DISSERTAÇÃO
LOUÇÃ, Francisco, A crise das élites contra a modernização democrática, in AAVV, Cidadania, Uma visão para Portugal, Instituto Humanismo e Desenvolvimento/Gradiva Publicações, Lisboa, ed. Gradiva, 2007
"Quanto à burguesia portuguesa, considerando ainda que os seus sectores mais dinâmicos estão envolvidos na distribuição ou no sector financeiro - ou ainda na construção mas aí dependendo fundamentalmente de importações de imigrantes - não tem tido nenhum interesse estratégico em alterar o padrão de especialização produtiva e, portanto, em sair do ciclo vicioso dessa subalternidade" [mão de obra com escassa formação].
"O investimento em educação e no sistema público de saúde é fundamental, porque se trata de qualificar a capacidade produtiva do país e de redistribuir a sua riqueza de forma justa, o que é a única alavanca possível para infra-estruturar uma política de convergência. Esse deve ser o centro de uma estratégia alternativa realista e útil. Mas exige a coragem e uma ruptura democrática com as élites dominantes"
Dados (de 2001) insertos na dissertação:
Tomando a produtividade dos EUA = 100, temos:
Portugal - 49%
Espanha - 73%
Média UE - 78%
Na população portuguesa entre 15 e 65 anos o quase analfabetismo ronda os 10.3%.
Só 7.9% da população tem capacidade de processamento e interpretação de informação multipla em textos complexos. (Pág. 104)
Segundo ainda o autor, a assinatura do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) terá sido um erro pela importância que veio atribuir ao défice.
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