BART, Jones, NO ME CALLO! A biografia explosiva de Hugo Chávez, Parede, Ministério dos Livros, Editores, 2008 (Ca. 530 pp. e 33 euros)
“O Governo afirmava que a RCTV desempenhara um papel activo num golpe contra o presidente, em 2002, e as suas actividades – por exemplo, com jornalistas e políticos, defendendo na televisão que o presidente deveria ser deposto – nunca seria autorizada nos Estados Unidos: a Comissão Federal das Comunicações tê-la-ia encerrado imediatamente. No entanto, quando a RCTV mais tarde saiu do ar depois de o Governo ter recusado a renovação de licença, Chávez foi alvo de um ataque a nível mundial” (p.11)
“Chávez foi eleito em eleições livres e imparciais e ganhou mais três referendos para escrever e aprovar uma nova Constituição. Nas cadeias não havia presos políticos. Não havia partidos da oposição ilegalizados. Não foram alvo de censura nenhum jornal, nem estação de rádio, apesar de, na sua maioria, se oporem violentamente a Chávez. Foi respeitada a propriedade privada.(…) «Nem mesmo os seus críticos mais constantes podem impugnar a fundamentação democrática do poder de Chávez» escrevia o Newsweek, quando o elegeu «o Latino-Americano do ano». (p.306)
“À sua volta, os adversários do Consenso de Washington neo liberal estava a ascender ao poder (…) Começou com a eleição de (…) Lula da Silva, o primeiro presidente do Brasil oriundo da classe operária. Foi seguido por Néstor Kirchner, na Argentina (…) Tabaré Vazquez, o primeiro socialista eleito presidente no Uruguai. (…) Evo Morales(…) o primeiro nativo indígena eleito presidente da Bolívia
(…) Morales (…) cresceu numa família tão pobre que, quando era criança, corria atrás dos autocarros para apanhar as cascas de laranja e bananas que os passageiros atiravam das janelas. Por vezes era tudo o que conseguia arranjar.” (pp. 477,8)
“Chávez (..) Introduziu a ideia de solidariedade em vez da competição (...) O exemplo mais óbvio foram os Acordos que assinou com vários países por toda a América Latina (…) Em troca Chávez recebeu de tudo, desde médicos cubanos a vacas argentinas e arroz das Caraíbas” (p.502)
“Chávez comentou que (…) esperava que alguém como Barack Obama ganhasse. «Alguém com quem, pelo menos, seja possível dialogar” (p.535)
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