8/17/2011

CASSIDER, Ernst. Ensaios Sobre o Homem. Lisboa: Guimarães Editores, 1995 (ca. 190 pp. e 3 euros)

"esforçar-se a trabalhar por causa do divertimento parece estúpido e nitidamente infantil"
Aristóteles, (cit. pág. 139)

"É o começo de toda a poesia - disse Frederich Schlegel - abolir a lei e método da razão que procede racionalmente e mergulhar-nos uma vez mais na arrebatadora confusão da fantasia, o caos original da natureza humana" (p. 32)


"Pois, o artista dissolve o duro material das coisas no cadinho da sua imaginação e o resultado deste processo é a descoberta de um novo mundo de formas poéticas, musicais ou plásticas. É certo que um grande número de obras de arte ostensivas estão muito longe de satisfazer esta exigência. Compete ao juízo estético ou ao gosto artístico distinguir entre uma obra de arte genuína e os produtos espúrios que são na verdade brinquedos ou quando muito a "resposta à exigência de entretenimento"

(...)

Alguns estetas modernos acharam necessário distinguir nitidamente entre dois tipos de beleza. Um, a beleza da «grande arte», o outro, o que é descrito como a beleza «fácil». Porém, falando com rigor,  a beleza duma obra de arte nunca é «fácil». O prazer da arte não se origina num processo de abrandamento ou relaxamento mas numa intensificação de todas as nossas energias. A diversão que encontramos num jogo é o oposto da atitude que é pré-requisito necessário para a contemplaçao estética e o juízo estético" (p. 143)

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