O  Tempo, a Natureza e o Trabalho
por: Gonçalo Luís Barra
O tempo é o recurso mais escasso que  temos. Se ele não for administrado, nada mais poderemos administrar[1].
             Ao longo da história a civilização definiu e  utilizou muitas unidades de tempo, nas culturas antigas estava associado ao  processo de mudança e enraizado nos ciclos e ritmos da natureza, com destaque  para os astronómicos, (v. g., a semana definida como o intervalo entre as  duas fases sucessivas da Lua, e o ano, a duração de uma revolução da Terra em  volta do Sol)[2]. Na sociedade pré industrial, as actividades vitais confundiam-se com o  tempo, com o ritmo da vida e da natureza, que eram um só. Nada traduz melhor  essa harmonia do que as palavras do Eclesiastes[3]:
            “Todas as coisas têm o seu tempo, e  tudo o que existe debaixo dos céus tem a sua hora. Há tempo para nascer, e tempo  para morrer. Tempo para plantar, e tempo para arrancar o que se  plantou…[4]”
            Nalgumas línguas, como a portuguesa,  impressionadas com a regularidade da sucessão das estações, utiliza-se a palavra  “tempo” para denominar as condições meteorológicas, porque o tempo cronológico  se media pelos ciclos precisos da natureza[5]. 
            Ao longo da Idade Média observa-se  uma lenta evolução que afecta, em particular, o trabalho e o tempo[6]. A racionalização do trabalho, própria da sociedade industrial que se  anunciava, começa precisamente por se manifestar pela instauração de uma nova  relação do homem com o tempo que ameaça as concepções tradicionais, “todo o  Ocidente acede ao tempo pela medida”[7]. Pela medida, pela divisão, pela contabilização, pela cronometragem, que  permitem a regularidade, a pontualidade, a exactidão, a disciplina, assim foi o  tempo domesticado ao serviço da razão[8]. 
            A evolução da actividade comercial  vai impor a substituição, do “tempo da Igreja” pelo “tempo dos  comerciantes”[9]. O primeiro, que não estava na disposição do homem, por lhe ser dado  pelo divino e pela natureza, limitava a acção humana: impossibilitava a  especulação e a esperança do lucro, interditava tanto a usura como o  desenvolvimento do crédito. A sociedade urbana sentiu a “necessidade de  adaptar-se à evolução económica, mais precisamente às condições do trabalho  urbano”[10], opondo-se a um tempo do trabalho que era “O tempo de uma economia ainda  dominada pelos ritmos agrários, sem pressas, sem preocupações de exactidão, sem  inquietações de produtividade – e o de uma sociedade à sua imagem, sóbria e  pudica, sem grandes apetites, pouco exigente, pouco capaz de esforços  quantitativos”[11].
            Será a partir do século XIII que o  tempo de trabalho dos ritmos agrários entrará em crise. No séc. XIV, o relógio  vai introduzir as horas certas, o que representa uma novidade radical. Até  então, a divisão do dia em horas diferentes, a diurna e a nocturna, significava  que a duração das horas era desigual ao longo do ano. Ora o novo conceito do  tempo carecia de uma precisa divisão, uma medição rigorosa que só os novos  relógios mecânicos podiam proporcionar[12]. 
            O primeiro relógio que dava horas  iguais foi instalado na Igreja de São Gotardo, em Milão, em 1335. Em Paris, o  relógio do novo tipo chegou em 1370 e deixou o Rei Carlos V tão satisfeito, que  logo mandou construir mais dois relógios que dessem as horas ao mesmo tempo “a  fim de que os habitantes da capital regulassem a sua vida privada e as suas  actividades profissionais por um único e mesmo ritmo”[13]. A introdução dos relógios, que pontuam a passagem das horas com as  badaladas dos sinos, muda a relação dos homens com o trabalho. Os limites da  prestação de trabalho podem, a partir de então, abandonar progressivamente os  limites da luz do dia, para seguir a nova unidade de medida: a hora[14], “doravante a via está aberta para uma redução teórica do trabalho ao  tempo”[15]. 
            Leon Alberti foi um dos sócios de  uma empresa italiana de mercadores do início do século XV e a sua  correspondência sobreviveu até aos nossos dias. Da leitura das suas cartas fica  claro que o jovem Alberti merece ser reconhecido como um pioneiro da moderna  gestão do tempo. «De manhã quando acordo» – escreveu ele – «a primeira coisa que  faço é pensar: o que é que vou fazer hoje? Estas coisas: conto-as, penso nelas e  a cada uma atribuo o seu tempo». E continuava: «Prefiro perder o sono do que  tempo, isto é, tempo necessário para fazer o que tenho que fazer». Coisas como  comer e dormir sempre podem ser feitas no dia seguinte, mas o mesmo não se passa  com os negócios. Alberti estabeleceu uma regra: «Observar o tempo e distribui-lo  pelas várias coisas a fazer, devotar-me ao negócio e nunca perder uma hora». Com  entusiasmo concluiu: «Quem souber como não perder o tempo será senhor de tudo o  que quiser»[16].
