciências têm mais dificuldade em encontrar primeiros empregos como gestores do que os estudantes com diplomas académicos profissionais ou em ciências empresariais, na medida em que lhes faltam competências específicas em finanças e engenharia. (…) No entanto, uma vez contratados tendem a progredir mais depressa do que os seus colegas.
(…) O estudo relativo aos testes de admissão verificou que os estudantes que obtêm melhores resultados “ tiveram como cadeiras nucleares disciplinas de um ramo de conhecimento caracterizado pelo formalismo de pensamento, relacionamento estruturados, modelos abstractos, linguagem simbólica e dedutiva. Quanto mais abstracta for a matéria, mais ela ajuda a desenvolver capacidades puras de raciocínio; e quanto mais fortes forem as capacidades de raciocínio de uma pessoa, tanto melhor essa pessoa se vai sair em qualquer campo de aplicação.
Isso condiz com os dados do mundo empresarial. As empresas dizem-nos que embora as competências técnicas sejam as mais importantes nos lugares de gestão de nível inferior, essas competências tornam-se menos importantes nas posições intermédias superiores, onde os traços cruciais incluem competências de comunicação, a capacidade para formular os problemas e o raciocínio. “ (p.504)
“Consoante a vida se torna mais agitada, as instituições académicas deveriam tornar-se refúgios onde se possa reflectir” (p. 495)
“A aprendizagem é um processo de construção. Por outras palavras aquilo que se aprende é o formando que o junta” (Gaskins I.W)
“Chamamos-lhe “mesas em apóstrofo “ porque os participantes se sentam à volta de mesas circulares espalhadas por uma sala plana e, em alguns locais, colocamos mesas extras, mais pequenas (os apóstrofos) para aqueles que têm de se virar para verem uma apresentação colectiva. Também não queremos perturbar a classe ao dividi-la em grupos de discussão mais pequenos. As pessoas sentem-se de maneira muito diferente do que uma colecção de indivíduos na sala de aula tradicional. Porque os participantes se encontram uns com os outros, face a face para partilhar experiências e, ao mesmo tempo, virarem-se para um ponto comum a ouvir uma apresentação, são tanto donos do espaço quanto o são os formadores. Num certo sentido a sala de aula não tem uma parte que seja obviamente a “frente da sala” para além de uma parede onde são projectadas as apresentações. (…) Mais importante ainda, este arranjo permite que a classe entre e saia do modo “grupos de discussão” por vezes por períodos de poucos minutos de cada vez. Podemos por exemplo perguntar se há algumas “questões de mesa” – questões consideradas pelos grupos à volta das mesas, em vez de virem apenas da primeira pessoa que levanta a mão.”
(…) “ De acordo com um livro de sociologia Michael Useen (1989) os estudantes de artes e ciências têm mais dificuldade em encontrar primeiros empregos como gestores do que os estudantes com diplomas académicos profissionais ou em ciências empresariais, na medida em que lhes faltam competências específicas em finanças e engenharia. (…) No entanto, uma vez contratados tendem a progredir mais depressa do que os seus colegas.
(…) O estudo relativo aos testes de admissão verificou que os estudantes que obtêm melhores resultados “ tiveram como cadeiras nucleares disciplinas de um ramo de conhecimento caracterizado pelo formalismo de pensamento, relacionamento estruturados, modelos abstractos, linguagem simbólica e dedutiva. Quanto mais abstracta for a matéria, mais ela ajuda a desenvolver capacidades puras de raciocínio; e quanto mais fortes forem as capacidades de raciocínio de uma pessoa, tanto melhor essa pessoa se vai sair em qualquer campo de aplicação.
Isso condiz com os dados do mundo empresarial. As empresas dizem-nos que embora as competências técnicas sejam as mais importantes nos lugares de gestão de nível inferior, essas competências tornam-se menos importantes nas posições intermédias superiores, onde os traços cruciais incluem competências de comunicação, a capacidade para formular os problemas e o raciocínio. “ (p.504)
“Consoante a vida se torna mais agitada, as instituições académicas deveriam tornar-se refúgios onde se possa reflectir” (p. 495)
“A aprendizagem é um processo de construção. Por outras palavras aquilo que se aprende é o formando que o junta” (Gaskins I.W)