9/26/2008

TESTEMUNHOS 11

VALDES, Roberto L. Blanco, La aflicción de los patriotas, Alianza Editorial, 2008 (Ca.260 pp. e ca. 17,50)

“Solo acaba llegando el que coñoce adónde va. (…) Según los no nacionalistas la autonomia há constituído el cemento que nos há unido en libertad; según los nacionalistas, há sido y debe seguir siendo hacia la definitiva secessión de sus Comunidades respectivas” (p.59)

“Pêro casi nada de eso [cientos de miles de parados, cientos de miles de inmigrantes, que huyen de la violência y de la miséria, miles de ancianos en la más absoluta soledad, miles de enfermos en las listas de espera, miles de mujeres sometidas a situaciones personales o professionales vejatorias, milles de estudantes que fracassan – N. de Kriu] existe pue en este país, desde hace muchos años, la llamada cuéstion vascã ocupa les energias que, en condiciones normales, merecerían ocupar los problemas referidos” (p.32)

"Los etarras no son, desde luego los vascos generosos, los vascos laboriosos que, desde posiciones políticas distintas y legitimas (nacionalistas y no nacionalistas) luchan por mejorar la situación de su país. Los etarras no forman parte de eso imenso mayoria del admirable pueblo vasco que ha trabajado, generación tras generación, por hacer de su país, y hacer de España, un lugar donde se puedo vivir en paz y libertad. Pero sí son vascos los etarras. Son unos vascos que han llegado al convencimiento pleno y absoluto de que su lucha exige asesinar, secuestrar e extorsionar." (p. 169)

9/25/2008

TESTEMUNHOS 10


CHOMSKY, Noam, Assalto ao Médio Oriente, Lisboa, Ed. Antígona, 2003. (Ca. 192 pp. e ca. 7,5 euros)

“O 11 de Setembro teve efeito por todo o mundo, o mesmo efeito em toda a parte, perfeitamente previsível. O efeito foi o de os elementos brutais e repressivos espalhados por todo o mundo verem nos acontecimentos uma oportunidade única. Podem dar largas aos seus planos sem se sujeitarem a impedimentos, enquanto a população está assustada, obediente, silenciada, por um apelo unilateral ao patriotismo, que equivale a dizer-lhes que se cale enquanto eu aplico os meus planos de maneira ainda mais agressiva e mais implacável do que dantes” (p.147)

“uma forma de minar completamente a democracia é entregar tudo ao poder privado. O poder privado não presta contas a ninguém. Excepto através de uma ordem do Congresso, não se pode saber o que está a acontecer dentro de uma das tiranias privadas, como a General Electric ou a Enron (…) São tiranias e estão em grande parte ao abrigo de qualquer prestação de contas. Portanto, se os do poder puderem transferir a arena pública para as suas mãos, poderão fazer eleições formais sem qualquer preocupação.” (p.112)

[o jornal egípcio semi-oficial al-Abram referia-se - N. de Kriu] “ao eixo do mal composto pelos Estados Unidos, a Turquia e Israel. É um eixo real (aplausos). Quanto mais não seja existe uma aliança estreita, e não é secreta, é aberta, é sólida. É constituída pelos três: os Estados Unidos, obviamente senhores do mundo, Israel e a Turquia, as duas maiores potências militares na região, ambas mais ou menos bases militares dos Estados Unidos. (…) Era o que a administração Nixon chamava os “polícias locais de mão dura”.
(p.154)

9/22/2008

POEMA 11 Francisco Vaz, in: Sulscrito nº 2 Verão 2008 - Revista de literatura - p. 19

Francisco el chapero recuerda con agrado
el rancio sdor a macho que desprendía su tio
y el húmedo hisopo que guardaba en su entrepierna
con el que bautizou su culo imberbe de once añitos
y ahora ya ves lo que es la vida
su tío yace moribundo en el hospicio
y a él le gustaria pero no irá visitarlo
seguro que lo imagina niño aún o acaso hombre
y no desea crearle problemas de conciencia
a quien descubrió la verdad que otros tapaban
cuánta vida perra desde entonces
cuánta cama e cuánto frio
cuánto hombre e cuánta oscuridad de esquina
cuánto semen degustado e cuánta herida abierta
al asco y al azogue
cuánto azote desmedido y cuánta soledad





nunca soportó el perfume de los señoritos perversos
que adoran la polla des chapero como un trofeo oculto
y públicamente sin embargo la desprecian
fue tanta humillación repulsiva la que tuvo que tragar
y tragó a cambio del dinero necesario
para ser quiem siempre quiso ser y le negó la biologia




hoy Francisco está orgullosa de ser Paca la travesti
y se muere de amor por un currante que ni la mira
a veces se le acerca como una gatita indefensa
y cierra los ojos y aspira el aroma agridulce
que desprende su ropa de trabajo
y piensa que si él quisiera estaria dispuesta
a dárselo todo
a comprarle un trono y tenerlo como un rey
a ofrecerle los mejores años de su vida
y a amarlo hasta la muerte.

