MATOS, Armanda e Outros, AAVV, A Maldade Humana: Fatalidade ou Educação? Coimbra. Ed. Almedina, 2008
(Ca. 358 pp. e 19 euros)
Stephen Reider
“Ao longo dos anos 50, uma série de estudos marcantes tinham demonstrado o poder dos grupos para transformar o comportamento – tipicamente para pior. “ (p.35,6)
“a identificação do outro como ser humano é o mais poderoso factor de inibição da violência. Os estudos antropológicos têm demonstrado a força agregativa do sorriso em todas as culturas e o efeito apaziguador de alguns gestos de submissão daquele que sente que pode ser alvo de ataque (…) Como afirma Emmanuel Levinas a relação com o “rosto” (visage) é em primeiro lugar ética (…) O imperativo de dar prioridade ao outro não é uma decisão mas um mandamento”(p.69,70)
“pensar sobre o mal é hoje uma exigência e uma manifestação de responsabilidade social e intelectual. Como evidencia Susan Neiman [NEIMAN, Susan, O Mal no Pensamento Moderno, Uma história alternativa da filosofia, Lisboa, Gradiva, 2005.]: «abandonar a tentativa de compreender o mal é abandonar qualquer base para o confrontar, em pensamento e na prática» p.78]
David Farrington:
Devido à relação entre o crime e muitos outros problemas sociais (…) A prevenção precoce que reduz o crime também reduzirá, provavelmente, o consumo de alcoól, a condução sob efeito de álcool, o consumo de droga, a promiscuidade sexual, a violência familiar e talvez mesmo o insucesso escolar, o desemprego e a desarmonia conjugal.
Foi claro a partir do estudo de Cambridge [Donald West e Outros, “Estudo de Desenvolvimento de Delinquência de Cambridge”] que os transgressores mais persistentes começam cedo (…) tendem a dar origem à próxima geração de crianças delinquentes. É pois, importante, fazer com que as crianças em risco sejam alvo de programas de prevenção na infância” (p.242)
Sem comentários:
Enviar um comentário