            O pêndulo é, melhor do que qualquer  outro, o símbolo da ciência renascentista, de uma nova inquirição sobre os  mistérios da natureza e os poderes humanos para capturar e representar o seu  funcionamento. Diz a lenda que Galileo Galilei, quando estava a assistir a uma  missa na Catedral de Pisa em 1583, observou a constância do período de um  castiçal pendurado do tecto quando sujeito a pequenas oscilações, comparando-o  com as suas próprias pulsações, interessado no tema: a ele se refere em 1632 no  Diálogo sobre os Dois Principais Sistemas do Mundo, e, cinco anos mais  tarde, define que, para pequenas amplitudes, o quadrado do período de oscilação  é proporcional ao comprimento do braço do pêndulo – uma vez mais, a constância  de Pisa. Galileo terá utilizado estas suas descobertas para conceber um  mecanismo para o relógio, e Leopoldo de Médici reivindicou asperamente a  prioridade do seu protegido na invenção desse artefacto, contra a opinião  dominante que atribuiu a Huygens esse sucesso[17].
            Tenha ou não sido Galileo o primeiro  a concebê-lo, foi Christiaan Huygens quem formalizou o movimento do pêndulo como  regulador dos relógios e construiu um protótipo em 1656. Huyguens era uma das  grandes figuras da ciência e da técnica desse período: correspondente de Newton  e Leibniz, trabalhou em diversos campos, e o do pêndulo foi um dos que mais o  distinguiram. Em 1658, discutiu os seus resultados preliminares num livro,  Horologium, e, depois, no magistral Horologium Oscillatorium de  1673, voltou a apresentar os seus progressos. Em 1675 construiu finalmente um  relógio e ofereceu a Luís XIV[18].
            Assim, o pêndulo ilustra bem os dois  princípios fundamentais da ciência moderna: o novo conhecimento podia ser  aplicado a engenhos mecânicos capazes de transformar o movimento e de se  subordinar às conveniências da produção, e permitia medir o tempo, outros  cientistas, porventura os mais destacados da sua geração, dedicavam-se a  pesquisas complementares sobre pêndulos: Isaac Newton discutia em 1687, no seu  Principia Mathematica os resultados da colisão de dois pêndulos para  estudar a relação entre dois corpos, a formulação da Segunda Lei constituiu uma  base para a descrição do sistema dinâmico com vários graus de liberdade, embora  então se estivesse ainda longe de compreender as potencialidades desta nova  ciência[19].
            Sir Isaac Newton  adoptou um ponto de vista mais abstracto e mecanicista. «Tempo absoluto,  verdadeiro e matemático, fluindo igualmente sem relação com qualquer coisa  externa» foi a forma como se exprimiu[20].
            Kant, plenamente  convencido da verdade e indiscutibilidade da física newtoniana,  julgava ver confirmada a chave da respectiva  validade na ideia de que o espaço e o tempo em si não são coisas nem processos.  Não podem sequer ser observados, possuem uma natureza totalmente distinta,  representam uma espécie de enquadramento para as coisas e os processos, embora  as nossas representações (individuais) de espaço e de tempo não se apliquem ao  universo como um todo[21].
            Quando Adam Smith deu o seu  contributo para a formação do conceito moderno do trabalho, vai ligá-lo ao  tempo, definindo-o em termos abstractos e homogéneos. De facto, a definição  económica de trabalho, formulada pelos novos economistas do séc. XVIII e XIX,  tem um objectivo instrumental: encontrar uma unidade de medida que permita  calcular e medir o seu valor económico e assim fundar bases estáveis de  troca[22]. De tal modo assim é, que se defende que, nas sociedades modernas, “o  trabalho não é apenas como o tempo, é o tempo”[23]. 
            O capitalismo industrial foi a  primeira civilização baseada no tempo do relógio e não no tempo do calendário. O  relógio foi a glória da ciência renascentista e marcou científica e  industrialmente a nova era da modernidade[24].
            «Lembre-se de que tempo é dinheiro –  escreveu Benjamin Franklin em Advice to a Young Tradesman (1745). Em 1723  Franklin fugira da casa dos pais puritanos de Nova Inglaterra, mas antes  observara as virtudes puritanas da fragilidade, diligência e rectidão. Os filhos  e os netos dos puritanos, respirando o ar mais secular do século XVIII, não  abandonaram o princípio de gerir o tempo, apenas lhe mudaram os fins. Em vez da  glória e do prazer de Deus neste mundo e no outro, passaram a seguir os  objectivos mais mundanos da riqueza, saúde e felicidade. «Ama a vida?» –  pergunta Franklin. «Então não malbarate o tempo, porque é dele que a vida é  feita»[25].
            Quando se produz para um mercado e  se visa o lucro, tudo se orienta em função de um cálculo: produzir mais, em  menos tempo, com um custo mínimo. O trabalho racionaliza-se. Impõe-se a  racionalidade económica. Neste quadro, a resistência do modelo corporativo às  pressões do sistema económico, compreensivelmente, não se eternizou. O seu  regime, constituído por vínculos que constrangiam o trabalho e a produção,  contrariava o objectivo do aumento da produção e, assim, opunha-se à própria  dinâmica do sistema capitalista, que supõe o crescimento económico e a  acumulação do capital. A inovação dos métodos, a criação de novos produtos, a  geração de necessidades, a abertura de mercados, constituem o impulso económico  do capitalismo[26].
            A forma especificamente moderna do  capitalismo ocidental foi evidentemente determinada em larga medida pelo  desenvolvimento das possibilidades técnicas”[27]. Quanto mais se evoluísse em termos científicos e técnicos, maiores  possibilidades haveria de acumulação e de crescimento mas, simultaneamente, mais  se sentia o empecilho de um sistema social pré-capitalista. A emancipação do  económico, a sua separação do político, é a consequência da nova mentalidade. A  novidade introduzida pelo espírito capitalista é, “redução da realidade à  contabilidade”[28], o que pretende traduzir a ideia do imperativo da análise  custo-benefício que corresponde à racionalidade económica[29].
