3/27/2008

ALTERNATIVA 2

BORNSTEIN, David, Como Mudar o Mundo, Lisboa, Ed. Oficina do Livro, 2007.
“Os empreendedores sociais existiram desde sempre. São Francisco de Assis, fundador da Ordem de Assis, poderia ser considerado um empreendedor social, tendo criado várias organizações que geraram mudanças de padrão na sua área. A diferença nos dias de hoje é que o empreendimento social está a passar a constituir-se como uma vocação e uma área predominante (…) O crescimento do empreendedorismo social pode ser encarado como a vanguarda de um desenvolvimento notável e ocorreu por todo o mundo nas últimas três décadas: o surgimento de milhões de novas organizações de cidadania” (Pág. 30)

“Apesar de essas organizações estarem longe de ser recentes, esta mobilização dos cidadãos a nível mundial é nova em vários aspectos:
1. Está a ocorrer a escala nunca antes vista.
2. As organizações são globalmente mais diversas e díspares que no passado.
3. Cada vez mais encontramos organizações que passam das soluções de “tapa buracos” para abordagens sistémicas dos problemas – oferecendo melhores receitas e não apenas comida.
4. As organizações de cidadania estão menos ligadas à Igreja e ao Estado e, na verdade, exercem uma pressão considerável sobre os governos (como se viu com a Campanha Internacional Para a Proibição das Minas Terrestres e com a criação do Tribunal Penal Internacional.)
5. Estão a fazer parcerias com empresas, instituições académicas e governos – criando novos mercados e segmentos de actividade de impacto social híbrido, acumulando uma diversidade de experiências para a resolução de problemas e alterando a forma como os governos funcionam.
6. Devido às lutas por posições que normalmente ocorrem quando um sector que era restrito passa a ser de “entrada livre”, e novos jogadores entram em campo, o sector da cidadania está a aproveitar os efeitos benéficos do empreendedorismo, maior concorrência e colaboração e uma crescente preocupação com o desempenho.” (págs. 31/2)

“Aos cidadãos que procuram criar organizações não basta ter liberdade; é preciso dinheiro. Tem de haver um excedente de riqueza na economia para financiar o seu desempenho. (…) Actualmente existem muitas organizações de cidadania que estão a desenvolver mecanismos para gerar a sua própria riqueza, através de actividades lucrativas” (pág. 33)

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