Ziegler, Jean, Os Novos Senhores e os seus Opositores , Lisboa, Terramar, 2006. (Ca. 289 pp. e 17 euros)
“Bourdieu precisa: «Tudo quanto se descreve sob o nome simultaneamente descritivo e normativo de “mundialização” é a consequência, não de uma fatalidade económica, mas de uma política consciente e deliberada que levou (…) um conjunto de países economicamente avançados a abdicar do poder de controlar as forças económicas” (p.51)
“Habermas também se interroga como é que se pode conceber uma legitimação democrática das decisões fora da organização estatal? (…) É a organização das Nações Unidas a única a ser capaz de recolher e fazer renascer a herança normativa e moral dos estados nacionais deliquescentes. “ (p.211)
“Onde está a esperança? Na nova sociedade civil planetária. (…) A sociedade civil desempenhou um papel determinante na ruptura com o mundo feudal. O triunfo rápido do Estado Republicano afastou-a do palco da história, atirando-a em seguida para o esquecimento. Ela vive hoje um renascimento espectacular.
A sociedade civil é o lugar onde nascem novos movimentos sociais, onde se afirmam funções e estruturas inéditas, onde se inventam relações novas entre os homens e nações, onde se pensam o mundo e a sociedade fora dos cânones cristalizados da doxa dominante ou da sua negação habitual” (p.213)
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