             O capitalismo desenvolve a racionalidade do  comportamento, e fá-lo através de dois meios inter-relacionados: em primeiro  lugar, eleva a unidade monetária à dignidade de unidade de conta, assim criando  um instrumento de cálculo racional de custos e lucros; em segundo lugar, esse  cálculo contabilístico, pelo seu poder de clarificação e de precisão aritmética,  imprime um vigoroso impulso à lógica da empresa[30].
            Não obstante a  observada racionalidade económica construída sobre o tempo cronológico, a noção  de ritmos de vida continua omnipresente na Natureza: a alternância da vida e da  morte, da inspiração e da expiração, do fluxo e do refluxo das marés, do dia e  da noite, ritmo da Lua, ciclo das estações. Quer se trate de rotações dos  planetas à volta das estrelas ou das oscilações moleculares extremamente  rápidas, praticamente tudo no universo é rítmico. A actividade periódica é assim  uma propriedade fundamental da matéria viva. A estes ritmos chama-se «ritmos  biológicos» e o ramo da Biologia que os estuda chama-se a cronobiologia (do  grego chronos, que significa tempo, bio, a vida, e logos, o  estudo ou a ciência) [31].   
            Um dos ritmos  principais na Terra é o ciclo nictemeral (do grego nuctos, noite, e  hemera, dia) da alternância do dia e da noite. Este ritmo é de vinte e  quatro horas, duração necessária para que a Terra efectue uma rotação sobre si  própria no espaço. Este ritmo regula a actividade e o repouso da maioria das  espécies vivas da Terra. É em grande parte regulado pela luz do dia. Com efeito,  foi demonstrado de isolamento total, que deixaram de ter a alternância  dia/noite, e livres de viver como lhes apetecer, já não vivem segundo um ciclo  de vinte e quatro horas, mas segundo um ciclo diferente[32].
            O estudo do tempo  psicológico cobre um campo muito vasto, indo dos aspectos comportamentais dos  ritmos biológicos (ritmos de actividade locomotora), no quadro da cronobiologia,  até às representações antecipadas do futuro, que no homem constituem o horizonte  temporal, passando pelos condicionamentos, de duração e regulações temporais  adquiridas, a imitação e a produção de ritmos (actos repetitivos estereotipados  do deficiente mental ou construções estéticas refinadas, do músico ou do  bailarino), as estimativas do tempo estudadas pela psicofísica, a formação do  conceito de tempo no decurso do desenvolvimento cognitivo, o domínio das  relações temporais na linguagem, a organização temporal das lembranças na  memória, sem esquecer a análise do decurso temporal das actividades motoras ou  mentais. O que liga estes aspectos muito diferentes do tempo psicológico  continua a ser matéria de especulação[33].
            Não parece, no entanto,  haver dúvida de que na base dos ajustamentos comportamentais e das estimativas  do tempo se encontra(m) um ou mais mecanismos que, do mesmo modo que o relógio  biológico postulado pela cronobiologia fornece a base do tempo de referência.  Dela seria devedora a experiência imediata da duração, à qual se sobreporiam as  elaborações mais complexas, tais como o conceito de tempo a nível cognitivo,  pondo em jogo relações entre distância, velocidade e duração, ou entre  estimativas da duração e natureza dos seus conteúdos (riqueza de mudanças,  actividade mais ou menos motivante, etc.)[34].
            As pessoas trabalham  cerca de um terço do tempo total de cada dia, de Segunda a Sexta-feira,  envolvendo-se em actividades significativas e ultrapassando dificuldades. A  distribuição de tal quantidade diária de tempo de trabalho marca o ritmo do dia  de cada pessoa, desde a hora de despertar à hora de recolhimento, e toma-lhe o  período do dia em que está mais activa. O trabalho estabelece ainda o ritmo da  semana de cada pessoa, não só fixando classicamente os dias de descanso no  Sábado e no Domingo, mas também caracterizando determinados dias, como o  primeiro dia de trabalho, o pico da semana, o dia de “desaceleração”. Da mesma  forma, o trabalho regula o ritmo anual dos indivíduos através da demarcação dos  períodos de férias e dos períodos de actividades específicas (balanços,  planificações, épocas de maior actividade, etc.). Finalmente, o trabalho define  o ritmo da própria vida das pessoas: a infância e o percurso escolar são  entendidos socialmente como momentos formadores e estruturantes indispensáveis  aos cidadãos que trabalham; o período em que todas as capacidades da pessoa se  encontram potenciadas e em que ela é mais produtiva é devotado ao trabalho; um  dos critérios (erradamente) dominantes para definir a velhice é a reforma, ou  seja, o abandono da vida do trabalho. Com efeito, a “vida activa” de uma pessoa  significa o seu compromisso e envolvimento no trabalho, como se a infância e a  velhice fossem sinónimos de inactividade…[35].
            O tempo psicológico  tornou-se o centro do interesse em psicologia aplicada, nomeadamente no contexto  de situações que implicam perturbações do ritmo, por modificação ou supressão  dos sincronizadores (horários de trabalho escalonados, passagem de fusos  horários, estadas prolongadas no espaço ou em habitáculos isolados, etc.),  perturbações que se repercutem nos desempenhos e nos estados de humor, ou, na  perspectiva da gestão do tempo que faz eco nas pesquisas sobre distribuição  temporal das actividades no animal[36].
