11/02/2011

Philippe AskenazyThomas CoutrotAndré OrléanHenri SterdyniakJoão RodriguesNuno SerraManifesto dos Economistas Aterrados, Crise e Dívida na Europa 22 Medidas Para Sair do Impasse. Lisboa: Actual Editora, 2011 (ca. 88 pp e 5 euros)




“A explosão recente da dívida pública na Europa e no mundo deve-se (…) aos planos de salvamento do sector financeiro e, sobretudo, à recessão provocada pela crise bancária e financeira que começou em 2008 (…) Perante a ausência de uma harmonização fiscal, os Estados europeus dedicaram-se livremente à concorrência fiscal, baixando os impostos sobre as empresas, os salários mais elevados e o património” (pp. 42,3)

“Sim, a economia é política e deve estar, por esse motivo, sujeita ao debate” (Prefácio, de João Rodrigues e Nuno Serra (http://ladroesdebicicletas.blogspot.com)



“Uma auditoria à dívida pública do país seria um primeiro passo para saber quem detém os títulos nacionais e em que condições. Só assim se poderá saber quem está a ganhar com o processo de transferência de rendimentos das classes populares para o sistema financeiro. Portugal e os restantes países periféricos devem, pois, colocar a possibilidade de uma reestruturação da dívida por si organizada para forçar alterações europeias que superem as políticas de austeridade. A rebelião das periferias exige uma rebelião intelectual prévia. E este manifesto pode, justamente, contribuir de modo significativo para o desencadear” (in prefácio, pp. 15,6)
CARRILHO, Pedro Queiroga, O Seu Primeiro Milhão. Como Poupar e Fazer Crescer o Seu Dinheiro. Alfragide: grupo Leya, 2010 (Ca. 116 pp. e 10 Euros)


“teria sido necessário que alguém nos dissesse muitas vezes quando éramos novos: “Não tens dinheiro, não compras.” (p. 37)


“o que importa não é quanto ganhamos mas sim quanto dinheiro conservamos.” (p.51)


“O que (...) possibilitou que se tornassem milionários (...) :
- manter  os objectivos e não sair do caminho;
- aprender com quem já o fez;
- estar num negócio que se ama, a fazer algo que se ame;
- associar-se a pessoas bem sucedidas;
- ser integro e merecer a confiança de outras pessoas;
- resolver problemas de atitude pessoal;
- ser sábio relativamente a dinheiro;  (p. 52)


“Ao recebermos um ordenado devemos retirar logo uma percentagem de dinheiro para uma conta poupança ou de investimento.” (p. 55)


10/24/2011

GIROUX, Henry A., Contra o Terror do Neoliberalismo - A Política para Além da Era da Ganância. Lisboa: ed pedago, 2011 (ca. 143 pp. e 15,90 euros)







“À medida que o estado é enfraquecido e esvaziado das suas fontes financeiras e à medida que os serviços sociais se extinguem, as políticas de contenção tornam-se os principais meios para disciplinar a juventude e restringir a sua capacidade para pensar de modo crítico e para se ocupar com práticas de oposição. (...) Tais abordagens descapacitam os professores, (...)  e preparam os jovens para serem dóceis.” (p. 35)


“inúmeras universidades são actualmente concebidas segundo os conhecimentos do mundo empresarial e parecem menos interessadas no ensino superior do que em tornar-se montras acreditadas de marcas


(...)

Os alunos (...) apressam-se a frequentar cursos (...) nas áreas dos negócios e biociência à medida que as humanidades perdem especializações e diminuem.” (p. 38)



“defendo que os intelectuais públicos deveriam (...) ligar a prática do ensino na sala de aula com a operação de poder na sociedade. (p.40)


“Estamos na era das «utopias individuais», (...) e por isso torna-se natural (para além de estar na moda) zombar e ridicularizar os projectos que implicam uma revisão das opções (...) colectivamente postas à disposição dos indivíduos (1)



(1) Zygmunt Baumon, Work, Consumerism and the New Poor (Philadelphia: Open University Press, 1998, pp. 97-98)











10/15/2011

JR, NYE, Joseph S., Liderança e Poder. Lisboa: Gradiva, 2009 (ca. 255 pp. e 17 euros)




“A revolução e a democratização da informação estão a provocar uma mudança de longo prazo no contexto das organizações pós-modernas verificando-se a substituição gradual de um estilo de comando por um estilo de coaptaçao. As ligações em rede requerem um estilo de liderança mais consultivo, por vezes rotulado de “feminino”. Apesar do estereótipo, a verdade é que tanto os homens como as mulheres enfrentam esta mudança, à qual têm de se adaptar. Seguidores mais capacitados fazem líderes mais fortes” (p. 192)



Os líderes transformacionais estabelecem relações com os seguidores «de modo que uns e outros se seguem mutuamente a níveis mais elevados de motivação e moralidade [...] O melhor exemplo é talvez Gandhi que mobilizou e elevou a esperança e exigencia de milhões de individuos, engrandecendo nesse processo a sua vida e personalidade» (46)  (p. 167)


(46) Stephen J. Zaccaro, «Trait-Based Perspectives of Leadership», American Psychologist 62, nº 1 (2007): p. 7













10/04/2011

Hum...

