12/29/2009

TEXTO de Gonçalo Luis Barra






Anjo



Pura Poesia coisa de anjos caídos já se vê

Vertigem duma queda à procura do porquê

Um pássaro sem asas que se imagina voar

Crendo trazer vida a queda que o vai matar






Cai nua sobre a ilusão do infinito com sorrir

Uma mentira ébria imergente em gravidade

Cerra os olhos e na queda imagina-se subir

Crendo-se a Lua de mão dada à Eternidade





Não quero iludir montanhas em queda livre poética

Quero respirar a prosa fresca em vales verdejantes

Cheirar a vida em flor marcada na pele dos amantes

2 comentários:

  1. Poesia introspectiva, rica
    E, sobretudo, linda!!!

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  2. É a tua alma que se revela, em toda a sua grandeza... É muito, muito belo. Maravilhoso!

    ST

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