Petição à Câmara Municipal do Porto
Desde a criação formal da Associação Animais de Rua, que hoje tem âmbito de acção nacional mas nasceu na cidade do Porto, temos tentando colaborar com a Câmara Municipal desta cidade, no sentido de implementar de forma conjunta um programa CED (Capturar-Esterilizar-Devolver) nas colónias de gatos da cidade, em alternativa à captura e abate destes animais, que é o método seguido actualmente pela Câmara Municipal.
Infelizmente, apesar de todos os nossos contactos, a Câmara Municipal do Porto (CMP) tem preferido ignorar os nossos argumentos, e continua a capturar e abater estes animais - o que, para além de cruel e desumano, é comprovadamente ineficaz como método de controle populacional de gatos de rua e, aliás, não tem tido qualquer resultado prático apesar de ser usado há mais de 30 anos. Não conseguimos sequer obter por parte da CMP o compromisso de não abate dos animais esterilizados e controlados pela associação.
Acresce que a CMP acaba de lançar uma campanha exortando os munícipes a deixar de alimentar os animais que vivem nas ruas, parecendo acreditar que, dessa forma, conseguirá atingir o referido objectivo de controle populacional. (segue na base deste email o texto do panfleto divulgado pela CMP)
Ora, como sabemos, tanto a captura e abate como as proibições de alimentar os animais são ineficazes pelos motivos que são explicados com detalhe aqui http://www.animaisderua.org/informacoes/alternativas_falhadas_ao_ced e que foram devidamente explicados à CMP.
Em suma, a remoção permanente dos animais irá despoletar um fenómeno designado por efeito de vácuo e que leva os gatos residentes nas colónias limítrofes a ocupar o espaço deixado vazio pela colónia anterior e reproduzir novamente até ao limite da capacidade do espaço, num ciclo vicioso que leva apenas à substituição de animais e não ao controle do seu número.
Pedir às pessoas que deixem de alimentar os animais também não resulta, porque está mais do que provado que as pessoas que se preocupam com os animais de rua e que sempre os protegeram são absolutamente incapazes de lhes negar alimento e assistir ao seu sofrimento - basicamente, vê-los morrer à fome.
Portanto, está na altura de a CMP rever a sua posição e, à semelhança do que acontece já em virtualmente todos os países desenvolvidos e acontece também já a nível nacional nas Câmaras Municipais de Sintra e Cascais e na Junta de Freguesia de Leça da Palmeira, com as quais a Animais de Rua estabeleceu protocolos de cooperação, a única forma de atacar este problema pela raiz, de forma ética e eficiente, será através do estabelecimento de campanhas de esterilização em massa.
Não se percebe como é que, sendo o Porto a cidade-berço da Animais de Rua, e uma das cidades onde a associação tem mais trabalho feito, a Câmara Municipal se mostra tão indiferente aos nossos esforços por desempenhar um trabalho que é um serviço público e que lhe competiria a si realizar.
Pedimos-lhe, por isso, que mostre a sua indignação junto da CMP e exija a revisão da política do município relativamente ao controle de colónias de gatos de rua. Acredite que a sua participação faz a diferença e só se conseguirmos uma adesão em massa por parte dos nossos apoiantes, conseguiremos ajudar os animais de rua da cidade do Porto! Por favor use todos os contactos da CMP (número de telefone, endereços de email e fax) para fazer chegar a sua opinião sobre este assunto.
É importante não nos limitarmos a demonstrar descontentamento mas apresentarmos uma solução alternativa concreta, que não envolve mais custos para a CMP e que traz resultados rápidos e comprováveis - a Animais de Rua apresenta a proposta do CED e apenas precisa que a CMP aceite a sua colaboração.