Hum...

Um jovem de 23 anos invadiu a casa de uma idosa, de 80 anos, completamente nu, em São Martinho do Porto, Alcobaça.

(Correio da Manhã, 4/10/11)

10/02/2011

SALÁRIOS MÍNIMOS NA EUROPA em 2011:



Suíça - 2.916,00€




Luxemburgo - 1.757,56€




Irlanda - 1.653,00€




Bélgica - 1.415,24€




Holanda - 1.400,00€




França - 1.377,70€




Reino Unido - 1.035,00€





Espanha - 748,30€



Portugal - 485,00€
"DESÇO, MUDO O MUNDO E VOLTO"

(escrito numa parede em Itália)

10/01/2011

DESTAQUE
BCE explicado às criancinhas...

(em circulação via mail)


O QUE É O BCE?

- O BCE é o banco central dos Estados da UE que pertencem à zona euro, como é o caso de Portugal.


E DONDE VEIO O DINHEIRO DO BCE?

- O dinheiro do BCE, ou seja o capital social, é dinheiro de nós todos, cidadãos da UE, na proporção da riqueza de cada país. Assim, à Alemanha correspondeu 20% do total. Os 17 países da UE que aderiram ao euro entraram no conjunto com 70% do capital social e os restantes 10 dos 27 Estados da UE contribuiram com 30%.



E É MUITO, ESSE DINHEIRO?

- O capital social era 5,8 mil milhões de euros, mas no fim do ano passado foi decidido fazer o 1º aumento de capital desde que há cerca de 12 anos o BCE foi criado, em três fases. No fim de 2010, no fim de 2011 e no fim de 2012 até elevar a 10,6 mil milhões o capital do banco.



ENTÂO, SE O BCE É O BANCO DESTES ESTADOS PODE EMPRESTAR DINHEIRO A PORTUGAL, OU NÃO?
- Não, não pode.



- ENTÃO, A QUEM PODE O BCE EMPRESTAR DINHEIRO?

- A outros bancos, a bancos alemães, bancos franceses ou portugueses.



AH PERCEBO, ENTAO PORTUGAL, OU A ALEMANHA, QUANDO PRECISA DE DINHEIRO EMPRESTADO NÃO VAI AO BCE, VAI AOS OUTROS BANCOS QUE POR SUA VEZ VÃO AO BCE.

- Pois.


MAS PARA QUÊ COMPLICAR? NÃO ERA MELHOR PORTUGAL OU A GRÉCIA OU A ALEMANHA IREM DIRECTAMENTE AO BCE?

- Bom... sim... mas assim os banqueiros não ganhavam nada no negócio.



AGORA NãO PERCEBI!!...

- Sim, os bancos precisam de ganhar. O BCE de Maio a Dezembro de 2010 emprestou cerca de 72 mil milhões de euros a países do euro, a chamada dívida soberana, através de um conjunto de bancos, a 1%, e esse conjunto de bancos emprestaram ao Estado português e a outros Estados a 6 ou 7%. Com o empréstimo a Portugal uns 3 ou 4 mil milhões de euros.



MAS QUEM É QUE MANDA NO BCE?

- Mandam os governos dos países da zona euro. A Alemanha em primeiro lugar que é o país mais rico, a França, Portugal e os outros países.


ENTÃO, OS GOVERNOS DÃO O NOSSO DINHEIRO AO BCE PARA ELES EMPRESTAREM AOS BANCOS A 1%, PARA DEPOIS ESTES EMPRESTAREM A 5 E A 7% AOS GOVERNOS QUE SÃO DONOS DO BCE?


- Não é bem assim. Como a Alemanha é rica e pode pagar bem as dívidas, os bancos levam só uns 3%. A nós, à Grécia ou à Irlanda e a quem é mais arriscado emprestar, é que levam juros a 6%, a 7 ou mais.



ENTÃO NÓS SOMOS OS DONOS DO DINHEIRO E NÃO PODEMOS PEDIR AO NOSSO PRÓPRIO BANCO!...

- Nós, qual nós?! O país, Portugal ou a Alemanha, não é só composto por gente vulgar como nós. Não se queira comparar um borra-botas qualquer que ganha 400 ou 600 euros por mês ou desempregado, com um grande accionista que recebe 5 ou 10 milhões de dividendos por ano, ou com um administrador duma grande empresa ou de um banco que ganha, com os prémios a que tem direito, uns 50, 100, ou 200 mil euros por mês. Não se pode comparar.



