2/26/2009

CONFERÊNCIA 2


STEINER, George (coord.) A Ciência Terá Limites? Lisboa, Gradiva, 2008 (Ca. 282 pp e 15 euros)

Peter Woit:

“A organização actual da investigação em física põe os melhores jovens na posição de precisarem repetidamente de provaram as suas capacidades, de produzirem resultados em escalas temporais de um ou dois anos no máximo, se quiserem continuar empregados. Em níveis mais elevados de carreira, mesmo pertencendo aos quadros, a pressão das candidaturas a bolsas continua a desencorajar muitos de fazerem o tipo de compromisso com uma investigação impopular e especulativa que poderá ser precisa para progredir” (p. 79)

Wolf Singer:

“Se os processos neuronais são a base e a causa de todos os fenómenos mentais, e se os processos cerebrais seguem as leis da natureza, então o principio de causalidade tem de ser válido para as interacções neuronais. Apesar de haver ruído e interferência, cada estado do cérebro é uma consequência necessária do estado anterior e as decisões não são mais do que estados cerebrais especiais. Esta noção tem implicações muito vastas na forma como nos compreendemos.” (p. 87)

“poderemos passar horas a mostrar exemplos que provam que o cérebro produz inferências de que não temos consciência, que reconstrói continuamente o mundo de acordo com conhecimentos a priori e que nós, enquanto sujeitos sensíveis, temos de assumir como certo o que o sistema acaba por nos oferecer como experiência consciente.” (p.92)

 

 

 

 

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