4/20/2011

PIMENTA, Irene Flunser, A Cada Um O Seu Luger - A Política Feminina no Estado Novo. Lisboa: Círculo de Leitores, 2011 (ca. 455 pp. e 19.90 euros)



“O abono de família começou por abranger em Portugal os trabalhadores por conta de outrém da indústria, do comércio, das profissões liberais ou ao serviço de organismos corporativos e de coordenação económica, deixando de fora os trabalhadores a domicílio e os rurais. Era atribuído ao «chefe de família» (...) com «bom comportamento» moral e profissional e «casado com famíia legitimamente constituída», ao trabalhador solteiro, viúvo, divorciado ou separado com família a cargo, mas só à mulher casada no caso de «invalidez ou desemprego do marido» (p. 108)


"Apesar da aparente valorização das tarefas públicas e privadas femininas, as mulheres no Estado Novo foram discriminadas através de leis que as colocavan sob a autoridade masculina, lhes proibiam inúmeras profissões e lhes atribuíram, sem alternativas, espaços específicos de actuação dos quais não podiam sair." (p. 395)



“Lembre-se que em 1941, apesar dos «prémios às famílias numerosas» mais de 150 crianças por mil morriam antes de atingir o primeiro ano de idade” (p. 406)

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