SACKS, Oliver, Musicofilia, Lisboa, Relógio d’ Água, 2008 (ca. 372 pp. e 18 euros)
“O meu interesse por alucinaçoes musicais remonta a mais de trinta anos atrás (…) São muitas e variados os factores que nos podem predispor para as alucinações mentais” (p. 73)
“O facto de o «ritmo» (…) aparecer espontaneamente nas crianças humanas mas em nenhum outro primata, obriga-nos a reflectir sobre as nossas origens filogenéticas (…) Será que a música de facto precede a fala (como pensava Darwin) ; será que a fala precedeu a música (como acreditava o seu contemporâneo Herbert Spencer) ou ter-se-ão desenvolvido simultâneamente (como acredita Mithen)? (p.245)
“Existe uma tendência em filosofia que leva a separar a mente, as operações intelectuais, das paixões, das emoções. (…) todavia a música dirige-se às duas partes da nossa natureza: é essencialmente emocional, do mesmo modo que é esencialmente intelectual. Quando ouvimos música é muito frequente tomarmos consciência de dois aspectos, sentimo-nos profundamente comovidos ao mesmo tempo que apreciamos a estrutura formal da composição” (p. 287)
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