2/16/2013


"Multa por não pedir factura? 'Terei de lhe pedir para ir tomar no cu"  (Francisco José Viegas, ex-secretário de Estado da Cultura)



A questão de "tomar no cu" não me interessa pessoalmente mas sei que tal ato faz parte do quotidiano de um setor considerável da população, que é parte integrante da sua sexualidade e, portanto, devo respeitar esse gesto que em nada é inconstitucional e está mesmo pressuposto na legislação portuguesa a qual sanciona o casamento homosexual masculino. Sendo assim, não compreendo como uma pessoa, que foi responsável por uma importante pasta ministerial ligada à cultura, pode utilizar a expressão “tomar no cu” pretendendo com tal proferir algo insultuoso.  Pois que das duas uma: ou "tomar no cu"  é um insulto e a legislação portuguesa, ao dar cobertura a tal ato, é ela mesma insultuosa, ou quem utiliza uma  tal expressão, como insulto, ofende a percentagem da população que, com todo o seu direito, "toma no cu". 
Em que ficamos? 
No primeiro caso convém atentar na legislação e, no segundo, exigir a quem, com responsabilidades públicas, proferiu tal forma, que dela se retrate, pois que terá proferido uma expressão homófoba, proibida por lei. 

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