MAS, E OS NOSSOS GOVERNOS ACEITAM UMA COISA DESSAS?

- Os nossos Governos... Por um lado, são, na maior parte, amigos dos banqueiros...


MAS ENTÃO ELES NÃO ESTÃO LÁ ELEITOS POR NÓS?

- Em certo sentido, sim, é claro, mas depois...  Essa coisa a que chamam sistema financeiro transformou o mundo da finança num casino mundial,  e levou os EUA e a Europa à beira da ruína. É claro, essas pessoas importantes levaram o dinheiro para casa e deixaram a gente como nós, que tinha metido o dinheiro nos bancos e nos fundos, a ver navios. Os governos, então, nos EUA e na Europa, para evitar a ruína dos bancos tiveram de repor o dinheiro.



E ONDE O FORAM BUSCAR?

- Aos impostos, aos ordenados, às pensões. De onde havia de vir o dinheiro do Estado?....



MAS METERAM OS RESPONSÁVEIS NA CADEIA?

- Na cadeia? Que disparate! Então, se eles é que fizeram a coisa, engenharias financeiras sofisticadíssimas, só eles é que sabem aplicar o remédio, só eles é que podem arrumar a casa. É claro que alguns mais comprometidos, como Raymond McDaniel, que era o presidente da Moody's, uma dessas agências de rating que classificaram a credibilidade de Portugal para pagar a dívida como lixo e atiraram com o país ao tapete, foram... passados à reforma. Como McDaniel é uma pessoa importante, levou uma indemnização de 10 milhões de dólares a que tinha direito.



E ENTÃO COMO É? COMEMOS E CALAMOS?

- Isso já não é comigo, eu só estou a explicar...



































9/23/2011

Curiosidades líbias do tempo de kaddafi:

- Petróleo, de boa qualidade e com volume superior a 45 bilhões de barris em reservas
- Banco Central Líbio não submetido ao sistema mundial Financeiro.
-  Dinar, desatrelado das flutuações do dólar e coberto por toneladas de reservas de ouro


Pelo seu lado, em 2007, a ONU constatou o seguinte:

1 - Maior Indice de Desenvolvimento Humano (IDH) da África ;


2 - Ensino gratuito até à Universidade;


3 - 10% dos alunos universitários estudam na Europa, EUA, etc... e com tudo pago;


4 - Ao casar, o casal recebe até 50.000 US$ para adquirir seus bens;


5 - Sistema médico gratuito, rivalizando com os europeus. Equipamentos de última geração, etc...;


6 - Empréstimos pelo Banco estatal sem juros;


7 - Inaugurado em 2007, maior sistema de irrigação do mundo, que vem tornando o deserto (95% da Líbia) em fazendas produtoras de alimentos.;


8- Kaddafi quase conseguiu que os países africanos formassem uma moeda única desligada do dólar.





Efeitos do ataque para libertar a Líbia: 


1 - A NATO comandada pelos EUA,  bombardeou as principais cidades Líbias. Prédios e infra estrutura de água, esgoto, gás e luz  seriamente danificados;


2 - As bombas usadas contem DU (Uranio depletado) tempo de vida 3 bilhões de ano (causa cancer e deformações genéticas);


3 - Metade das crianças líbias traumatizadas psicológicamente por causa das explosões que parecem um terremoto e racham as casas;


4 - Com o bloqueio marítimo e aéreo da NATO, principalmente as crianças sofrem com a falta de remédios e alimentos;

5 - A água já não mais é potável em boa parte do país.

6 - Cerca de 150.000 pessoas por dia, deixam o país através das fronteiras com a Tunísia e o Egito. Vão para o deserto ao relento, sem água nem comida;

7 - Mesmo que o bombardeio termine hoje, cerca de 4 milhões de pessoas precisarão de ajuda humanitária para sobreviver:

.... Agora todo o mar Mediterrâneo está sob controle da NATO.

Falta a Síria...

(A continuar...)

9/21/2011

"The Economist", Sep 17th 2011,
"(...) Yet unless politicians act fast to persuade the world that their desire to preserve the euro is greater than the markets’ ability to bet against it, the single currency faces ruin. (...) it is not just the euro that is at risk, but the future of the European Union and the health of the world economy.


(...)
 the only way to stop the downward spiral now is an act of supreme collective will by euro-zone governments to erect a barrage of financial measures to stave off the crisis and put the governance of the euro on a sounder footing.

(...)
The costs will be large. Few people, least of all this newspaper, want either vast intervention in financial markets or a big shift of national sovereignty to Europe. Nor do many welcome a bigger divide between the 17 countries of the euro zone and the EU’s remaining ten. It is just that the alternatives are far worse. That is the blunt truth that Germany’s Angela Merkel, in particular, urgently needs to explain to her people.



