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VIGARELLO, Georges, História da Beleza, Teorema, 2005 (ca. 353 pp. e 23 euros)
Capítulos do livro: A beleza revelada (séc. XVI); a beleza expressiva (séc. XVII); a beleza experimentada (sec. XVII); a beleza desejada (séc. XIX), a beleza democratizada (1914/2000).
“A certeza duma fixidez estética distancia-se ainda mais com o lugar crescente concedido ao indivíduo no limiar do nosso mundo contemporâneo: a procura de belezas singulares, tanto mais marcantes quanto seriam exclusivas.
(...) O artifício ganhou, mais do que nunca, uma importância fulcral, agudizando as singularidades, variando as possíveis , transpondo em beleza “para todos” o que, até agora, não parecia relevar senão da natureza ou da excepção.
Esse artifício torna-se mais completo ainda, (…) no ponto em que o bem-estar individual parece considerado como finalidade dominante, busca interminável instalada no coração das nossas sociedades, ideal dado de acréscimo por acessível e obrigatório. O que torna inevitável (…) o confronto entre normas individuais e normas colectivas
(...) O mal-estar pode surgir por consequência onde o bem-estar se impõe como critério derradeiro" (p. 290)
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