9/21/2008

CAPITALISMO 19

AAVV, We Are EverywhereThe Irresistible Rise of Global Anticapitalism, London – New York, Verso, 2003 (ca. 518 pp. A5 e ca. 19 euros)

“This book wouldn’t exist if it wasn’t for the tireless, unsung efforts of people everywhere working for no reward except the sweet knowlodge traht they are in the right place, at the right time in history, doing the right thing. This book is for them.”

“All I was trying to do was defend our local bit of land. I’ ve never thought of myself as political before but this has shown me that all life is politics – if you step out of line”
(p. 31)

“Carnival and rebellion have identical goal: to invert the social order with joyous abandon and to celebrate our indestrutible lust of life. Carnival breaks down the barriers of capital, and releases the creativity of each individual. It throws beauty back into the streets, streets in wich people begin to really live again. During Carnival, as in rebellion, we wear masks to free our inhibition, we wear masks to transform ourselves, we wear masks to show that we are your daughter, your teacher, your bus driver, your boss. Being faceless protects and unites us while they try to divide and persecute. By being faceless we show that who are is not important as what we want, and we want everything for everyone.
So we will remain faceless because we refuse the spectacles of celebrity, we will remain faceless because the world is upside down, we will remain faceless because we are everywhere. By covering our faces we show that our words, dreams, and inagination are more important than our biographies. By covering our face we recover the power of our voices and our deeds. By wearing masks we become visible once again” Alice Walker (p. 346)

“Utopia is on the horizon: when I walk two steps, it takes to steps back... I walk ten steps, and it is ten steps further away. What is utopia for? It is for this, for walking.”
Eduardo Galeano
(p. 499)

TESTEMUNHOS 9

SOLJENITSYNE, Alexandre, O Declínio da Coragem, Discursos de Harvard, Junho 1978, Lisboa, Ed. Rolim, s.d. (ca. 51 pp. e ca. 9 euros)

“É talvez o declínio da coragem o que mais chama a atenção dum estrangeiro no Ocidente de hoje. A coragem cívica não só desertou globalmente do mundo ocidental mas também de cada um dos países que a compõem (…) e, bem entendido, da Organização das Nações Unidas. Este declínio de coragem é particularmente sensível na camada dirigente e na camada intelectual dominante e daí vem a impressão de que foi de toda a sociedade que a coragem desertou. (…) Os funcionários públicos e intelectuais patenteiam este declínio, esta fraqueza e esta irresolução, tanto nos seus actos como nos seus discursos e, mais ainda, nas suas considerações teóricas que fornecem com toda a complacência, para provarem que esta maneira de agir, que alicerça a política dum Estado na cobardia e no servilismo, é pragmática, racional e justificada, seja qual for o plano intelectual, ou mesmo moral, em que nos coloquemos. Este declínio da coragem que, aqui e ali parece ir até à perda de todo e qualquer vestígio de virilidade, encontramo-lo (…) nos casos em que esses mesmos funcionários sofrem súbitos acessos de valentia e intransigência para com governos sem força de países fracos, que ninguém apoia, ou para correntes condenadas por todos e que, manifestamente, não têm qualquer possibilidade de poder ripostar, ao passo que sentem a língua secar-se-lhe e as mãos paralisarem-se-lhe diante de governos mais poderosos e das forças ameaçadoras (…) da Internacional do terror.
Será preciso lembrar que o declínio da coragem foi sempre considerado como um sinal percursor do fim? (pp. 15 a 17)

“Se me perguntarem se eu quero propôr ao meu país como modelo o Ocidente, tal como hoje se apresenta, devo responder com franqueza: não, não posso recomendar a vossa sociedade como ideal para a transformação da nossa (…) Uma sociedade não pode permanecer no fundo do abismo sem leis, como é o nosso caso, mas será irrisório manter-se à superfície lisa dum juridismo sem alma, como sucede convosco. Uma alma humana acabrunhada por muitas dezenas de anos de violência aspira a algo de mais elevado, mais quente e mais puro do que o que pode propôr-lhe a existência de massa no Ocidente, anunciada, como se fosse um cartão de visita, por uma pressão enjoativa de publicidade, pelo embrutecimento da televisão e por uma música insuportável. (…) O modo de vida ocidental tem cada vez menos probabilidades de vir a ser o modo de vida dominante” (pp. 33,4).

“Pusemos demasiadas esperanças nas transformações políticas-sociais e notamos que nos tiraram o que tínhamos de mais precioso: a nossa vida interior. A Leste, é a feira do Partido,(…) a Oeste a feira do Comércio” (p. 49)

“(…) esta viragem [da História – n. de Kriu] exigirá de nós uma nova altitude de vistas (…) em que a nossa natureza física terá deixado de estar entregue à maldição, como na Idade Média, mas na qual a nossa natureza espiritual terá também deixado de estar calcada aos pés como era na Idade Média” (p. 51)

Arquivo do blogue