9/25/2008

TESTEMUNHOS 10


CHOMSKY, Noam, Assalto ao Médio Oriente, Lisboa, Ed. Antígona, 2003. (Ca. 192 pp. e ca. 7,5 euros)

“O 11 de Setembro teve efeito por todo o mundo, o mesmo efeito em toda a parte, perfeitamente previsível. O efeito foi o de os elementos brutais e repressivos espalhados por todo o mundo verem nos acontecimentos uma oportunidade única. Podem dar largas aos seus planos sem se sujeitarem a impedimentos, enquanto a população está assustada, obediente, silenciada, por um apelo unilateral ao patriotismo, que equivale a dizer-lhes que se cale enquanto eu aplico os meus planos de maneira ainda mais agressiva e mais implacável do que dantes” (p.147)

“uma forma de minar completamente a democracia é entregar tudo ao poder privado. O poder privado não presta contas a ninguém. Excepto através de uma ordem do Congresso, não se pode saber o que está a acontecer dentro de uma das tiranias privadas, como a General Electric ou a Enron (…) São tiranias e estão em grande parte ao abrigo de qualquer prestação de contas. Portanto, se os do poder puderem transferir a arena pública para as suas mãos, poderão fazer eleições formais sem qualquer preocupação.” (p.112)

[o jornal egípcio semi-oficial al-Abram referia-se - N. de Kriu] “ao eixo do mal composto pelos Estados Unidos, a Turquia e Israel. É um eixo real (aplausos). Quanto mais não seja existe uma aliança estreita, e não é secreta, é aberta, é sólida. É constituída pelos três: os Estados Unidos, obviamente senhores do mundo, Israel e a Turquia, as duas maiores potências militares na região, ambas mais ou menos bases militares dos Estados Unidos. (…) Era o que a administração Nixon chamava os “polícias locais de mão dura”.
(p.154)

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