Matar os pais...
Voltaremos a matar os pais?
Outrora, por razões económicas, abandonavam-se os pais quando eles já não produziam para a comunidade familiar e apenas representavam bocas a alimentarem.
Devemos voltar a esse tempo e fazer tudo em nome da economia?
Ou devemos pensar a economia
como um conjunto de factores, sem o contributo dos quais ela fica vazia de sentido, senão absurda?
Que significa optar pela construção de um silo para automóveis em vez de um jardim só porque o silo é mais barato? (
De que serve pagar rapidamente a minha dívida (sobretudo se o meu dinheiro nem faz uma falta urgente ao credor) se, para pagá-la com brevidade, arrrisco a nem sobreviver?
De que seve um ensino barato, mas falho na aprendizagem da cidadania ou das artes? Para a criação de bárbaros instruídos?
Goebbels, o ministro da cultura de Hitler, não era um homem instruído?
A economia não pode ser um
fim em si mesma, pois o humano é por demasiado
complexo para que tudo o que faça não deva ser analizado nas suas
múltiplas consequências.
A economia não pode ser um fim em si mesma, sob pena de voltarmos ao tempo em que matavamos os pais.
Ou é isso o que queremos?
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