MANIFESTO
arte clandestina
Por entre a euforia das obras contentes de si mesmas, a mais das vezes em bicos de pés ou aos ombros de satisfeitos autores, quero o meu fazer clandestino.
Não gosto de dar a saber e tenho asco a que me sigam.
Gosto de ser onde ninguém me saiba, o meu prazer é todo de forros e bainhas.
Não, não quero dar nas vistas - mais do que já dou – mais do que ser este que me dança e perde.
Para quê acrescentar notícias à desdita?
Por isso, oh público – ou amigos a quem nunca conto o que fabrico – um e outros por favor não amuem: o meu prazer são espaços de vazio, vagares de silêncio, tempo gotejando de relógios parados nas paredes.
Como ouvir na barafunda?
Sim, arte (à falta doutra palavra?) clandestina – eis o meu apelo.
Onde?
Quando?
Submersa.
Belo texto!
ResponderEliminarjt
Sim Arte Clandestina, não seria clandestina sem ser Silenciosamente Subtil, Submersa.
ResponderEliminarVA
Exº Srº Carlos Melo,
ResponderEliminarNão sei se o presente texto é de sua autoria e, se de sua autoria igual posição, mas...
Que injustiça para quem o lê, para quem o admira, para quem comunga com as suas visões ou, para a quem despertou alguma consciência, ou simplesmente nas suas palavras levitou (levita)...
Arte Clandestina será certamente para um público reduzido, não sendo contudo Arte, se não se achar reconhecido... Como tal, e quem define isso? O autor? Desculpai-me mas então,... quanta pretenciosidade, senhor...
a arte é para ser vista não para ser mostrada.
ResponderEliminarJ.G.