The failure of austerity and pretence



A rescue must do four things fast. First, it must make clear which of Europe’s governments are deemed illiquid and which are insolvent, giving unlimited backing to the solvent governments but restructuring the debt of those that can never repay it.

Second, it has to shore up Europe’s banks to ensure they can withstand a sovereign default.

Third, it needs to shift the euro zone’s macroeconomic policy from its obsession with budget-cutting towards an agenda for growth.

And finally, it must start the process of designing a new system to stop such a mess ever being created again.



(...)


So far the euro zone’s response has relied too much on two things: austerity and pretence. Sharply cutting budget deficits has been the priority—hence the tax rises and spending cuts. But this collectively huge fiscal contraction is self-defeating. By driving enfeebled economies into recession it only increases worries about both government debts and European banks (...) And mere budget-cutting does not deal with the real cause of the mess, which is a loss of credibility.



(...)

 Europe’s leaders have repeatedly denied that Greece is insolvent (when everyone knows it is), failing to draw a line between it and the likes of Spain and Italy, which are solvent but short of liquidity. The excuse is that a Greek restructuring may cause contagion. In fact denying the inevitable has undermined pledges about solvent governments.



Instead of austerity and pretence, a credible rescue should start with growth and, where it is unavoidable, a serious restructuring of debt. Europe must make an honest judgment about which side of the line countries are on. Greece, which is unambiguously insolvent, ought to have a hard but orderly write-down. The latest, inadequate plan for a second Greek bail-out, agreed at a summit in July, should be thrown away and rewritten. But all the other euro members (and on present numbers Portugal is just about in the solvent camp) should be defended with overwhelming financial firepower. All the troubled economies, solvent or insolvent, need a renewed programme of structural reform and liberalisation. Freeing up services and professions, privatising companies, cutting bureaucracy and delaying retirement will create conditions for renewed growth—and that is the best way to reduce debts.

 
(...)


Some banks may be able to raise money in the equity markets, but the most vulnerable will need government help. Core countries like Germany and the Netherlands have enough cash to look after their own banks, but peripheral governments may need euro-zone money. Ideally that would come from the European Financial Stability Facility (EFSF), whose overhaul was the most useful thing to emerge from the July summit. But it also makes sense to set up a euro-zone bank fund, together with a euro-zone bank-resolution authority.


(...)

 


None of this will work unless the Europeans create a firewall around the solvent governments. That means shoring up euro-zone sovereign debt. Spain and Italy owe €2.5 trillion. What if the markets suddenly took fright over Belgium or France? Some have argued for a system of Eurobonds in which every country’s debt is backed by all. But the political oversight to ensure that high-spending countries do not fritter away other people’s money would take years to sort out—and one thing the euro zone does not have is time. The answer is to turn to the only institution that can credibly counter a collective loss of confidence on such a scale.



The ECB must declare that it stands behind all solvent countries’ sovereign debts and that it is ready to use unlimited resources to ward off market panic. That is consistent with the ECB’s goal to ensure price and financial stability for the euro zone as a whole. So long as governments are solvent and the bank sells the bonds back to the market after the crisis, this does not amount to monetising government debt. In today’s recessionary world, the ECB could buy several trillion euros-worth of bonds without unleashing inflation.

(...)


It would be a nonsense if the ECB’s dogged defence of monetary rigour led, say, to an Italian default and a global depression.



A bad deal, or a much worse one?

(...)

 

The issue now is not whether the euro was mis-sold or whether it was a terrible idea in the first place; it is whether it is worth saving. Would it be cheaper to break it up now? And are the longer-term political costs of redesigning Europe to save the euro too great?



(...)

If Greece stormed out, and damn the law, as it might yet have to do, it would suffer a run on its banks, as depositors withdrew euros before they were forcibly converted into devalued new drachma. It would have to impose capital controls. Greek companies with international bills would risk bankruptcy, as they would suddenly be without the cash to cover them; and the pressure on other wobbly countries would increase. That is why we favour restructuring Greece, but letting it stay in the euro.



If, on the other hand, a strong country like Germany walked out of the euro, probably taking other strong countries with it, the result would be just as terrible. (...) Amid the debris of broken treaties, wild currency swings and better recriminations, Europe’s single market could collapse and the EU itself—the rock of the continent’s post-war stability—could start to crumble.



Attaching hard numbers to any of this is difficult. (...) the immediate bill for a break-up of the single currency would surely be in the trillions of euros. By contrast, a successful rescue would seem a bargain. Add together the money already spent on rescues, to what is needed to recapitalise European banks and any potential losses to the ECB, and the total will still only be in the hundreds of billions of euros. If the ECB’s intervention is bold and credible it might not even have to buy that much debt, because investors would step in. In short, the euro zone would be reckless to flirt with collapse when an affordable rescue is possible.



German taxpayers might accept that the immediate costs of our rescue plan are smaller than break-up. But what they detest is the idea that it might let feckless Italians and Portuguese off the hook. Safe in the knowledge that the ECB stands behind their bonds, they may shy away from reform and rectitude.



