HARRISON, Keith, O Nosso Corpo – O Peixe que Evoluiu. Lisboa: ed. Presença, 2009 (Ca. 187 pp. e 13 euros)
"Por que motivo temos costelas por cima do peito e por cima do estômago, não? Por que razão os nossos cotovelos e joelhos dobram em sentido opostos (...) Este livro propõe-se responder a estas e outras questões”
(prefácio)
“Ter todos os órgãos sensoriais concentrados na cauda não tem grande valor evolutivo. Um animal precisa de saber que está prestes a rastejar para dentro da boca de um predador, não que acaba de entrar nela” (p.14)
“A terra tem cerca de 4 550 000 000 (quatro biliões e quinhentos e cinquenta milhões) de anos. Se comprimíssemos todo este tempo no espaço de um ano e determinássemos que a Terra teve o seu início a 1 de Janeiro e que hoje é o dia 31 de Dezembro, os primeiros seres microscópicos teriam surgido por volta do dia 1 de Março mas os peixes – os primeiros invertebrados – só teriam aparecido no dia 21 de Novembro (…) Os anfíbios teriam aparecido a 2 de Dezembro, seguidos pelos répteis a 8. Os mamíferos no dia 13 e os dinossauros um pouco depois da hora do lanche do dia 26. Os humanos só teriam chegado na noite de 31, há poucas horas” (p.15)
“Se uma planta tivesse as características do Homo Sapiens, seria vista como uma erva daninha (…) Nós somos as maiores ervas daninhas da Terra.
Talvez isto se deva ao facto de não termos evoluído como uma espécie global. Só recentemente adquirimos esta noção da espécie e, mesmo assim, ainda não temos uma visão inteiramente global do mundo. Para muitos de nós. «o mundo» está para lá da linha do horizonte. (…) Concentramo-nos no ambiente que nos rodeia e em contribuir para os objectivos da nossa cultura local e não nas necessidades da cultura internacional. (…) Somos por natureza uma espécie provinciana; mentalmente ainda vivemos em aldeias e a nossa inteligência é normalmente utilizada para acumular conhecimentos, não para avaliar o que eles nos podem dizer” (p. 150)
“Já foi até sugerido que devíamos parar de falar de inteligência, visto que é praticamente impossível encontrar definições, mas agora já é demasiado tarde para isso” (p.151)
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