"Multa por não pedir
factura? 'Terei de lhe pedir para ir tomar no cu" (Francisco José Viegas,
ex-secretário de Estado da Cultura)
A questão de "tomar no cu" não me interessa pessoalmente mas sei que tal
ato faz parte do quotidiano de um setor considerável da população, que é parte
integrante da sua sexualidade e, portanto, devo respeitar esse gesto que em nada
é inconstitucional e está mesmo pressuposto na legislação portuguesa a qual sanciona o casamento homosexual masculino. Sendo assim, não compreendo como uma
pessoa, que foi responsável por uma importante pasta ministerial ligada à cultura,
pode utilizar a expressão “tomar no cu” pretendendo com tal proferir algo
insultuoso. Pois que das duas uma: ou "tomar no cu" é um insulto e a legislação portuguesa, ao dar cobertura a tal ato,
é ela mesma insultuosa, ou quem utiliza uma tal expressão, como insulto, ofende a
percentagem da população que, com todo o seu direito, "toma no cu".
Em que
ficamos?
No primeiro caso convém atentar na legislação e, no segundo, exigir a
quem, com responsabilidades públicas, proferiu tal forma, que dela se retrate,
pois que terá proferido uma expressão homófoba, proibida por lei.
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