Two risks flow from this. The immediate (and real) one is that furious Germans will demand that Greece is thrown out (or bullied out) of the euro to frighten the others. Such a horrific event would indeed scare Portugal and Ireland, but a threat to expel Italy or Spain is empty: they are too big and too tightly tied into the EU.


(...).



The longer-term risk has to do with “more Europe”. Fans of political integration say that the only way to enforce discipline is to create a United States of Europe (see Charlemagne). Perhaps a fiscal union that would supervise the issuance of common Eurobonds? Or a new supervisory role for euro-zone governments, or, heaven forbid, the useless European Parliament? Somewhere behind this also looms the idea that the ins will now be able to boss around the outs. The ten countries, including Sweden, Poland and Britain, that kept their own currencies may face a choice: to join the euro or be excluded from a new “core Europe”, which in effect starts setting policies. And, this being Europe, there is every chance that the politicians will try to avoid discussing a lot of this with their electorates.



Explore our interactive guide to Europe's troubled economies. The Economist concedes that our rescue plan begins with a democratic deficit that needs to be fixed if steps towards closer fiscal union are to work. But there must be ways for good governments to force bad ones to keep in line that do not require the building of a huge new federal superstate. The Dutch have suggested a commissioner in Brussels with power to veto countries’ fiscal excesses, and to impose his judgments by law.


(...)

 
The outs, in particular, may still be nervous about all this. So frankly is this newspaper. But the alternative may be the collapse of not just the single currency but the single market and the whole European project. The euro has reached the point where nobody is going to get what they want—something that needs to be spelled out to the Germans more than anybody. Over the past 18 months they have grudgingly supported half-rescue after half-rescue—and the bill has gone up. In the end confidence and credibility are all. For the ECB to stand behind less prudent countries may be unwelcome to Germans; but letting the euro fall to bits is much, much worse. Spell that out clearly to your voters, Mrs Merkel.






 
 

9/01/2011

LOREAU, Dominique, A Arte da Simplicidade. Lisboa: Bizâncio, 2008 (ca. 255 pp. e 14 euros)


"Viver com pouco pode ser um ideal, mas é preciso mergulhar num certo estado de espírito para o conseguir: preferir o vazio à opulência, o silêncio à cacofonia, os elementos clássicos e duráveis a tudo o que está na moda." (p. 33)


"Não debite máximas, mas mostre os efeitos daquelas que aplicou. Não diga aos outros como devem comer mas coma como deve ser. Não se envaideça com o que faz." (209)


"É importante, na primeira parte da nossa vida, saborear todos os prazeres, possuir o que desejamos, experimentar. Podemos entãocompreender que renunciar é um prazer e que a calma não depende de outra coisa que não sejam todos os pequenos prazeres do quotidiano" (p. 241)


"Pergunte-se sempre se o que faz vale a pena, e se renunciar a isso, o que resultará daí." (p. 237)

8/19/2011

Para Ana: Ausências com espíritos...
(por Gonçalo Luís Barra, Julho de 2011 )




Meu Amor, se eu te tivesse ouvido hoje, que bem me saberia este sono que me impele, mas não escutei a tua brisa fresca, a tua voz de mel..., envio-te um beijo apenas, um pássaro de desejo, que pouse à tua beira esta noite e te segrede, que mais do que te querer, te sofro em mim, cada momento que não te abraço, cada momento sem fim...




//




Se de manhã abrisse a janela e te visse ao meu lado, era porque o Sol tinha vindo morar comigo, se eu te pudesse acompanhar, nesse ardente instante, olhar para ti e perder o equilíbrio no estar brilhante, dir-te-ia a arder e todo eu suor, que tu na minha vida és tudo, tudo o que vivi que foi melhor, por isso se adorar-te é perder-me, desaparecerei de encontro a ti, brilhante luz, calor perene...




//




Esta noite se sonhares comigo lembra-te
De me dares a mão e subirmos a avenida
De deixares o sorriso iluminar-me a vida
De me levares ao jardim à flor escondida




//




Hoje fiz tremer a terra com a minha mão
Semeei uma tempestade no meu ventre
Desci mar numa onda de espuma quente
Num lampejo de céu e estertor de trovão




//




A noite vem hoje, mais breve que ontem, e o estio deixa a secura das acácias verter a sua goma, e nessas cápsulas de sol, ficam pérolas douradas do que fomos, fragmentos de vida, fixados na tela onde a pintamos, o que seremos, depois do Verão, depende do que se lembrar a nossa mão, da alquimia posta na têmpera com que revelarmos os dias, sonhemos, pois, com formas fortes, e cores reais, para nos pintarmos aos dois.




