1/19/2009

TESTEMUNHOS 17


SOROS, George, A Era da Falibilidade – Consequências da Guerra Contra o Terrorismo, Coimbra, ed. Almedina, 2008 (376 pp. e ca. 19 euros)

“Associei-me também a outras pessoas para financiar iniciativas com o objectivo de convencer o Estado a legalizar a marijuana para fins médicos, exigir tratamento em vez de prisão por posse de droga (…)  Reparei que a sociedade aberta estava ameaçada nos Estados Unidos por outra tendencia: as actividades que costumavam ser vistas  como profissões estavam a transformar-se em negócios. Isto aplica-se a profissões com o direito e a medicina – já para não falar de política. Quando as profissões se transformam em negócios concentrados no lucro, as exigências profissionais ficam em perigo.

(…) a investigação é feita mais com o objectivo de gerar riqueza do que puro conhecimento, e a academia está a perder a sua identidade como um fim em si mesma.” (pp.131)

“Quando a nação mais poderosa do mundo distorce a verdade, ignora a opinião mundial e insulta o direito internacional, a ordem mundial corre um grande perigo." (p.195)

“Numa ordem mundial que consiste em Estados soberanos, os Estados Unidos enquanto potência dominante têm de se preocupar com o bem-estar da humanidade, para além do servirem os seus próprios interesses (p. 211)

“Vejo a sociedade aberta como uma sociedade relativamente estável, aberta à inovação e ao aperfeiçoamento” (p.330)

“O aparecimento de uma atitude diferente daquela que deu origem ao Plano Marshall coincidiu com a eleição de Ronald Reagan. Chamei-lhe “fundamentalismo de mercado” – uma crença de que o interesse comum é mais bem servido por pessoas que perseguem os seus próprios interesses. Segundo esta perspectiva (…) os fortes não têm de cuidar dos fracos(pp. 213)

“a sociedade civil não pode substituir os Estados soberanos, mas pode influenciar o modo como os Estados e outros agentes, como as empresas multinacionais, se comportam (p.278)[sobre a importância do indivíduo vd. Ilya Prigogine no blog – N.de Kriu]

 

 

 

1 comentário:

  1. O povo não deve temer o seu governo, é o governo que deve temer o povo. A. Lincoln terá dito qualquer coisa assim.

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