6/29/2008

PSI 2

TALEB, Nassim Nicholas, O Cisne Negro, Lisboa, Pub. Dom Quixote, 2008
“Ser genuinamente empírico é reflectir a realidade o mais fielmente possível; ser honrado implica não recear o aspecto e as consequências de se ser diferente” (p.59)

“A nossa propensão para impor significado e conceitos bloqueia a nossa noção dos pormenores que formam o conceito. (…) As nossas mentes são como reclusas, prisioneiras da nossa biologia, a menos que consigamos encontrar uma escapatória engenhosa” (pp. 108,9)

“A maneira de evitar os malefícios da falácia narrativa é dando mais primazia às experimentações em detrimento da narração de histórias (…) e do conhecimento clínico em detrimento das teorias (p.128)

“Infelizmente não fomos construídos na actual versão da raça humana, para compreender matérias abstractas – precisamos de contexto. (…) Respeitamos o que aconteceu, ignorando o que poderia ter acontecido” (p.187)

“O problema é que as nossas ideias colam-se: depois de produzirmos uma teoria, não é provável que mudemos de ideias – logo, aqueles que adiam o desenvolvimento das suas teorias dão-se melhor. (…) Lembre-se que tratamos as ideias como bens e é difícil separarmo-nos delas” (p.199).

“Devido ao desenvolvimento do conhecimento científico, sobrestimamos a nossa capacidade de compreender as alterações subtis que fazem parte do mundo e o peso que é necessário atribuir a cada uma destas alterações. Hayek designou este fenómeno como «cientismo». [vd. “A Pretensão do Conhecimento” discurso de Hayek ao receber o Nóbel de Economia, em 1974 – nota de Kriu]

“Saiba como classificar as crenças não de acordo com a sua plausabilidade mas pelo mal que lhe podem causar. (…) Esteja preparado para todas as eventualidades relevantes” (p.267)

Do Glossário:
“Problema do fato vazio (ou problema do especialista): alguns profissionais não possuem competências que os diferenciem do resto da população mas, de algum modo, e contra todos os seus registos empíricos, são considerados especialistas: psicólogos, clínicos, economistas académicos, “especialistas” em risco, estatísticas, analistas, políticos “especialistas” em finanças, analistas militares, CEO, et ceatera. Estes profissionais ornamentam a sua “especialização” com uma linguagem rica em jargão, matemática e usam frequentemente fatos caros.
(…) Arrogância epistémica: medir a diferença entre o que alguém de facto sabe e o que pensa que sabe. Um epistemocrata é alguém possuidor de humildade epistémica, com uma grande desconfiança relativamente ao seu próprio conhecimento” (pp. 383,4)



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