            A invenção da luz  artificial que devemos a Edison, há cerca de um século, constitui sem dúvida um  grande progresso para a Humanidade. Mas esta invenção genial, por introduzir  condições de iluminação diferentes da iluminação natural, é certamente em parte  responsável pelo desregramento do nosso sono e dos nossos ritmos biológicos. A  luz artificial permite não respeitar os nossos ritmos biológicos e pode  modificar o funcionamento dos nossos relógios internos[37].
            O cérebro humano, tal  como o de todos os vertebrados, alterna incessantemente entre a vigília e o  sono. Estamos acordados e activos durante o dia, e adormecidos à noite. No  decurso do período despertado, durante o dia[38], o cérebro recebe um grande número de informações provenientes do  exterior: sons, imagens, sensações… integra-as e envia a resposta adequada. A  actividade metabólica é então orientada para o dispêndio de energia. Pelo  contrário, à noite, no decurso do período adormecido, o cérebro repousa e a  actividade metabólica é orientada para a renovação e o crescimento dos tecidos.  Estes dois estados – a vigília e o sono – sucedem-se um ao outro toda a vida e  têm a sua razão de ser[39].
            Até uma época recente,  pensava-se que apenas importava a duração quotidiana do sono e que era  indiferente dormir numa altura ou noutra. Contentávamo-nos, pois, na idade  adulta, em dormir à noite. O desenvolvimento recente da cronobiologia mostra que  é primordial uma boa repartição do sono durante o dia[40].
             De facto, o despertar e o adormecer estão  submetidos a ritmos biológicos precisos, dos quais a alternância dia/noite  apenas é o elemento principal. Existem ritmos secundários: em particular, todos  os 90 minutos, o nosso cérebro liberta hormonas que facilitam a chegada do sono.  Por isso é que as crianças não podem concentrar-se mais do que uma hora e meia  na escola, e daqui a necessidade de fazer intervalos quase de hora a hora. O  mesmo sucede na idade adulta: por este motivo é que um condutor deve descansar  todas as horas na auto-estrada porque depois de cerca de hora e meia de  condução, a vigilância e os reflexos diminuem[41].
            O sono é, pois, regido  por vários ritmos biológicos, sendo o principal o ritmo circadiano (ciclo de 24  horas). Contudo, como é o caso das marés, não existe apenas uma alternância  vigília /sono por dia, mas em geral várias: o recém-nascido deve dormir várias  vezes ao dia e, na idade adulta, subiste um sono principal nocturno e um «sono  pequeno» a meio do dia, a sesta. A publicação dos trabalhos de Lehman, um  investigador Americano, demonstrou que a curva de eficácia no trabalho diminui  nitidamente no começo da tarde, entre as 14 e as 16 horas  aproximadamente[42]. A actividade geral, os desempenhos cognitivos, os estados de vigilância  e de humor variam paralelamente à maior parte das funções fisiológicas no  decurso dos ciclos circadiano, ultradiano e infradiano. O alcance prático da  cronobiologia e do seu carácter psicológico impôs-se rapidamente face a  situações da vida moderna: fusos horários nas viagens aéreas, trabalho nocturno,  missões prolongadas em meios radicalmente modificados (ex. viagens  aeroespaciais)[43].
            O objectivo de qualquer  ciência, quer se trate de ciências naturais, quer da psicologia, é coordenar os  dados da nossa experiência, e integrá-los num sistema lógico. Como é que estão  relacionadas as nossas ideias habituais de espaço e tempo com o carácter dos  nossos estados de consciência[44]?
            Os estados de  consciência de um indivíduo aparecem-nos dispostos numa série de acontecimentos  na qual cada estado particular acessível à nossa memória parece estar disposto  segundo um critério irredutível de «antes» e «depois». Existe assim, para cada  indivíduo, um tempo pessoal, um tempo subjectivo. Um tal tempo não é em si  mensurável, embora seja possível associar números diferentes aos diferentes  acontecimentos por forma que um número maior seja associado a um acontecimento  produzido «depois» do que o correspondente ao acontecimento produzido «antes»,  mas a natureza desta associação é perfeitamente arbitrária. Pode definir-se esta  associação por meio de um relógio, comparando a ordem dos acontecimentos  fornecidos pelo relógio com a ordem da série considerada de  acontecimentos[45].
            Um relógio é um corpo  físico, ou um sistema, neste mesmo sentido, com a propriedade adicional de serem  iguais os acontecimentos que constituem a série de acontecimentos que ele deve  contar[46]. Entende-se relógio, qualquer objecto que forneça uma série de  acontecimentos que possam ser contados[47]. O tempo objectivo, o dos relógios, é o único sobre o qual toda a gente  se pode pôr de acordo[48].
            Na teoria de Newton  espaço e tempo estavam separados; o espaço tinha três dimensões e o tempo, uma.  Além disso, as distâncias no espaço eram as mesmas para todos os observadores,  independentemente dos seus movimentos, assim como o tempo era o mesmo para todos  (simultaneidade absoluta[49]). Einstein demonstrou que tal não é verdade, ou seja, para dois  observadores em movimento relativo um ao outro, o espaço e o tempo são  diferentes[50].