Contactos da CMP:
geral@cm-porto.pt, presidencia@cm-porto.pt
Tel. 222 097 000 Fax 222 097 100
Também podem ser deixados comentários no site da CMP, aqui:
http://www.cm-porto.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=cmp.stories/16690
Por favor envie o seu protesto em bcc para geral@animaisderua.org, para podermos registar o número de protestos enviados. Quantos mais meios de contacto usar, maiores serão as probabilidades de sermos ouvidos. Se puder, use também o fax ou telefone para além dos endereços de email.
Texto sugerido para munícipes do Porto:
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal do Porto
Dr. Rui Rio
Enquanto munícipe da cidade do Porto e apoiante da Associação Animais de Rua, venho rogar-lhe que altere a política da Câmara Municipal relativamente ao controle populacional de animais errantes.
Os métodos de captura e abate e as proibições de alimentação de animais de rua são obsoletos, desumanos e comprovadamente ineficazes enquanto métodos de controle de populações de animais de rua, pelos motivos que a Animais de Rua explica com detalhe aqui http://www.animaisderua.org/informacoes/alternativas_falhadas_ao_ced
A remoção permanente dos animais irá despoletar um fenómeno designado por efeito de vácuo e que leva os gatos residentes nas colónias limítrofes a ocupar o espaço deixado vazio pela colónia anterior e reproduzir novamente até ao limite da capacidade do espaço, num ciclo vicioso que leva apenas à substituição de animais e não ao controle do seu número.
Pedir às pessoas que deixem de alimentar os animais também não resulta, porque está mais do que provado que as pessoas que se preocupam com os animais de rua e que sempre os protegeram são absolutamente incapazes de lhes negar alimento e assistir ao seu sofrimento - basicamente, vê-los morrer à fome.
O único método de controle populacional de gatos de rua que resulta, e que é usado já em todos os países desenvolvidos, é o CED (Capturar-Esterilizar-Devolver), através do qual os animais são capturados, esterilizados, desparasitados e tratados caso apresentem alguma patologia e devolvidos novamente ao seu meio, formando uma colónia controlada, silenciosa, sem maus cheiros, alimentada em recipientes adequados e limpos de forma a não colocar em risco a saúde e salubridade públicas, e cujo número de elementos diminuirá dramaticamente ao longo do tempo.
Enquanto munícipe desta cidade, não desejo ver o valor dos meus impostos ser aplicado de forma ineficiente e em políticas que causem sofrimento aos animais.
Enquanto apoiante da Animais de Rua, rogo à CMP que reconheça o serviço público que é realizado por esta associação na cidade do Porto e que está à vista de todos nós, e aceite a colaboração da associação na resolução de um problema que necessita de uma abordagem ética, eficiente e rigorosa. Trabalhando em cooperação com associações que têm know-how comprovado nesta área, será certamente mais fácil atingirmos o nosso objectivo comum de controle populacional de animais errantes no município do Porto.
Na expectativa de notícias sobre este assunto por parte da CMP, e sendo certo que não desistirei enquanto não obtiver uma resposta positiva, subscrevo-me com os meus melhores cumprimentos,
Nome completo
Endereço de email e profissão - opcional
Cidade
Texto sugerido para munícipes de outras localidades:
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal do Porto
Dr. Rui Rio
Enquanto apoiante da Associação Animais de Rua, venho rogar-lhe que altere a política da Câmara Municipal relativamente ao controle populacional de animais errantes.
Os métodos de captura e abate e as proibições de alimentação de animais de rua são obsoletos, desumanos e comprovadamente ineficazes enquanto métodos de controle de populações de animais de rua, pelos motivos que a Animais de Rua explica com detalhe aqui http://www.animaisderua.org/informacoes/alternativas_falhadas_ao_ced
A remoção permanente dos animais irá despoletar um fenómeno designado por efeito de vácuo e que leva os gatos residentes nas colónias limítrofes a ocupar o espaço deixado vazio pela colónia anterior e reproduzir novamente até ao limite da capacidade do espaço, num ciclo vicioso que leva apenas à substituição de animais e não ao controle do seu número.
