2/28/2008

FÍSICA 4

REEVES, Hubert, Ciência dos Átomos e das Galáxias, Lisboa, Gradiva, 2008
“No imenso calor do Big-Bang, as reacções de criação e aniquilação de pares, parecidas com as que criamos em laboratório, eram omnipresentes e inumeráveis. Consequentemente nos primeiros tempos do universo, as populações de partículas de matéria e de anti-matéria deviam ser estritamente iguais. Contudo, ao longo do arrefecimento, durante os primeiros micro-segundos do cosmos, produziram-se fenómenos chamados de “transição de fase”. (…) Estas transições de fase deram origem a um pouco mais de matéria. (…) Então a matéria, arrefecida pela expansão, deixou de estar suficientemente quente (já não tinha suficiente energia) para engendrar novas criações de pares. (…) Pelo contrário, as aniquilações de pares, que não exigem energia, mas ao contrário libertam bastante, continuavam a produzir-se. Assim, em seguida, cada partícula de anti-matéria pôde encontrar um parceiro de matéria e aniquilar-se com ele. A anti-matéria desaparece do universo neste período. (…) Mas, e reside aqui o ponto crucial, o minúsculo excesso de matéria produzido anteriormente não pôde encontrar parceiro para se aniquilar (…) E foi deste pequeno excesso que o nosso universo se formou. (Págs 148,9)

“Um quark é uma partícula que não suporta a solidão. Deve estar sempe rodeada de outros quarks. Quanto mais se tenta afastá-lo dos seus vizinhos, mais aumenta a força que os atrai, é impossível isolá-los” (pág. 157)

“A presença de um buraco negro colossal no centro de uma glaxia parece ser um fenómeno universal. As duas estruturas terão aparecido simultaneamente, sem que saibamos precisamente como isso se passou. Supomos que uma parte da matéria da galáxia em formação não se põe em órbita circular, mas recai ao centro, formando assim o buraco negro. Este colapso provoca a emissão de potente radiação energética (o quasar) descrito precedentemente. Mas quando a galáxia completa a sua formação, o fluxo de matéria que se dirige para o buraco negro diminui progressivamente (…) Se não houver outros acontecimentos a estimulá-lo ocasionalmente, apagar-se-à” (págs. 91,2)

“Simplificando eis o que diz a teoria da relatividade geral: a massa dos objectos modifica a geometria do espaço em volta deles. Esta deformação manifesta-se sob a forma de uma curvatura local do espaço. Esta curvatura influencia os movimentos dos corpos neste espaço. Um exemplo: a curvatura do espaço provocada pela massa da Terra constrange a Lua (e todas os satélites artificiais) a girarem em volta do nosso planeta em vez de escaparem em direcção aos espaços” longínquos. Esta curvatura é a corrente que os retém presos. Na realidade, pode-se exprimir a situação da seguinte amneira: a Lua desloca-se sobre carris imateriais, curvados pelo campo de gravidade terrestre, que a trazem sem fim sobre a mesma órbita. (…) A analise da radiação de fundo mostrou que, à escala do universo observável, o espaço cósmico não tem curvatura. (Pág. 127)

Einstein: Não me diga que a Lua não existe quando não estou a olhar para ela!
Bohr: Como quer que saiba? (citado pág. 134)

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