            Para percebermos  porquê, começaremos pelo que se designa por «evento». Um evento é algo  especificado por um lugar e um tempo. Por exemplo, se se encontrar alguém no  cruzamento da Rua X com a Rua Y, às 17h, isto é um evento, pois o espaço e o  tempo foram especificados[51]. 
            Na Terra, em regra,  apenas necessitamos de duas dimensões (a Rua X e a Rua Y, que são  perpendiculares entre si) para especificar um lugar, porque estamos a considerar  a superfície do planeta. Na realidade existe uma terceira dimensão, a altitude.  O espaço, então, tem três dimensões: da esquerda para a direita, de cima para  baixo e de frente para trás. O tempo, contudo, segue apenas numa direcção,  sempre em frente, pelo que é unidimensional[52].
            É talvez por isso se  diz que o tempo é um recurso escasso, insubstituível e irreversível[53].
            Para entender a medição  do tempo, importa referir que o Sol nasce a leste e põe-se a oeste, porque a  Terra gira em torno do seu eixo (rotação axial) no sentido oeste-leste. Este  movimento de rotação está na origem da sucessão do dia e da noite[54]. 
            A rotação axial da  Terra e a sua rotação à volta do Sol fornecem duas unidades fundamentais de  medição do tempo: o dia e o ano. Determinam igualmente o ritmo das estações e  das glaciações. Uma rotação da Terra sobre o seu próprio eixo – período de tempo  entre um nascer do Sol e o seguinte – determina a definição da duração do dia. O  ano é definido pelo tempo que a Terra leva a descrever uma revolução completa em  torno do Sol. Hoje em dia, porém, os astrónomos definem o dia e o ano em  unidades de tempo, recorrendo a instrumentos de precisão designados por relógios  atómicos[55]. Por este motivo coexistem actualmente diversos «tempos»[56].
            Astronomicamente  falando, existem duas espécies de dia, definindo duas variedades de tempo. Há de  um lado, o dia solar médio, que dura 24 horas e é o tempo que separa duas  passagens consecutivas do Sol médio, um Sol de órbita fictícia cujo movimento é  uniforme no meridiano. Há por outro lado, o dia sideral, que representa duas  passagens sucessivas de uma estrela no meridiano que vale  23h 56 m 4 s[57]. 
            O dia sideral é,  portanto, mais curto 3 m 56 s, relativamente ao dia solar médio, diferença que  tanto se deve ao facto de a Terra, rodando à volta dos Sol, ter que realizar uma  fracção de volta suplementar sobre si mesma para que o Sol retome a mesma  posição no céu, em relação a um determinado observador. Para obter a hora média  basta juntar à hora solar verdadeira um valor variável segundo a época do ano  chamado equação do tempo[58]. 
            A equação do tempo é  máxima em 11 de Fevereiro, +14 m 20 s, e em 3 de Novembro, -16 m 20 s, mas  anula-se quatro vezes por ano, a 16 de Abril, 14 de Junho, 1 de Setembro e 24 de  Dezembro, quando o dia solar verdadeiro é igual ao dia solar médio. (Quanto ao  ano sideral, é o tempo que no seu movimento aparente o Sol leva para retomar o  mesmo lugar entre as estrelas e vale 365 dia 6 h 9 m 9 s)[59].
            Girando a Terra sobre  si mesma e descrevendo uma circunferência em 24 horas, uma hora corresponde a um  ângulo de rotação de 15º (24 h: 360º, ou seja, 15º por hora). Uma diferença de  1º de longitude corresponde, portanto, a 4 minutos (60 minutos: 15º, ou seja, 4  minutos por grau). Quando o Sol atingiu o seu zénite, é exactamente meio-dia  pela hora solar. É, pois, meio-dia no mesmo instante em todos os locais situados  em igual meridiano[60].
            O terceiro ritmo  elementar é-nos fornecido não pela Terra, mas pela Lua cujo ciclo completo de  fases tem a duração de 29,5 dias e constitui a base dos meses. Como o calendário  ocidental moderno não podia utilizar uma unidade de 29,5 dias, tornou-se difícil  fixar a duração exacta do ano, que é ligeiramente inferior a 365 dias e um  quarto. Foi por isso que se criaram os anos bissextos, nos quais se adiciona um  dia no fim de Fevereiro. No entanto, como ocorrem de quatro em quatro anos, os  anos bissextos não acertam o calendário em sintonia com o Sol. Para ultrapassar  esse obstáculo, determinou-se que o ano bissexto fosse omitido nos anos de final  de século que, embora divisíveis por quatro, não o fossem por 400[61].
            Apesar de todas estas  correcções, a duração média do ano de calendário apresenta um desvio de 26  segundos em relação ao ano definido pela rotação da Terra à volta do Sol, desvio  esse que levará à diferença de um dia no ano de 4906[62].
            Mesmo tendo como medida  o mostrador do relógio, segundo a longitude onde se encontre o observador, a  hora é evidentemente diferente, pois a Terra gira sobre si própria e todos os  lugares não são, pois, iluminados ao mesmo tempo[63]. Outrora cada cidade tinha a sua hora própria, dita hora local, mas o  desenvolvimento dos meios de comunicação tornou esta situação impossível e a  Convenção de Washington de 1884, dividiu a terra em 24 fusos  horários[64]. 