//




O dia apareceu menos que perfeito, um lobisomem que acordou ainda com malhas de pelo de lobo no peito, com pedaços de noite e amanhecer a pender do azul, mas tu amanheceste em mim límpida e corrente, e banhaste fresca a minha face, abri os olhos em ti e vi, no teu espelho de água, apenas o céu, e a infinita vida que te enfeita, meu amor, meu mar do Sul




//




Hoje para mim o dia nem começou, vivi à luz da noite toda a manhã, não dormi..., e nem sequer já vivo estou sem te ouvir, sinto a tornar-me num boneco de cortiça, indiferente à temperatura do ar, ao bater do dia-a-dia, e detenho-me como um relógio exausto, sem o fôlego dos teus dedos que o anime, num torpor desidratado de pinha caída à beira da vida.




//




Se hoje à noite viste cair uma estrela, devia ser a minha alma derrubada pelo frio celeste. No festival das ilusões cadentes, o gelo pega-se-me à boca, aos olhos, fere-me o nariz e já nem sei bem respirar, arrasto apenas o ar que tenho nos pulmões, e vou a pique, enrolado, aos trambolhões, sem a tua mão que me ampare, sem o teu olhar que no meu fique.




//




Hoje não teve manhã, e não terá noite, todo foi entardecer, numa gruta ensombrada de livores e palidez, cortada de espasmos invisíveis no espelho que o meu olhar já não suporta, e a mão já morta não segura, apenas pende dela escrita a profecia, de que o amor é morte, e a morte é cura, já que a vida, sem te ter, é bem mais dura.




//




Vieste pétala de rosa, colar-te com o vento à minha boca, e como te sinto perto e olorosa, pétala de vida e sangue, vem depressa que já estou exangue, flor inteira, cobrir-me o corpo num abraço, e faz-me, leve como pena, e voa, leve como pássaro.




//




O teu olhar feito de contas de vidro e avelãs, passou a fina nesga entre nós, e acastanhados ficaram dois mais dois acasalados, quatro olhos abraçados, como beijos, perguntas respondidas com memórias e desejos, de vidas separadas ver meãs, as mãos os gestos, as palavras, numa esperança dois olhares, a sonhar acordados.



//




Quando amanhecer e te apressares, sorri, e nem por um momento penses no trabalho, pensa nas folhas ternas salpicadas de orvalho, lembranças daqui a pouco amanhecidas, ali, nas ramagens onde juntos fomos vidas, e pegadas somos, pela areia e pelos ares.




//




Esta noite é a do gato, caçarei nos sete sonhos, sete noites sem te ver, sete setas que me matam, manhãs tantas que me acordam, sete vidas sem viver, garras que me penduram, à tortura de não ter o teu pecado por dia, sete beijos feitos notas que não toco, sete luas de magia que naufragam neste dia.





8/17/2011

CASSIDER, Ernst. Ensaios Sobre o Homem. Lisboa: Guimarães Editores, 1995 (ca. 190 pp. e 3 euros)

"esforçar-se a trabalhar por causa do divertimento parece estúpido e nitidamente infantil"
Aristóteles, (cit. pág. 139)

"É o começo de toda a poesia - disse Frederich Schlegel - abolir a lei e método da razão que procede racionalmente e mergulhar-nos uma vez mais na arrebatadora confusão da fantasia, o caos original da natureza humana" (p. 32)


"Pois, o artista dissolve o duro material das coisas no cadinho da sua imaginação e o resultado deste processo é a descoberta de um novo mundo de formas poéticas, musicais ou plásticas. É certo que um grande número de obras de arte ostensivas estão muito longe de satisfazer esta exigência. Compete ao juízo estético ou ao gosto artístico distinguir entre uma obra de arte genuína e os produtos espúrios que são na verdade brinquedos ou quando muito a "resposta à exigência de entretenimento"

(...)

Alguns estetas modernos acharam necessário distinguir nitidamente entre dois tipos de beleza. Um, a beleza da «grande arte», o outro, o que é descrito como a beleza «fácil». Porém, falando com rigor,  a beleza duma obra de arte nunca é «fácil». O prazer da arte não se origina num processo de abrandamento ou relaxamento mas numa intensificação de todas as nossas energias. A diversão que encontramos num jogo é o oposto da atitude que é pré-requisito necessário para a contemplaçao estética e o juízo estético" (p. 143)

8/14/2011

 "A ÚLTIMA..."
Santana Lopes provedor da Misericórdia.
Ah! Ah!

8/12/2011

MAXWELL, Kenneth, O Marquês de Pombal. Lisboa: Ed. Presença. 2001 (ca. 246 pp e 22.66 euros)

Estes [os jesuítas - N. de kriu]  encontraram um adversário à altura na pessoa de um primeiro ministro poderoso e implacável que não tolerava dissenções, para quem a razão de Estado era a política suprema e que não fugia à luta quando era desafiado” (p.109)


“ Com efeito, Pombal tinha agora de enfrentar o problema da balança de pagamentos provocado pela quebra de produção de ouro do Brasil

(...)

