A questão que levanta a frase "o capitalismo é o estado natural do homem" é a de saber se devemos aceitar o dado tal qual, isto é, se o humano é um dado ou um ponto de chegada.
Caso seja um dado, devemos então preservá-lo o melhor possível e não lhe alterar as características. Caso o dado seja apenas algo a ter em conta para uma possível educação - nos animais chamar-se-à amestração - então esse mesmo dado é apenas um entre tantos. Assim o humano está feito quando nasce - e desenvolverá naturalmente o capitalismo - ou deveremos intervir para que ultrapasse a natureza e se crie outro?
A experiência diz-nos que somos o produto de uma educação e que a ideia de um humano “natural” é um lirismo. Portanto, resta-nos a formação.
A experiência diz-nos que somos o produto de uma educação e que a ideia de um humano “natural” é um lirismo. Portanto, resta-nos a formação.
Formar homens e mulheres capitalistas, isto é, que ponham a frente de tudo o mais o apelo pelo lucro? O objectivo é absurdo, pois a meta da educação deverá ser a reintegração do humano na natureza, apesar do obstáculo da cultura.
Na prática reintegrar na natureza significa preservá-la, lá onde não seja indispensável destruí-la, isto é, agir à semelhança do mundo natural: por imperiosa necessidade. Esta obrigar-nos-á, porque o sol se extingue, a abandonar o planeta.
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