            A hora permanece a  mesma no interior de um dado fuso e os diferentes países adoptam como hora legal  a do fuso horário no qual se encontra a sua capital, salvo para certos países  muito vastos, como os EUA (que tem 4[65]) ou a China. No interior de cada fuso horário é assim definida uma  hora legal, a partir de 1968, todos os países da Europa situados no  fuso zero, passaram a adoptar a mesma hora[66], que se distancia por vezes meia hora relativamente à hora  solar[67]. 
            Definiu-se também um  tempo civil[68] ou tempo universal, abreviatura TU, que permite  fixar a hora de um acontecimento, terrestre ou celeste, independentemente da  hora que for no lugar de observação. Por definição, o tempo universal é a hora  de Greeenwich, quer dizer, a hora do meridiano zero ou fuso  zero[69], (i. é, entre – 7º 30’ e + 7.º 30’[70]) correspondendo ao obsoleto tempo médio de Greenwich, abreviado  TMG[71].
            O estudo dos processos  físicos subatómicos, a observação da interferometria de corpos celestes ou do  funcionamento das telecomunicações exigem uma precisão maior do que a do tempo  universal, pelo que coexiste um outro tempo, o tempo atómico, abreviado  TA, determinado pelos relógios atómicos de jacto de Césio[72].
[1] MACKENZIE, R. Alec,  Managing Time at the Top, Presidents Association, Nova York, 1970, apud,  D’SOUZA, Anthony, Liderar com Eficácia, Edições Loyola, São Paulo, 1996, ps.  109,
[2] A Enciclopédia  Público, Editorial Verbo/Público, Vol. 19, Lisboa, 2004, p.  8172.
[3] DE MOURA JACINTO,  José Luís, O Trabalho e as Relações Internacionais, ISCSP, Lisboa, 2002, p.  25.
[4] Eclesiastes, 3:1,  apud DE MOURA JACINTO, José Luís, O Trabalho e as Relações  Internacionais, ISCSP, Lisboa, 2002, p. 25.
[5] DE MOURA JACINTO,  José Luís, O Trabalho e as Relações Internacionais, ISCSP, Lisboa, 2002, p.  25.
[6] DE MOURA JACINTO,  José Luís, O Trabalho e as Relações Internacionais, ISCSP, Lisboa, 2002, p.  25.
[7] LÉVINAS, Emmanuel,  Dieu la Mort et le Temps, Éditions Grasset et Fasquelle, Paris, 1993, p. 65,  apud DE MOURA JACINTO, José Luís, O Trabalho e As Relações  Internacionais, ISCSP, Lisboa, 2002, p. 26.
[8] DE MOURA JACINTO,  José Luís, O Trabalho e As Relações Internacionais, ISCSP, Lisboa, 2002, p.  26.
[9] DE MOURA JACINTO,  José Luís, O Trabalho e As Relações Internacionais, ISCSP, Lisboa, 2002, p.  26.
[10] LE GOFF, Jacques,  Para Um Novo Conceito de Idade Média, Editorial Estampa, 1980, p. 62,  apud DE MOURA JACINTO, José Luís, O Trabalho e As Relações  Internacionais, ISCSP, Lisboa, 2002, p. 26.
[11] LE GOFF, Jacques,  Para Um Novo Conceito de Idade Média, Editorial Estampa, 1980, ps. 62-63,  apud DE MOURA JACINTO, José Luís, O Trabalho e As Relações  Internacionais, ISCSP, Lisboa, 2002, p. 27.
[12] DE MOURA JACINTO,  José Luís, O Trabalho e as Relações Internacionais, ISCSP, Lisboa, 2002, p.  27.
[13] GIMPEL, Jean, A  Revolução Industrial na Idade Média, Publicações Europa América, Mem Martins,  1976, p. 163, apud DE MOURA JACINTO, José Luís, O Trabalho e as Relações  Internacionais, ISCSP, Lisboa, 2002, p. 27.
[14] DE MOURA JACINTO,  José Luís, O Trabalho e as Relações Internacionais, ISCSP, Lisboa, 2002, p.  27.
[15] ECKERT, Henri,  Centralité du du Travail, ou Centralité du Salariat?, em Le Travail à l’Épreuve  du Salariat, direcção de Paul Bouffartigue e Henri Eckert, L’Harmattan, Paris,  1997, p. 62, apud, DE MOURA JACINTO, José Luís, O Trabalho e as Relações  Internacionais, ISCSP, Lisboa, 2002, p. 27.
[16] ADAIR, John, A Gestão  Eficiente do Tempo, 2.ª edição, Publicações Europa América, Mem Martins, s/data,  depósito legal  n.º 100075/96, p.  24.
[17] LOUÇÃ, Francisco,  Coisa da Mecânica Misteriosa…, Edições Afrontamento, Fevereiro de 2000, p.  11.
[18] LOUÇÃ, Francisco,  Coisa da Mecânica Misteriosa…, Edições Afrontamento, Fevereiro de 2000, p.  11.
[19] LOUÇÃ, Francisco,  Coisa da Mecânica Misteriosa…, Edições Afrontamento, Fevereiro de 2000, p.  12.