Pedir às pessoas que deixem de alimentar os animais também não resulta, porque está mais do que provado que as pessoas que se preocupam com os animais de rua e que sempre os protegeram são absolutamente incapazes de lhes negar alimento e assistir ao seu sofrimento - basicamente, vê-los morrer à fome.
O único método de controle populacional de gatos de rua que resulta, e que é usado já em todos os países desenvolvidos, é o CED (Capturar-Esterilizar-Devolver), através do qual os animais são capturados, esterilizados, desparasitados e tratados caso apresentem alguma patologia e devolvidos novamente ao seu meio, formando uma colónia controlada, silenciosa, sem maus cheiros, alimentada em recipientes adequados e limpos de forma a não colocar em risco a saúde e salubridade públicas, e cujo número de elementos diminuirá dramaticamente ao longo do tempo.
Não desejo ver o valor dos meus impostos ser aplicado de forma ineficiente e em políticas que causem sofrimento aos animais.
Enquanto apoiante da Animais de Rua, rogo à CMP que reconheça o serviço público que é realizado por esta associação na cidade do Porto e que está à vista de todos nós, e aceite a colaboração da associação na resolução de um problema que necessita de uma abordagem ética, eficiente e rigorosa. Trabalhando em cooperação com associações que têm know-how comprovado nesta área, será certamente mais fácil atingirmos o nosso objectivo comum de controle populacional de animais errantes no município do Porto.
Na expectativa de notícias sobre este assunto por parte da CMP, e sendo certo que não desistirei enquanto não obtiver uma resposta positiva, subscrevo-me com os meus melhores cumprimentos,
Nome completo
Endereço de email e profissão - opcional
Cidade
Texto do panfleto da CMP:
Saiba que
O excesso de alimento provoca o aumento descontrolado das populações de animais, mesmo as indesejadas, como os ratos e ratazanas. Os animais são transmissores de doenças e parasitas ao homem. Os riscos são maiores quando há animais em excesso e existe um contacto próximo com pessoas vulneráveis como as crianças, os idosos e os imunodeprimidos.
As pombas e as Gaivotas
As pombas e as gaivotas na Cidade são autosuficientes. Não necessitam que as pessoas os alimentem. As pombas e as gaivotas são responsáveis pela destruição do património edificado, dos monumentos, das habitações, dos pavimentos e pela conspurcação da via pública assim como dos automóveis.
Os gatos
Os gatos que vivem nas ruas têm uma vida bastante mais curta do que os que estão em casa com os seus donos, pois estão sugeitos a doenças, acidentes, lutas e maus tratos.
O número de gatos existente nas cidades depende da quantidade de alimento disponível, o excesso de alimento pode levar a que uma colónia de 5 gatos/Km2 cresça para densidades superiores a 100 gatos/Km2. São frequentes as reclamações associadas aos gatos da cidade, nomeadamente, infestações com pulgas, maus cheiros, estragos em automóveis, e conspurcação de logradouros e jardins com fezes.
Afinal a origem dos incómodos que temos sentido nos últimos anos está (nas ?) nessas atitudes diárias.
Cabe a todos nós retomar o equilíbrio entre a natureza e a cidade. Como agir
• Não alimente os animais (pombas, gatos, gaivotas) que encontra na cidade para que estes tenham a sua função na natureza e o seu número permaneça controlado.
• Mantenha o seu gato em casa ou numa área vedada e esterilize?o de forma a não aumentar o número de gatos indesejados que se tornam vadios.
• Esteja atento, os animais ingerem qualquer alimento disponível, incluindo lixos, o que lhes é prejudicial.
• Acondicione correctamente os seus resíduos, fechando a tampa dos contentores ou colocando o saco na rua apenas na hora da recolha.
• Não deite lixo nem alimentos para o chão.
Associação Animais de Rua — Esterilização e Protecção de Animais em Risco
http://www.animaisderua.org/
geral@animaisderua.org
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