BALL, Philip, Massa Crítica. Lisboa: Gradiva, 2009 (ca. 619 pp. e 45 euros)
“Seja como for, não nos devemos esquecer de que existe pouco verdadeiramente novo numa visão que reconhece a socieade e a cultura como características que emergem da interacção de muitos indivíduos autónomos, orientados apenas por preocupações simples e locais. O sociólogo alemão Geord Simmel sumariou a filosofia da actual física da sociedade em 1908: «Sociedade é simplesmente o nome dado a um conjunto de indivíduos ligados pela interacção» (4). Robert E. Park. Um cientista social morto americano, apurou essa noção em 1927, ao apontar a forma como os indivíduos actuam em conjunto: «As instituições e as estruturas sociais de todos os géneros podem ser vistos como produtos da acção colectiva» (5). (pp. 561,2)
“Um puxão e um empurrão: uma tensão entre desejos em conflito. Isto é tudo o que é necessário para empurrar o nosso comportamento social para padrões complexos e muitas vezes imprevisíveis, ditados por influências que estão para lá da nossa experiência imediata e da nossa capacidade de controlar. Independentemente daquilo em que acreditamos acerca das motivações do comportamento individual, quando pertencemos a um grupo, não podemos ter certeza daquilo que havemos de esperar” (p.579)
(4) G. Simmel (1908) The Sociology of Georg Simmel, ed. e trad. K.H.Wolf, Free Press, Illinois, 1990
(5) R. E. Park (1927) «Human nature and colective behaviour» American Jornal of Sociology, 32,733)
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