[20] DAVIES, Paul, Como  construir uma máquina do tempo, Gradiva, Lisboa, 2003, p. 16. // Segundo Kant a  física newtoniana, muito embora se confirme pela pela observação, ela não é, no  entanto, o resultado de observações mas sim dos nossos próprios métodos de  pensar, dos métodos que utilizamos para ordenar as nossas impressões sensoriais,  para estabelecermos entre elas uma relação, as assimilarmos, as compreendermos.  Não são os dados s«dos sentidos, mas o nosso próprio entendimento - a  organização e a constituição do nosso sistema mental de assimilação -  que é responsável pelas teorias científicas.  A natureza que conhecemos com a ordem e as suas leis, é o resultado duma  actividade ordenadora e assimiladora do nosso intelecto. A formulação desta  ideia tal como Kant a fez é brilhante: «O entendimento cria as suas leis... não  a partir da natureza, mas prescreve-as à natureza. Cfr. R. POPPER, Karl, Em  Busca de Um Mundo Melhor, 3.ª Edição, Editorial Fragmentos, Lda., Lisboa,  Novembro de 1992, p. 122.
[21] Cfr. R. POPPER, Karl,  Em Busca de Um Mundo Melhor, 3.ª Edição, Editorial Fragmentos, Lda., Lisboa,  Novembro de 1992, p. 120, e 121.
[22] DAUNE-RICHARD, Anne Marie, Travail et Citoyenneté: Un Enjeu Sexué Hier  et Aujourd’hui, em Le Travail à l’Épreuve du Salariat, direcção de Paul  Bouffartigue e Henri Eckert, L’Harmattan, Paris, 1997, p. 95, apud, DE  MOURA JACINTO, José Luís, O Trabalho e as Relações Internacionais, ISCSP,  Lisboa, 2002, p. 27.
[23] Méda, Dominique, Le Travail, Une Valeur en Voie de Disparition, Aubier,  Paris, 1995, p. 63, apud, DE MOURA JACINTO, José Luís, O Trabalho e as  Relações Internacionais, ISCSP, Lisboa, 2002, p. 27.
[24] MARX, Karl, 1867:64,  sem correspondência na relação de autores citados, apud, LOUÇÃ,  Francisco, Coisa da Mecânica Misteriosa…, Edições Afrontamento, Fevereiro de  2000, p. 14.
[25] ADAIR, John, A Gestão  Eficiente do Tempo, 2.ª edição, Publicações Europa América, Mem Martins, s/data,  depósito legal  n.º 100075/96, p.  25.
[26] DE MOURA JACINTO,  José Luís, O Trabalho e as Relações Internacionais, ISCSP, Lisboa, 2002, p.  28.
[27] WEBER, Max, O  Espírito Protestante e a Ética do Capitalismo, Editorial Presença, Lisboa, 1983,  p. 16, apud, DE MOURA JACINTO, José Luís, O Trabalho e as Relações  Internacionais, ISCSP, Lisboa, 2002, p. 28.
[28] GORZ, André,  Métamorphoses du Travail, Quête du Sens – Critique de la Raison Economique,  Éditions Galilée, Paris, 1995, p. 32, apud, DE MOURA JACINTO, José Luís,  O Trabalho e as Relações Internacionais, ISCSP, Lisboa, 2002, p.  28.
[29] DE MOURA JACINTO,  José Luís, O Trabalho e as Relações Internacionais, ISCSP, Lisboa, 2002, p.  28.
[30] SHUMPETER, Joseph A.,  Capitalisme, Socialisme et Démocratie, Editions Payot, Paris, 1972, p. 170,  apud, DE MOURA JACINTO, José Luís, O Trabalho e as Relações  Internacionais, ISCSP, Lisboa, 2002, p. 29.
[31] COMBY, Bruno, O  Elogio da Sesta, Livros do Brasil, Lisboa, 1993, ps. 44, e 45.
[32] COMBY, Bruno, O  Elogio da Sesta, Livros do Brasil, Lisboa, 1993, p. 46.
[33] DORON, Roland, PAROT,  François, Dicionário de Psicologia, CLIMEPSI, Lisboa, 1.ª edição, Outubro de  2001, p. 735, apud, RICHELLE, M., tempo.
[34] DORON, Roland, PAROT,  François, Dicionário de Psicologia, CLIMEPSI, Lisboa, 1.ª edição, Outubro de  2001, p. 735, apud, RICHELLE, M., tempo.
[35] RAMOS, Marco,  Desafiar o Desafio…, Editora RH, Lisboa, 2001, p. 63.
[36] DORON, Roland, PAROT,  François, Dicionário de Psicologia, CLIMEPSI, Lisboa, 1.ª edição, Outubro de  2001, p. 735, apud, RICHELLE, M., tempo. Acerca de experiências em estado  de isolamento total, ver COMBY, Bruno, O Elogio da Sesta, Livros do Brasil,  Lisboa, 1993, ps. 55, e 56.
[37] COMBY, Bruno, O  Elogio da Sesta, Livros do Brasil, Lisboa, 1993, p. 47.
[38] COMBY, Bruno, O  Elogio da Sesta, Livros do Brasil, Lisboa, 1993, p. 47.
[39] COMBY, Bruno, O  Elogio da Sesta, Livros do Brasil, Lisboa, 1993, ps. 47, e 48.
[40] COMBY, Bruno, O  Elogio da Sesta, Livros do Brasil, Lisboa, 1993, p. 48.
[41] COMBY, Bruno, O  Elogio da Sesta, Livros do Brasil, Lisboa, 1993, ps. 48, e 49.
[42] LEHMAN, G.,  Biological Cycles and Performances of Work, Nova Iorque, 1962, p. 285,  apud, COMBY, Bruno, O Elogio da Sesta, Livros do Brasil, Lisboa, 1993, p.  49.
