5/14/2008

ENTRANHA 3 Rua Augusta... (5)

Retrato de Portugal na Rua Augusta
D. Rosa, vedeta que lá fora se incensa, canta à esmola porque no seu país ninguém a contrata. (E é ela a mais pura world-music singer portuguesa)
A criança que, aos quatro anos alguém pôs na rua, enquanto alguém colhia o bom metal, hoje adolescente, assim continua. Formação? Serve os que formam e ganham à bitola de Bruxelas.
- Está a fazer o dele!
Dizia um PSP ao escrevinhador nauseado desta crónica, o qual lhe chamava a atenção para o descalabro, era o ano da graça de 95 e decretava o primeiro de então a paixão pela educação.
A sem-abrigo da porta da Lisbonense dorme o resto do sono sentada num banco.
Os bancos, esses mesmos que desapareceram da transversal de Santa Justa, para que os pedintes os não usassem (e a freguesia dos Anjos fez o mesmo aos assentos que lhe rodeavam a igreja, pois neles sentavam os que comem na “sopa dos pobres”, mesmo ali ao lado)
Os canteiros das plantas ornamentais confundidos com lixeira e as flores entre cartões e coca-colas.
Os polícias que, ora aparecem aos magotes, ora ninguém os vê, e assim a indústria dos cãezinhos de cesto na boca, para gáudio de quem os explora e tortura, regista dividendos e maus exemplos (E nem uma só associação animal se pronuncie sobre o negócio)
Portugal, e estas suas élites: até quando?

Sem comentários:

Enviar um comentário

Arquivo do blogue