4/22/2008

Rua Augusta 1


Já no metro, sim senhor, é-se na rua, deixou-se a cama e talvez se volte – para quê certezas? Só empecilham! – se a noite cair ou os que me acompanham na ida, forem também na volta: vida de conjunto.
Ontem – ou antes ainda – o telé roubado do bolso pois gripes, chatos e carteiristas fazem parte da massa e a cada um seu quinhão: amanhã eu, depois tu e, por fim, tanto faz, se não roubo também não restituo. Ah, se matar fosse legal ou mesmo premiado.
No barco – passou-se do combóio para a barcaça prisioneira do Tejo – o Sol chapinha no convés e, por momentos, a luz do dia, ainda púbere, promete êxtases. Mas logo a viagem acaba – tantos que nem florescem - e outros galgam para a barca, desejosos do mesmo cais donde há pouco partiram.
Insatisfação nas caras, deformadas na pressa, no desencontro entre fazer agora e pensar num antes ou depois. Correr. Corrida. Contra o próprio de cada um, suicídio eficaz que florescerá na sargeta ou na reforma. Ou em ambas simultâneamente
.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Arquivo do blogue