4/26/2010

POEMA 18 Sophia de Mello Breyner Andresen


Não se perdeu nenhuma coisa em mim


Não se perdeu nenhuma coisa em mim.
Continuam as noites e os poentes
Que escorreram na casa e no jardim,
Continuam as vozes diferentes
Que intactas no meu ser estão suspensas.
Trago o terror e trago a claridade,
E através de todas as presenças
Caminho para a única unidade.
 

in "Poesia I"

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