[43] DORON, Roland, PAROT,  François, Dicionário de Psicologia, CLIMEPSI, Lisboa, 1.ª edição, Outubro de  2001, p. 197, apud, RICHELLE, M., cronobiologia. 
[44] EINSTEIN, Albert, O  Significado da Relatividade, na tradução de: SILVA, Mário, Gradiva, Lisboa,  2003, p. 11.
[45] EINSTEIN, Albert, O  Significado da Relatividade, na tradução de: SILVA, Mário, Gradiva, Lisboa,  2003, ps. 11, e 12.
[46] EINSTEIN, Albert, O  Significado da Relatividade, na tradução de: SILVA, Mário, Gradiva, Lisboa,  2003, p. 12.
[47] Neste sentido,  EINSTEIN, Albert, O Significado da Relatividade, na tradução de: SILVA, Mário,  Gradiva, Lisboa, 2003, ps. 11 e 12.
[48] GAUQUELIN, Michel e  Françoise, e outros, Dicionário de Psicologia, Verbo, Lisboa – São Paulo, 1980,  p. 537.
[49] SILVA, Mário, na  tradução de EINSTEIN, Albert, O Significado da Relatividade, Gradiva, Lisboa,  2003, p. 8.
[50] PARKER, Barry, A  Descoberta De Einstein…, Edições 70, Lisboa, s/ data, Depósito Legal n.º  188389/02, p. 63.
[51] Neste sentido,  PARKER, Barry, A Descoberta De Einstein…, Edições 70, Lisboa, s/ data, Depósito  Legal n.º 188389/02, p. 63.
[52] Neste sentido,  PARKER, Barry, A Descoberta De Einstein…, Edições 70, Lisboa, s/ data, Depósito  Legal n.º 188389/02, p. 63.
[53] Ver ADAIR, John, A  Gestão Eficiente do Tempo, 2.ª edição, Publicações Europa América, Mem Martins,  s/data, depósito legal  n.º 100075/96, p.  17.
[54] Neste sentido,  BÖCHER, Steen B., HOFFMEYER, Henrik B., Scan Globe A/S,, Dinamarca, 1976, p.  9.
[55] Neste sentido, Grande  Atlas do Mundo, Público/Planeta Agostini, vários Autores, Direcção da edição  portuguesa, NOBRE, José, VITORINO, Nuno, 1982 – 1988 – 1993, p.  4.
[56] A Enciclopédia  Público, Editorial Verbo/Público, Vol. 19, Lisboa, 2004, p.  8172.
[57] A Enciclopédia  Público, Editorial Verbo/Público, Vol. 19, Lisboa, 2004, p.  8172.
[58] Ver A Enciclopédia  Público, Editorial Verbo/Público, Vol. 19, Lisboa, 2004, p.  8172.
[59] Ver A Enciclopédia  Público, Editorial Verbo/Público, Vol. 19, Lisboa, 2004, p.  8172.
[60] BÖCHER, Steen B., HOFFMEYER, Henrik B., Scan Globe A/S,, Dinamarca,  1976, p. 9.
[61] Neste sentido, Grande  Atlas do Mundo, Público/Planeta Agostini, vários Autores, Direcção da edição  portuguesa, NOBRE, José, VITORINO, Nuno, 1982 – 1988 – 1993, p.  4.
[62] Grande Atlas do  Mundo, Público/Planeta Agostini, vários Autores, Direcção da edição portuguesa,  NOBRE, José, VITORINO, Nuno, 1982 – 1988 – 1993, p. 4.
[63] A Enciclopédia  Público, Editorial Verbo/Público, Vol. 19, Lisboa, 2004, p. 8172, e  8173.
[64] Ver, PERESTELLO  BOTELHEIRO, A., Fuso Horário, Enciclopédia Luso Brasileira de Cultura, s/ data,  depósito legal: B 39.233-1977, vol. 8, p. 1831.
[65] Ver, PERESTELLO  BOTELHEIRO, A., Fuso Horário, Enciclopédia Luso Brasileira de Cultura, s/ data,  depósito legal: B 39.233-1977, vol. 8, p. 1831.
[66] Ver, PERESTELLO  BOTELHEIRO, A., Fuso Horário, Enciclopédia Luso Brasileira de Cultura, s/ data,  depósito legal: B 39.233-1977, vol. 8, p. 1831.
[67] A Enciclopédia  Público, Editorial Verbo/Público, Vol. 19, Lisboa, 2004, p. 8172, e  8173.
[68] Ver, PERESTELLO  BOTELHEIRO, A., Fuso Horário, Enciclopédia Luso Brasileira de Cultura, s/ data,  depósito legal: B 39.233-1977, vol. 8, p. 1831.
[69] Ver, PERESTELLO  BOTELHEIRO, A., Fuso Horário, Enciclopédia Luso Brasileira de Cultura, s/ data,  depósito legal: B 39.233-1977, vol. 8, p. 1831.
[70] Ver, PERESTELLO  BOTELHEIRO, A., Fuso Horário, Enciclopédia Luso Brasileira de Cultura, s/ data,  depósito legal: B 39.233-1977, vol. 8, p. 1831.
[71] A Enciclopédia  Público, Editorial Verbo/Público, Vol. 19, Lisboa, 2004, p. 8172, e  8173.
[72] A Enciclopédia  Público, Editorial Verbo/Público, Vol. 19, Lisboa, 2004, p. 8172, e  8173.
 
 
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