12/20/2009

DESTAQUE "Petição por Copenhaga"

Caros amigos,

Incrível. Ontem a imprensa estava dizendo que Copenhague já começou errado.

Mas 24 horas depois, com milhões de assinaturas na petição, centenas de milhares de telefonemas e apelos massivos de todo o planeta, temos a chance de conseguir um acordo!

Governantes estão freneticamente fazendo em horas o que eles falharam em fazer por anos. Mas não vamos nos iludir, ainda estamos longe de um acordo que poderá impedir o aquecimento catastrófico de 2 graus e ainda há um grande risco das negociações falharem. Nós sabemos que a pressão está funcionando então vamos usar estas últimas horas para dar um empurrão final para conseguirmos um acordo pra valer, não um acordo maquiado e fraco. Assine a incrível petição de 13 milhões de nomes no link abaixo se você ainda não o fez, e encaminhe este email para todos que você conhece:


A petição se tornou o centro de uma revolta global contra o fracasso de Copenhague. Os nomes da petição estão sento lidos por jovens que tomaram os espaços da conferência e em prédios de governos ao redor do mundo, incluindo o Departamento de Estado dos EUA e o escritório do Primeiro Ministro do Canadá.

O mais impressionante é que os próprios governantes estão apelando para as pessoas agirem.
O Primeiro Ministro do Reino Unido Gordon Brown fez um apelo para 3000 membros da Avaaz em uma conferência por telefone na quarta-feira, pedindo uma campanha histórica pela Internet de 48 horas de cidadãos ao redor do mundo. Ele disse que o nosso impact é fundamental.
O Prêmio Nobel da Paz Desmond Tutu fez um apelo em uma das 3000 vigílias organizadas pelo nosso movimento proclamando “Marchamos na África do Sul e o apartheid caiu, marchamos em Berlim e o muro caiu, marchamos em Copenhague e VAMOS conseguir um acordo pra valer”.

A história está sendo escrita em Copenhague, mas não pelos governantes e sim por nós, milhões de pessoas ao redor do mundo que estão engagados diretamente, minuto a minuto, como nunca antes, na luta para salvar o planeta. A pressão está funcionando, vamos dar tudo de nós.

2 comentários:

  1. Lamento, mas estou em total desacordo com este texto.



    Em primeiro lugar, só quem nunca assistiu pelo interior (…) a este tipo de acontecimentos desconhece que o acordo de base está preparado há muito. Depois, durante dias mantém-se o suspense e, nas últimas horas, "aprova-se" um texto de conclusões já mais do que aprovado - há meses - em conversações anteriores.



    Segundo, o acordo é "NÃO VINCULATIVO", ou seja, uma fantochada.



    Quem quiser cumpre, quem não quiser não cumpre.



    Um fracasso e um perigo, na medida em que, nas próximas décadas, cada vez que refilarmos, respondem-nos que até fizeram a Cimeira de Copenhaga, e a nada mais de sério teremos direito.

    Por este motivo os cientistas e outros estudiosos honestos das questões climáticas desejaram que a Cimeira fosse um fracasso.



    Terceiro, como é possível alguém imaginar que uma petição (peçamos, peçamos, que "eles" dão !!!) pode alguma vez influenciar os "grandes" deste mundo?



    (…) pedem-nos que façamos pressão, sabendo assim que deste modo ficamos contentes, sentadinhos e satisfeitos connosco próprios, sem realmente agir.



    A pressão real, aquela que faz mover o mundo, exerce-se na rua (…) com greves, resistência, não com petições.



    Vivemos num mundo de pantufas e roupão, sentados com um olho no computador e outro na televisão, assinando petições (…)



    Um fiasco, uma aldrabice para nós, esta Cimeira, uma grande vitória para os países poluidores.

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  2. Fabulosa esta sua reflexão e tão verdadeira!!

    Muitas vezes, estas petições são lançadas pelos próprios governos com o propósito, precisamente de iludibriar o povo que, enquanto julgar que consegue mudar alguma coisa dentro das suas pantufas, como diz, vai estando entretido e não atento ao que decidem efectivamente.

    Bem como a oposição, que aproveita para se organizar em acções de rua que, em paralelo, se fizeraram nas várias partes do mundo no decorrer deste acordo exactamente com o intuito de fazer pressão.

    Dessa forma, não concordo que a pressão de rua, greves, resistência, resolva coisa alguma. Mas sim a educação interventiva para a criação de novos hábitos, pequenos gestos diários de consciêncialização nas escolas para as novas gerações, com soluções alternativas suficientemente aliciantes e apelativas por forma a que as adaptem nos seus dia-a-dias, principalmente de consumo, diferentes.

    Por outro lado, escutar mais a oposição e as contra-propostas que apresentam. Se as contra-propostas forem apenas greves e manifestações de rua sem sugestões alternativas práticas de resolução, então sim, tudo isto não passou de uma farsa com manobras de distração.
    No entanto, não se pode generalizar. Existem cientistas, economistas, engenheiros, arquitecto, legislativos, artistas, etc. na oposição.
    Dar sugestões, exemplificar com soluções tão rudimentares como a compostagem doméstica do lixo, por ex. por forma a dar força para que a oposição (não corrompida) possa desenvolver meios práticos de actuação, talvez então nesse sentido uma plataforma on-line seja relevante como meio de partilha e divulgação.

    Medir forças, contrariar, resistir, não é a solução. Mas sim a envolvência em ambas as partes, para que se torne público o conhecimento das decisões, de quem decide, e se encontrem meios economicamente viaveis para a sustentabilidade do planeta.

    Consumo vs Ambiente? Ou Ambiente & Consumo consciente?
    Eu opto pela segunda... e voçê?

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