No entanto estas novas condições económicas produziram um clima favorável ao crescimento da indústria manufactureira. As investigações de Borges de Macedo demonstraram que (...) 80% [ das manufactureiras – Nota de Kriu] foram autorizadas depois de 1770 [Borges de Macedo. A Situação Económica, p. 225]

(...)

Ao contrário do que sucedeu ao Conde da Ericeira no final do século XVII, que descobriu que a competitividade das suas novas manufactureiras era arraada pela facilidade com que os consumidores portugueses compravam artigos importados devido á abundância de ouro vindo do Brasil, Pombal conseguiu que as suas manufacturas fossem competitivas devido à quebra dramática da capacidade importadora de Portugal. (p.165)




8/04/2011

ANTUNES, Carlos Maria, Atravessar a própria solidão. Chamamento à Vida Espiritual. Lisboa: Paulistas Editora, 2011 (Ca. 79 pp. e 6 euros)



"A escuta, ato infinitamente mais totalizante e profundo do que um simples ouvir, situa-se ao nível do coração, é portanto um genuíno movimento de amor. O mundo em que vivemos e o nosso próprio «mundo»  interior (...) falam múltiplas línguas e evidenciam desarmonias. Importa viver esta fragilidade, ainda que assuma a forma de impotência e,  diria mesmo, há que aprofundá-la como possibilidade de desconstrução de falsos conceitos e dogmas, a partir dos quais nos habituamos a viver e nos quais, acriticamente, nos apoiamos. A escuta, em última análise, pode levar-nos a uma experiência de vazio de Deus - experiência ao mesmo tempo dolorosa e decisiva para um aprofundamento da fé onde haja lugar paa a compreensão da descrença. 
A escuta é por sua própria natureza, anti-idolátrica, recusando assim todas as formas  de dogmatismo e de fundamentalismo." (p. 40)




"Habituar-se a si mesmo estimula o contacto com o que nos é próprio - vivemos frequentemente separados de nós mesmos - habituar-se a si próprio  facilita o familiarizar-se com os próprios pensamentos, sentimentos, emoções, reações... - estamos tão pouco conscientes do que se passa dentro de nós - habituar-se a si mesmo prefere o caminho para o próprio conhecimento, a partir do qual vamos aprendendo a nomear o que vai sucedendo na nossa mente e nosso coração - que longe estamos de ver o falso como falso e o verdadeiro como verdadeiro. Esta solidão - habituar-se a si mesmo - é um magnífico lugar para nos convertermos em caçadores especialistas das idas e vindas do nosso comportamento, que tantas vezes é compulsivo, automático e   irreflexivo; é também uma oportunidade de ouro para deixar de fazer depender a nossa vida do que nos rodeia e  decidir-nos a tomar a vida nas próprias mãos, responsabilizando-nos por ela» (1) (p. 21)
(1) Carlos Gutierrez Cuartango, «Como evangelizar hoy desde la vida monástica» in Nova et Vetera ano XXXIII, nº 68  Julho - Dezenbro 2009, 357-358.



"Abertura diante do que não era esperado (...) Abertura ao abandono, como confiança. Não se erguer como protagonista do processo. Atenção a tudo o que se está a viver. Atenção ao que parece contraditório (...) o apelo é claro: tens de caminhar para dentro de ti mesmo. Poderás sentir medo, vergonha, culpa. Simplesmente caminhar, aberto e atento, ainda que na obscuridade" (p. 53)


 
"A solidão aceite leva-nos necessariamente a experimentar a nossa imensa vulnerabilidade. Somos homens e mulheres habitados por muitos medos, inseguranças, pela culpa. Recusamos tantas vezes, inconscientemente, confrontarmo-nos com todo este mundo que reflecte bem a nossa história. Recusamo-nos, ainda que muito do nosso sofrimento tenha origem precisamente aqui. Dizia Carl Gustav Jung «o pior inimigo está dentro de nós próprios»




COSTA, Beatriz, Sem Papas na Língua Memórias. Lisboa: Publicações Europa-América, 1975

(ca. 290 pp e 140.00 Esc.)


