4/28/2008

FILOSOFIA 2

NIETZSCHE, Friedrick, Obras Escolhidas, volume dois, Humano, Demasiado Humano, Relógio d’ Água, data a ver

"Deveria considerar-se um escritor como um malfeitor que, so nos casos mais raros, merece absolvição ou indulto: seria uma maneira de combater a multiplicação excessiva de livros" (p. 180)

"Os bobos das cortes medievais correspondem aos nossos folhetinistas; é o mesmo género de homens, semi-inteligentes, chocarreiros, exagerados, tolos que só servem para, uma vez por outra, mitigarem o patético do ambiente por meio de piadas e de palreio e ensurdecerem com a gritaria o som demasiado pesado e solene dos sinos que acompanham os grandes acontecimentos: outrora, ao serviço dos príncipes e dos nobres, agora a serviço dos partidos (tal como no espírito de partido e na disciplina de partido ainda hoje sobrevive uma boa parte da antiga sujeição nas relações do povo com o príncipe.) Mas toda a moderna casta de literatos, estão muito mais próximos dos folhetinistas; são os “bobos da cultura moderna” que a gente julga mais benevolentemente, se os tomar como não estando no pleno gozo das suas faculdades mentais. Considerar a actividade de escritor como profissão permanente deveria em boa verdade, passar por uma espécie de loucura." (p. 181)


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