“A minha alimentação eram os restos de comida que a patroa deixava juntar para mim, dizendo com muito «espírito»: «Em vez de deitar no lixo, leve isto prá gatinha!» Vinha tudo numa lata, que trouxera de Inglaterra os melhores caramelos do munco! Uma criança loura, rosada e feliz sorria para mim durante essas refeições com restos «de ontem e de hoje»! Esse anjo gravado naquela lata, até hoje está na minha retina, como uma das coisas mais lindas que acompanharam os meus primeros anos. Quando a latinha chegava, era ver os saltos de gafanhoto, que passara o dia com um bocadinho de pão. Vinha tudo misturado. Ossos com pedacinhos de carne. Restos de peixe frito já dentado. Pão mordido, arroz misturado com restos de fruta, etc.!... Como ligava bem a carne com peixe frito! Até hoje sou louca por essa combinação. Bife com pescada frita é delicioso! Comi muita porcaria mas nunca passei fome.” (p. 15)





“Aquela parente próxima, que vivia sob o mesmo tecto ,era uma autêntica figura de magia negra. Quando eu tinha nove anos levou-me àquele velhinho do armazém de fazendas na Rua Serpa Pinto em Tomar. (...) Fui levada de aperitivo a todos os senhores que me acariciavam mas não passavam disso, porque o medo é que guarda a vinha... Eu tinha verdeiro medo dessas saídas. Em Lisboa, com doze anos, continuei a servir de isca mas por pouco tempo. A entrada para o teatro pôs fim ao «divertimento» que me marcou para sempre.” (p. 23)





“A Praça da Figueira era um mundo pitoresco no centro de Lisboa. Hoje é um largo desbotado e árido. Enquanto as grandes capitais procuram conservar o melhor, nós estamos a demolir para transformar Lisboa numa cidade pirosa (...) Pobre cidade sem árvores, sem graça, sem conforto” (p. 117)





“Salazar que nunca se dignou sair da concha para prestigiar que espectáculo fosse, tinha «ouvido dizer» que eu era uma artista popular (...) e queria falar comigo. Eu não esquecia (...) as vezes em que chorei no camarim, quando recebia ordem do «cabrão da 1ª fila» para não repetir na 2ª sessão a brincadeira que tinha improvisado na 1ª...

(...)

Vivíamos um época em que falar era perigoso, por isso se «cochichava»

(...)

Na sala de espera também aguardava «vez» o Dr. Julio Dantas que era prato forte no anedotório das mesas d’ A Brasileira, depois do «Manifesto Anti-Dantas» do Almada Negreiros.

(...)

É difícil descrever o que foram esses 45 minutos de conversa com o homem que durante quase meio século pôs este país de óculos escuros, à luz da candeia. Falou-me da peça que eu tinha feito no Avenida, O Santo António. Pediu-me que lhe recitasse alguns trechos (...)



Santo António de Lisboa

Onde há tanta coisa boa

E que tanta «Bonba Dão»

Um milagre que se veja

Vou pedir-te, ó milagreiro,

Que não estendas a bandeja

Pois não temos mais dinheiro

Não és santo!!! És usurário”

Tudo cobras, tudo apontas

Nunca largas o rosário

Só... porque é feito de contas!



Perguntou-me quem era o autor. «Silva Tavares». «Tem espírito»... «E mais teria, Sr. Presidente do Conselho, se não fora a porca da censura que nos faz a vida negra.» Fingiu náo ter ouvido e mudou as agulhas.

(...)

Nunca mais o vi, mas continuei a sentir-lhe os efeitos... (pp. 140-2)





“Quando o tubo do meu oxigénio entupir, de uma coisa podem estar certos: fui de braço cansado de tanto manguito que tenho feito” (p. 151)

“O ilustre sábio Dr.Egas Moniz gostava de mim. Eu simpatzava com ele. Disse-me um dia o célebre Prémio Nobel de Medicina «A menina em um bom crâneo!...» Quem melhor do que ele o poderia afirmar? (p. 152)





“A quatro dias de viagem já me pedia que não o deixasse só e quando o nosso navio atracou no Rio já o pedido estava feito. Eu teria sido a sua terceira mulher. Foi o maior disparate da minha vida ter recusado aquela mão gorda, que era a do maior violoncelista do mundo: Pablo Casals” (p. 157)



“Orson Wells (...) Em Sevilha, Madrid, Roma e Paris quando me vê, dá um grito « Tiro-Liro- Liro! Tiro-Liro-Liro!» Era fã do meu número.


Lá em cima vem o Tiro-Liro-Liro,

Lá em baixo vem o Tiro-Liro-Ló! (p. 162)



 
“Querem remodelar o centro da vila! [ Cascais, N. de kriu] Se eles fossem remodelar o centro de uma coisa que eu cá sei..." (p. 207)



“Che Guevara e Gagarin (...) Recordo-os cada qual no seu género. Eram dois homens jovens. Che tinha os olhos muito parecidos com os de meu pai. (...) Gagarin era como um menino alegre” (p.228)



“O prémio à corista foi instituído por mim na melhor das intenções. Foi atribuído apenas duas vezes e ficou por isso mesmo (...) A Casa da Imprensa não se interessou pelo prémio, o Parque Mayer, como se tratava de uma corista, sorria...” (pp. 260,1)



“Procurei conhecer a vida e fazer dela não o que ela merece, mas o que eu quero que ela faça por mim!” (p. 262)



“O que seria um Vasco Santana sem aquele «cabrão da censura» na 1ª fila?” (p. 263)































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